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Dr. Moises Chencinski - CRM.: 36.349
Pediatria: da barriga para o mundo, com muita saúde!
Artigos | Currículo   

Eu apoio o leite materno!

Imagine-se no meio de uma rodinha de mães com seus bebês, todos em idade de aleitamento materno.... Amamentar é tão natural, tão fácil, tão bonito, não é? No entanto, veja os depoimentos delas em relação “às falas da família, da sociedade e dos profissionais de saúde sobre o tema”:

Mãe 01:
“Seu bebê precisa parar de mamar para você ter mais liberdade!”


Mãe 02:
“Ela te sugou inteira, por isso que você está tão magrinha assim e com cara de anêmica”.


Mãe 03:
“Para vocês terem uma ideia, quando meu filho nasceu logo veio o colostro e minha sogra falava para eu tira e jogar fora porque era muito grosso e dizia ser o ‘leite ruim’... Eu sofri muito e acabei cedendo algumas vezes por falta de informação... Ela falava que eu tinha que tirar ‘o leite ruim’ para vir o leite branco que era ‘o bom’... Não me perdoo até hoje por isso”.


Amamentação: a vida como ela é

“Ao ler as declarações das mães – todas reais, retiradas de grupos virtuais de mães dos quais participo ativamente – nos deparamos com o que eu chamo de ‘Amamentação: a vida como ela é’... Talvez, pela falta de apoio, de informação, de compreensão e até mesmo de carinho, o Brasil tenha estatísticas tão pouco animadoras em relação ao aleitamento materno”.

Confira:

• Taxa de aleitamento na sala de parto: 65%;
• Média de aleitamento materno exclusivo no Brasil é de 51 dias;
• Apenas 41% das crianças estão em aleitamento materno exclusivo aos 6 meses;
• Média de duração de aleitamento materno no Brasil é de 11 meses e 20 dias.


A Organização Mundial de Saúde, a Sociedade Brasileira de Pediatria, o Ministério da Saúde, o UNICEF, a Academia Americana de Pediatria, dentre muitas outras entidades médicas são enfáticas ao recomendar: aleitamento materno desde a sala de parto (na primeira hora de vida), exclusivo e em livre-demanda até o 6° mês e estendido até os 02 anos ou mais. Estamos bem longe disso e envoltos num universo de dúvidas e preconceitos em relação ao tema.


Movimento #euapoioleitematerno

O que aconteceria se durante um ano (maio de 2015 - maio de 2016) pudéssemos abordar, todos os dias, a importância do aleitamento materno? Certamente, iríamos inundar o país de leite materno! “Esse é o pensamento que norteou a criação do Movimento #euapoioleitematerno. Todos os que queiram se juntar a esse movimento estão convidados a participar. A missão não é fácil, mas acredito que os benefícios sociais superem em muito as dificuldades com as quais vamos nos deparar. Juntos, vamos, tanto apoiar, quanto organizar eventos com e para as mães que amamentam na cidade de São Paulo, buscando, sempre, a sensibilização e o empoderamento em relação ao aleitamento materno”.

O Movimento #euapoioleitematerno irá tocar em todos os assuntos relativos ao aleitamento materno, ouvirá todas as ideias, unirá esforços, cutucará feridas. Todos juntos. Nem um dia sequer se passará sem uma palavra sobre aleitamento materno. Já escolhemos nossas ferramentas: o blog #euapoioleitematerno, a fanpage, o instagram, o Twitter e um canal de vídeos no You Tube.

O médico destaca que seu maior objetivo é estimular, sensibilizar, de forma positiva e sem agressões, sem ameaças, sem discriminações o aleitamento materno. “Quem quiser pode se unir ao Movimento #euapoioleitematerno. Mães que amamentam e mães que não amamentam têm a mesma voz. Ninguém é menos mãe ou mais mãe por amamentar ou por não amamentar. Quem não amamentou ou não amamenta hoje pode, em uma próxima gestação, vir a amamentar. E mesmo que não haja uma próxima oportunidade, qualquer mãe, qualquer mulher, qualquer pessoa (inclusive homens) pode ser uma multiplicadora das nossas informações”, defende Moises Chencinski.

Cada manifestação de apoio será comemorada e estimulada. E quem quiser sugerir um post, uma atividade, não deve se acanhar! Encaminhe sua contribuição. Teremos o maior prazer em divulgar. Ao final de um ano, vamos avaliar quantas pessoas foram atingidas pelo movimento que faremos juntos. Vamos não só fazer a diferença. Vamos ser a diferença. Declaro então, nesse dia 10 maio de 2.015, abertas as atividades do Movimento #euapoioleitematerno!








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