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Gracias, Lolitas! – The Freaks

Com referências do teatro do absurdo e burlesco, espetáculo reúne 11 atores da Companhia da Casa, tem trilha sonora original e discute, com bom-humor, a ditadura da beleza



Esqueça o palhaço, o trapezista e o domador de leões. Você está convidado para assistir a um freak show da Companhia de Entretenimento e Horror. Trata-se de um circo criado por um casal de pulgas - Pavlova (a russa) e Maria (a brasileira), que apresentam suas bizarras atrações: Meg Allfaces (lê-se all faces, em inglês), Penélope Scaramouche, Madame X, Magnólia Chimpa e Baby Doll. A comédia musical adulta Gracias, Lolitas! – The Freaks estreia dia 6 de março, terça-feira, às 21 horas no Teatro Bibi Ferreira. Texto e direção de Marcus Vinicius de Arruda Camargo

Dando vida a personagens inusitados, os atores Carol Hubner, Luciana Luca, Nanda Lisboa – que teve destaque com a personagem Ametista na novela Araguaia - Samara Pereira, Gabriela Scarceli, Carol Ghirardelli, Paola Rodrigues,Theo Moraes, Gabriela Monteiro, Alexandre Ell estão em cena, cantando ao vivo a trilha originalmente criada por João Cezar Rando.

Fundado e administrado pelas pulgas casadas Pavlova e Maria, o circo da Companhia de Entretenimento e Horror está em decadência. As atrações Meg Allfaces, Penélope Scaramouche, Madame X, Magnólia Chimpa e Baby Doll não estão mais fazendo sucesso. Sem dar lucro, o circo está à beira da falência. Outra figura esquisita, a socialite Alicizinha Stendhal e a esforçada Clementina traz ainda mais confusão para o universo já tumultuado do circo.

A situação piora quando a pulga Maria desaparece, depois de mandar para um paraíso fiscal o dinheiro que as duas juntaram a vida toda. De repente, uma ideia pode mudar tudo: que tal transformar as curiosas e divertidas criaturas em sensuais lolitas para atrair o público de volta? Começa, assim, uma nova e divertida fase.

O show realmente fica mais bonito e sensual. Mas será que as personagens estão satisfeitas com o novo padrão? Afinal, junto com a beleza, vem vaidade, desconfiança e todas as fraquezas do ser humano.

Gracias, Lolitas! – The Freaks se apropria do universo freak e foge do teatro de cotidiano. “É tudo absurdo. A proposta é fazer o espectador refletir sobre a ditadura da beleza sem precisar cair no clichê”, conta o diretor Marcus Vinícius de Arruda. “Enquanto todos valorizam a beleza, as personagens do circo defendem o oposto. Elas querem ser feias, estranhas e bizarras, são mais felizes assim. O belo só tem um tipo, o feio tem mil. As pessoas padronizam a beleza, a feiura não. O belo fica do lado de fora, na aparência. Maturidade, inteligência e cultura não são tão valorizados. Usamos o grotesco e invertemos os valores na peça.”, comenta o diretor.

Segundo a atriz Carol Hubner que interpreta um ser mutante (Meg Allfaces) e a pulga Pavlova, “Ser uma pulga, imagina-se ser muito pequeno, mas se comparação não é argumento, diria que elas são enormes.. Proporcionalmente o pulo de uma pulga é o mesmo de um humano pular de um lado até o outro de um campo de futebol . Não é à toa que Pavlova e Maria foram capazes de construir um império, realizar seus sonhos e de conquistar um amor verdadeiro. Oh, esses humanos, quantas limitações! “ diverte-se a atriz.

Para criar seres que não existem, a figurinista – também do elenco – Gabriela Scarceli buscou fugir do óbvio. “Entrei no universo de cada personagem para buscar algo criativo, de fácil assimilação, mas que saísse da mesmice.” Para o segundo show, o das mulheres lindas, Gabriela se inspirou 100% no burlesco.

