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12/05/2008
O sol nosso de cada dia

Quando se trata da saúde, o sol sempre teve má reputação. Ele é o vilão que causa diversos malefícios como o câncer, manchas, envelhecimento, flacidez, queimaduras, alterações imunológicas que deixam as pessoas mais suscetíveis a infecções, entre outras doenças de pele. Porém, o que muitos não sabem ou esquecem, é que o sol também tem a sua faceta de mocinho. Além de ser fonte natural de luz e energia, sem ele simplesmente não haveria vida na Terra.


Mas não é só isso. Pesquisas recentes mostram que a exposição solar pode causar mais benefícios do que malefícios à saúde. Mas isso desde que as recomendações feitas por especialistas sejam seguidas, como se expor diretamente apenas antes das 10hs e após as 16hs.


Como os brasileiros vivem a maior parte do ano sob a ação direta do sol, afinal, o Brasil possui mais de 9 mil quilômetros de litoral e clima tropical na maior parte do ano, a dermatologista Daniela Hueb, de Bauru (interior de São Paulo) e membro da Academia Brasileira de Dermatologia, selecionou as principais vantagens de se pegar uma corzinha. Confira:


Vitamina D:


O fato dos raios solares serem fontes de vitamina D não é novidade. Mas será que está clara a importância disso para o organismo? Segundo um estudo publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, em janeiro deste ano, a vitamina D é um importante fator de proteção contra alguns tipos de tumores e cânceres, como os de mama, pele, próstata e pulmão.


De acordo com Daniela Hueb, a síntese cutânea da vitamina D traz benefícios inclusive para a saúde óssea, já que garante níveis suficientes de cálcio e fósforo no sangue. "Ela assegura o crescimento dos ossos nas crianças, evita o raquitismo e ajuda no fortalecimento e na manutenção dos ossos saudáveis nos adultos", explica a especialista.


E tem mais. O coração, o sistema nervoso, o processo de coagulação e o sistema imunológico dos humanos não funcionariam corretamente sem a ajuda da vitamina D. Além disso, ela pode evitar o desenvolvimento de diabetes, doenças cardíacas, psoríase, artrite e até doenças mentais.


Caso a exposição solar diária não seja suficiente, até 20 minutos diários, existem outras formas de obtê-la, como inserir na dieta alimentos como peixes e ovos.


Saúde das crianças


Os passeios e a vida ao ar livre são fatores importantes à manutenção da saúde física e mental da criança. Mas como a maioria dos pais cultua demasiadamente os malefícios do sol, acabam por evitar esse primeiro contato dos bebês com os raios solares ou, ainda, não sabem ao certo a partir de que idade é possível tirar o filho de casa.


O fato é que, segundo a dermatologista Daniela Hueb, se aos quinze dias de vida a criança gozar de boas condições gerais e a temperatura externa estiver agradável, pode-se começar a expô-la ao sol, desde que com a cabeça protegida. "Deve-se preferencialmente deixar as perninhas de fora, pois é no nível dos ossos longos que o cálcio e os outros minerais se depositam".


A ação dos raios ultravioletas do tipo "B" faz com que o colesterol produzido pela pele sintetize a vitamina D.


Outros benefícios

Um dos efeitos do sol é manter as pessoas acordadas e dispostas para enfrentarem mais um dia fora da cama. Isso porque os raios ultra-violeta (UV) reduzem os níveis do hormônio do sono, chamado melatonina.

Para as grávidas, além das massagens diárias, a ação direta dos raios solares nos mamilos auxilia no fortalecimento e preparo à amamentação, uma vez que também previnem rachaduras e fissuras.

Os cuidados necessários


Se por um lado pode parecer repetitivo dizer que o sol é um dos principais agentes causadores de doenças graves, por outro, uma pesquisa recente realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostra que cerca de 70% da população ainda se expõe à luz solar, sem utilizar um protetor.

Apesar de centenas de casos de doenças decorrentes da exposição direta ao sol serem diagnosticadas diariamente no Brasil, como o câncer de pele, elas podem facilmente ser evitadas. Segundo Daniela Hueb, tudo começa com o uso do filtro solar. "Mais do que aplicar o produto apenas quando se vai à praia ou à piscina, é preciso fazer disso um hábito, independente se o dia está ensolarado ou nublado. E é preciso lembrar de reaplicá-lo a cada 3 horas", finaliza a médica".
Como o sol influencia no nosso corpo?






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