Adaptação das massas musculares
A adaptação das massas musculares na atividade física, seja no indivíduo ativo ou no sedentário, poderá efetuar-se segundo modelos assimétricos para parâmetros como a força, flexibilidade e volume muscular, dos diferentes músculos colocados em ação.
Determinados gestos corporais, se executados contra resistência e solicitarem respectivamente sempre as mesmas estruturas anatômicas, poderão nelas condicionar determinadas adaptações e atingir padrões anormais se não forem devidamente reconhecidos e logicamente compensados.
Os distúrbios físicos poderão aparecer não só devido a atitudes posturais viciosas, como também por desenvolvimentos musculares desequilibrados, que, se inicialmente são funcionais poderão posteriormente evoluir para a estruturação definitiva. O tênis, a esgrima, o voleibol, o futebol, etc. são exemplos de desportos que sobrecarregam excessivamente determinados grupos musculares ou regiões do corpo em detrimento a outras. Estas atividades assimétricas requerem atenção especial. É nesse aspecto que a musculação poderá representar um meio auxiliar de treinamento compensatório, buscando minimizar os efeitos de desequilíbrio das estruturas.
Através de uma avaliação criteriosa poderá se verificar as reais necessidades do indivíduo no que se refere às suas deficiências. O trabalho resistido, visando este objetivo, deve ser executado de forma a suprir as perdas e fraquezas adquiridas, focalizando um músculo isoladamente ou uma cadeia de músculos. Para tanto, utilizam-se, de preferência, exercícios que estimulem cada lado do corpo separadamente, são os exercícios chamados unilaterais ou simultâneos, executados nas máquinas ou com pesos livres (halteres curtos ou dumbbells).
Esta forma de trabalho tem por finalidade exigir de cada lado do corpo independentemente da outra para que os músculos mais fortes, mais exigidos pela modalidade esportiva, não se sobreponham aos mais fracos. A carga deverá ser graduada tendo como parâmetro os músculos mais deficientes, desta forma a intensidade será sempre maior para estes, levando a uma adaptação equilibrada e simétrica.
O desenvolvimento da flexibilidade deve seguir os mesmos conceitos, sempre enfatizando a região mais debilitada, mas não deixando de fazê-lo nas outras. Por fim, é importante que se tente reproduzir a técnica do movimento esportivo praticado e adaptá-la à execução contra resistência.
O equilíbrio dos músculos no que se refere a força, resistência e flexibilidade, entre os planos do corpo, é de fundamental importância para a prevenção de lesões e para o bom funcionamento do organismo, principalmente quando for solicitado em altas intensidades.
|