Colunistas

Dr. Filippo Pedrinola - CRM 62.253
Endocrinologia e Saúde
Artigos | Currículo   

Fome, vontade ou apetite?


É fato que a vida moderna descompensa a química cerebral, alterando a produção de hormônios e neurotransmissores, mensageiros químicos que carregam informações de uma célula nervosa para outra. Alguns exemplos são o aumento na produção do cortisol, hormônio produzido pelas glândulas supra-renais em conseqüência ao estresse crônico e a diminuição da produção de serotonina, mensageiro químico que promove o bem-estar. Resultado; cansaço, esgotamento, insônia, ansiedade e, dependendo da pessoa,a compulsão alimentar.

A ciência moderna já comprovou que aquilo que comemos também mexe com a química cerebral, podendo afetar o seu funcionamento mental e alterar o seu humor, influenciando o estado de alerta, a disposição física e até a percepção da dor. Isso ocorre também pela capacidade que os alimentos tem de alterar a produção e liberação dos tais neurotransmissores.

Comer um pedaço de chocolate pode ser considerado um prazer, mas comer uma barra de 200g inteira é compulsão. A compulsão alimentar pode ser o resultado da tentativa de controlar emoções negativas através principalmente da ingestão de carboidratos, especialmente doces e isso ocorre devido à sensação de prazer e bem-estar promovido pelo aumento da produção de serotonina e dopamina no cérebro. É mais comum em mulheres que normalmente dizem não se tratar de fome, mas sim de “vontade de comer”. “É o que se chama de “comer emocional” ou a busca pelos “confort foods”, mas o que podemos fazer para controlar esse impulso e evitar o risco de engordar? A resposta está em ganhar consciência dos gatilhos emocionais e alimentares que levam você comer de forma descontrolada. Assim , é possível diferenciar “fome” de “vontade de comer” encontrar mecanismos para fugir do comer emocional e se defender de você mesma.


Dicas para combater a compulsão alimentar:

• Praticar atividade física regularmente melhora muito a química cerebral;

• Procure comer a cada 3-4 horas para evitar crises compulsivas e melhorar seu metabolismo;

• Começar uma reeducação alimentar não quer dizer que nunca mais poderá comer seus alimentos preferidos, mas irá apenas evitar os excessos. De vez enquanto pode, mas o problema é quando a exceção vira regra;

• Após um dia estressante, passe longe da cozinha;

• Adote práticas de relaxamento como meditação, yoga e respiração podem ajudar e muito;

• Se perder o controle num momento, tente controlar o impulso utilizando a matemática de calorias;

• Evite dietas de moda que restringe completamente um grupo alimentar;

• Terapia Cognitiva comportamental pode ajudar muito a lidar com pensamentos automáticos;









Veja todos os artigos
O que o estresse pode fazer com você e seu peso?
Você come sem fome?
“Chocolate”: Vícios e Benefícios
Fome, vontade ou apetite?
É injusto ser mulher?
Será que é tireoide?
Cinco formas do estresse impactar sua saúde!
Gravidez e ganho de peso
A polêmica do Victoza
Energia para malhar!
A obesidade na berlinda
Saúde e estilo de vida: uma questão de atitude

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas