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17/05/2012 Lavar as mãos: esse hábito deve continuar Lavar as mãos é preciso: este simples ato de higienização com água e sabão ou detergente é suficiente para afastar até 80% das enfermidades infecciosas causadas por microrganismos. Historicamente, o conceito de limpar as mãos com produtos antissépticos surgiu no começo do século XIX, segundo dados da Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar (APECIH). Em 1846, o médico Ignaz Semmelweis determinou que estudantes e médicos do Hospital Geral de Viena lavassem suas mãos com solução clorada, antes de atender os pacientes na clínica obstétrica. Como resultado, a taxa de mortalidade materna reduziu drasticamente, permanecendo baixa por vários anos. O aumento na frequência de lavagem de mãos, por parte dos médicos e enfermeiros dentro dos hospitais, demonstrou a queda na transmissão de inúmeras enfermidades causadas por bactérias e outros microrganismos. É evidente que a higienização não deve se restringir unicamente ao ambiente hospitalar, devendo se estender aos hábitos cotidianos da população. De acordo com a infectologista do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Mirian T. M. Carvalho, “no período em que a mídia enfatizou a necessidade de higienizar as mãos, como uma das medidas para evitar o contágio da gripe A (H1N1) percebeu-se diminuição considerável de outras doenças (diarreia) com mecanismo de transmissão pelas mãos”, afirma. “No entanto, com o passar do tempo, a população se esqueceu da importância desta atitude e o índice de enfermidades infecciosas voltou a aumentar”, diz. Bactérias multirresistentes Em hospitais, medidas para manter o controle da infecção hospitalar, como a lavagem e antissepsia das mãos, são ainda mais rigorosas, devido à complexidade do ambiente e dos pacientes que o frequentam. No entanto, as bactérias estão sempre presentes, em todos os lugares. Cabe ao SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar), várias medidas de controle de infecção hospitalar, entre elas: - Busca ativa, medidas de precauções; - Uso criterioso de antibióticos - usando-os somente de forma adequada, evitará o surgimento de microrganismos com cepas multirresistentes; - Prática de supervisão e acompanhamento de resistência bacteriana aos agentes antimicrobianos; - Padronização de soluções germicidas; - Controle nos processos de esterilização; - Normativas junto aos diversos serviços; - Visitas técnicas das diversas áreas do hospital; - Treinamentos das várias equipes de saúde em controle de infecção hospitalar. Veja mais sobre o assunto em nossa coluna deAlergologia com Dr. Luis Felipe Ensina |
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