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02/09/2014 Simulação para caso suspeito de Ebola é realizada no Rio de Janeiro O exercício foi realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com outras instituições e teve como objetivo aumentar a preparação da rede de vigilância em saúde para um eventual caso de suspeito de Ebola no país Para colocar em prática as medidas adotadas pelo Governo Brasileiro em resposta a um eventual caso suspeito de Ebola em viajante internacional, foi realizada nesta sexta-feira (29) uma simulação no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão) e no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. A simulação teve como objetivo colocar em prática os planos de preparação e protocolos elaborados para essa situação, servindo como treinamento das instituições envolvidos na detecção e resposta, em condições que simulam um caso real. O exercício contemplou todos os passos que devem ser adotados, a partir de uma comunicação do caso suspeito feito pela aeronave ao aeroporto internacional. A ação envolveu o transporte do paciente, a triagem das pessoas que tiveram contato com o passageiro e o atendimento no hospital de referência. É importante ressaltar que foi um treinamento programado como parte do processo de preparação do Brasil. O Ministério da Saúde reafirma que não há caso suspeito ou confirmado de Ebola no Brasil e que o risco de transmissão por viajante internacional é considerado muito baixo pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS). A ação teve início com a simulação da comunicação por parte de um comandante da aeronave às autoridades sanitárias sobre um caso de passageiro que apresentava febre e voltava de um dos países afetados pelo vírus Ebola. A partir daí, as equipes envolvidas na resposta colocaram em prática os protocolos vigentes. Foi realizada a transferência do avião para uma área remota, isolada do aeroporto, como é feito em uma situação real. Um soldado, que havia sido preparado para atuar como o passageiro com os sintomas da doença, foi retirado pelas equipes do Corpo de Bombeiros (composta por dois médicos e um enfermeiro), trajando os equipamentos de proteção individual recomendados. Após receber o primeiro atendimento pelos profissionais de saúde, foi feita a remoção do suposto paciente pela unidade do Corpo de Bombeiros - que é preparada para realizar esse transporte sem riscos de contaminação - ao hospital de referência, no caso o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz. O suposto paciente recebeu atendimento e foi coletada uma amostra do seu sangue para realização do teste confirmatório. A amostra de sangue foi acondicionada segundo normas de biossegurança internacional. Em uma situação real, a amostra seria enviada ao Laboratório do Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, no Pará, que é o laboratório de referência para realizar o exame confirmatório de Ebola no país. Enquanto o suposto paciente era transferido e atendido, os profissionais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciaram as entrevistas individuais com cada um dos supostos passageiros e tripulantes para coletar dados, identificar quem teve ou pode ter tido contato com as secreções ou quem apresentava sintomas semelhantes ao do suposto paciente. “O objetivo deste exercício é treinar cada um dos procedimentos que estão envolvidos para que possamos aprender e reforçar a cadeia de ações ao atendimento a uma emergência de saúde como essa”, explicou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta sexta-feira. Ele lembrou que na Copa do Mundo deste ano também foram realizados simulados para riscos, como acidentes com múltiplas vítimas e utilização intencional de agentes químicos e biológicos. Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, o treinamento é uma estratégia extremamente importante, não apenas para repassar cada procedimento, como também fazer correções de possíveis inadequações e, com isso, obter o máximo de eficiência em uma situação real que possa ocorrer. “Simulações são importantes para a preparação, pois nos permitem capacitar as equipes e aperfeiçoar o processo, em situações semelhantes às condições reais”, afirmou o secretário, mesmo ressaltando que o risco de transmissão do Ebola no Brasil é baixíssimo. A ação, que contou com cerca de 140 pessoas, foi realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Polícia Federal, Infraero, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Fiocruz; Corpo de Bombeiros; Tam Linhas Aéreas e Concessionária RIO Galeão. A simulação não alterou o funcionamento normal do aeroporto. Outros exercícios semelhantes deverão ser realizados no futuro, em distintos locais.
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