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11/03/2011
Exercícios e saúde!

Todos os médicos e profissionais da saúde devem estar atualizados nas relações dos exercícios com a saúde, para que não sejam perdidas oportunidades de bem orientar as pessoas. Estudos epidemiológicos evidenciaram que as populações fisicamente ativas têm menor incidência de muitas doenças e situações patogênicas, entre elas a hipertensão arterial, a obesidade, o diabetes mellitus, a dislipidemia, a osteoporose, a sarcopenia, e também ansiedade e depressão. Consequentemente, diminui a ocorrência de aterosclerose e suas consequências: doença coronariana, doença cérebro-vascular e doença vascular periférica. Também diminui o confinamento no leito devido à fraturas ósseas e incapacidade física grave, reduzindo-se a mortalidade por infecções pulmonares e tromboembolismo.

Um aspecto importante é que os estudos epidemiológicos não evidenciaram superioridade de nenhuma forma de atividade física sobre outras, no que diz respeito à promoção de saúde. Em publicação conjunta com o Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos da América, o American College of Sports Medicine reconheceu em 1.995 que as suas próprias recomendações para promoção de saúde, anteriores à essa data, estavam incorretas. A entidade divulgava até então, que os exercícios aeróbios que aumentam o VO2 máximo eram preferenciais para estimular a saúde. Atualmente consensos internacionais reconhecem que o estímulo à saúde ocorre também com atividades anaeróbias e interrompidas, que não aumentam o VO2 máximo. Talvez os estudos não tenham tido a sensibilidade necessária para esclarecer essa questão, mas o fato concreto é que atualmente não é possivel afirmar que alguma atividade física seja mais saudável do que outras, a não ser que se considerem os riscos de lesões músculo-esqueléticas e de intercorrências cardiovasculares. Por essa razão, as campanhas de saúde pública não enfatizam a necessidade de uma forma particular de atividade física, mas a importância de um estilo de vida não sedentário. Entende-se por atividade física a contração muscular de qualquer tipo, que pode ou não levar ao movimento, independente da finalidade: postura, trabalho, locomoção, esporte e lazer. Desde que o gasto calórico seja superior à média diária de aproximadamente 200 Kcal, haverá redução na incidência de doenças. Exercício é conceituado como forma especial de atividade física, planejada, sistematizada, progressiva e adaptada ao indivíduo, sempre com o objetivo de estimular uma ou várias adaptações morfológicas ou funcionais.

Outro aspecto relevante é que os efeitos deletérios à saúde produzidos pelo sedentarismo são lentamente progressivos. Pessoas jovens sedentárias não se apercebem dos problemas, que são bastante evidentes nas pessoas mais idosas. Esse fato justifica a atitude médica de estimular a atividade física em todas as faixas etárias. Também é importante notar que a motivação para a atividade física pode mudar com a faixa etária, mas isto não afeta o efeito promotor de saúde. Exemplificando, uma pessoa jovem pode ter como primeira motivação para exercícios a estética corporal ou o lazer, mas os efeitos salutares estarão sempre presentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Embora não exista consenso de nomenclatura, alguns dos critérios utilizados para classificar os exercícios são o tipo de contração muscular (isotônicos ou isométricos), deslocamento do corpo (dinâmicos ou estáticos), continuidade do esforço (contínuos ou intervalados), fonte energética (aeróbios ou anaeróbios), ou ainda de acordo com a intensidade dos esforços (suaves ou intensos).

ISOTÔNICOS: apresentam alternância de contrações concêntricas e excêntricas.

ISOMÉTRICOS: utilizam contrações estáticas (isométricas).

DINÃMICOS: apresentam deslocamento do corpo no espaço.

ESTÁTICOS: são realizados sem deslocamento do corpo.

CONTÍNUOS: são interrompidos apenas no final da sessão.

INTERVALADOS: apresentam várias interrupções para descanso durante a sessão.

AERÓBIOS: a produção energética é quase que exclusivamente aeróbia.

ANAERÓBIOS: grande parte da energia é produzida anaerobiamente.

SUAVES: produzem pouca energia na unidade de tempo, sem grande esforço.

INTENSOS: produzem muita energia na unidade de tempo, com grande esforço.

Do ponto de vista médico, a classificação mais importante é a que considera a intensidade dos esforços. Quanto mais intensa a atividade, maior a necessidade de aptidão e saúde, sendo maiores os riscos de lesões musculo-esqueléticas e intercorrências cardiovasculares. Intensidade é a expressão biológica da potência, ou seja, além da energia produzida na unidade de tempo, é considerado o grau de esforço necessário para a realização da tarefa. Assim sendo, uma mesma tarefa pode ser de baixa intensidade para uma pessoa bem condicionada, e de alta intensidade para outra pessoa com baixos níveis de aptidão. Pessoas debilitadas, descondicionadas ou doentes devem realizar apenas exercícios suaves, quaisquer que sejam as outras classificações da atividade. No entanto, a noção de que exercícios suaves são sempre isotônicos e aeróbios não é correta. Exercícios isométricos podem ser suaves, como é o caso de contrações musculares em um membro imobilizado por aparelho gessado. Exercícios anaeróbios podem ser suaves, como no caso de uma sessão de musculação com pesos sub-máximos. Por outro lado, exercícios isotônicos e aeróbios como por exemplo pedalar ou correr próximo do limiar anaeróbio são considerados intensos, promovem elevação considerável da frequência cardíaca, e podem oferecer risco cardiovascular para pessoas com doença coronariana, às vezes sub-clínica.

Por Dr. José Maria Santarém

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia e Saúde com Dr. Augusto Uchida





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