Marcus Vinicius de Arruda Camargo lembra que, “no final do século 19 e começo do 20, os espetáculos que atraíam multidões tinham números bizarros como homem de duas cabeças, mulher barbada, cabeludo albino da Austrália. Os chamados freak shows eram uma popular forma de entretenimento, atraíam pelas anormalidades, coisas inimagináveis e espetaculares. Gracias, Lolitas! – The Freaks resgata isso, aliado a dramaturgia do teatro”, completa o diretor e autor, que escreveu as letras das músicas.

“O processo de criação é contínuo. Acompanho ensaios, sinto o que preciso passar para o público e crio as melodias para inserir os versos do autor. Tem momentos em que a peça clama por tons melancólicos, dramáticos ou sombrios. Em outros, preciso salientar o divertido clima de confusão”, conta João Cezar Rando, que assina a direção musical.

“Você está por fora, por dentro não vale nada.” O verso, de Marcus Vinicius de Arruda Camargo, está presente durante parte da peça, alertando que nos dias atuais a beleza é avaliada apenas pelo exterior. “É preciso fazer peeling, luzes, plástica. Estamos cada vez mais afastados da espiritualidade, do nosso bem-estar e crescimento interior”, finaliza.

SOBRE MARCUS VINICIUS DE ARRUDA CAMARGO

Autor, produtor, diretor e professor de interpretação. Marcus Vinicius estudou Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes ECA-USP. Indicado em 2010 com o espetáculo adulto “A Dama do Cabaré” para o 4º Prêmio Contigo! de Teatro, como Melhor Espetáculo Nacional do Ano e Melhor Autor. Com o curta-metragem Imminente Luna, com Raul Cortez no elenco, recebeu vários prêmios nacionais e internacionais entre eles o Prêmio 11° Festival Internacional de Curtas de São Paulo 2000.

Com a peça Um Jeito Assim... recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) como melhor diretor de teatro infantil e foi indicado para o Troféu Mambembe como melhor autor. Seu outro texto voltado para jovens, O Beijo na Terra, em 2000 conquistou prêmio no Concurso Nacional de Textos Teatrais Inéditos do Ministério da Cultura e o de melhor texto no Festminas – Festival de Teatro de Minas Gerais. Em 2007, seu espetáculo Ervilha Sapo Júnior foi indicado ao Prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem em 5 categorias (melhor espetáculo do ano, melhor autor, melhor iluminação, melhor música composta e melhor cenografia

Nos anos 90, publicou pela Quinteto Editorial-FTD o livro Desce do Muro, Moleca! (em segunda edição, com 20 mil exemplares) e adotado em sala de aula por escolas de São Paulo. O livro deu origem à adaptação teatral homônima com indicação para o Prêmio Coca-Cola de teatro jovem como melhor texto, melhor direção e melhor cenografia e para o Prêmio Apetesp, como melhor diretor, autor e trilha sonora. Na década de 80, escreveu para o programa Bambalalão, da TV Cultura. Desde 2002, ministra cursos de interpretação na sua escola Casa de Cinema e Televisão, em São Paulo, preparando elenco para longas-metragens.



Gracias, Lolitas! – The Freaks estreiou dia 6 de março, terça-feira, no Teatro Bibi Ferreira. Até 22 de maio. Ingressos: 90 minutos. Censura: 14. Ingressos: R$ 40. Venda pela internet: Ingresso.com.

Ficha técnica

Texto e direção: Marcus Vinicius de Arruda Camargo. Elenco: Carol Hubner, Luciana Luca , Nanda Lisboa, Samara Pereira, Gabriela Scarceli, Carol Ghirardelli, Paola Rodrigues,Theo Moraes, Gabriela Monteiro, Alexandre Ell. Direção de produção: Carol Hubner. Cenografia e iluminação: Marcus Vinicius de Arruda Camargo. Figurinos: Gabriela Scarceli. Direção Musical: João Cezar Rando. Trilha original composta: João Cezar Rando, Daniel Conti e Marcus Vinicius de Arruda Camargo. Direção Geral: Marcus Vinicius de Arruda Camargo. Realização: Companhia da Casa




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