A vida sexual dos alimentos Será que somos nós quem definimos o que vamos comer ou somos definidos pelo que comemos? A comida tem um significado mais amplo do que apenas o sustento e interfere psicologicamente na vida de todos. A autora Bunny Crumpacker explora o tema de forma inusitada no livro A Vida Sexual dos Alimentos – Uma viagem através da História e da psicologia da comida (Ideia & Ação, 368 páginas). A narrativa conta os aspectos psicológicos das comidas através de uma viagem na história da humanidade e a influência sexual dos alimentos no cotidiano da sociedade. Crumpacker considera a maioria dos legumes e vegetais ligados ao universo masculino. Frutas em sua quase totalidade são ligadas ao feminino. “Ovos são femininos, e bacon é masculino, não devido a pontos de vista estereotipados sobre os papéis masculinos e femininos — à mesa do café-da-manhã, no trabalho ou na cama —, mas devido a associações subliminares: uma espécie de fronteira psicológica da alma. Machos, em nossa visão da vida primitiva, eram os caçadores. O homem subjugava a besta; era ele quem trazia o bacon para casa. As mulheres — assim gostamos de imaginar — eram coletoras. Delas eram as cestas para apanhar os ovos; o receptáculo uterino, capaz de conter a semente. Deles eram as armas fálicas — a lança, a faca, a flecha e, mais tarde, as balas. Ele era duro e forte. A comida “de homem” que o sustentava era feita à sua imagem e semelhança. Ela era suave e curvilínea. Seu corpo ainda se molda em função de sua prole; antes e depois do nascimento desta. Quanto mais suave a comida, mais acalentadoramente feminina ela é.” – diz ela em trechos da obra. Alguns bebês antes mesmo de nascer tentam comer alguma coisa ainda dentro do útero materno, sendo assim chupam o dedo para se saciar. Existem crianças que ao chegarem ao mundo exterior têm os dedos com calosidades, tamanha a veracidade com que tentam preencher o vazio que sentem. Assim que nascem a primeira necessidade e contato com a genitora é através da alimentação. Novamente o ato de sucção na amamentação, e, assim, o elo de amor e paixão se estabelece entre mãe e filho. A comida é o primeiro conforto do ser humano, primeira recompensa e também a primeira frustração. A autora cita que não se comem aranhas tarântulas, mas uma lagosta é muito bem-vinda. Frango é extremamente saboroso, mas não gralhas. Comer é um processo complexo que não depende apenas das papilas degustativas, mas também da história pessoal, julgamento, cor, aroma, textura, e sabor. Porém qual a relação com o sexo? A autora relata curiosidades que provam a afinidade que passa despercebida. A boca, língua, o ato de chupar, morder e lamber que são usados durante a alimentação, também estão presentes quando interagimos com o próximo. Já nas escolas, as imagens da banana e das salsichas geram piadinhas terríveis entre as crianças. O prazer de comer ou o prazer da libido, a fome e o apetite sexual, essas são algumas das diversas associações que são descritas no livro que mostra as importantes conexões feitas na mente humana antes, durante e depois da alimentação. A obra é baseada em pesquisas, insights psicológicos, fatores clínicos e sexuais. Apesar da seriedade do assunto, Bunny Crumpacker aborda o tema de forma leve e descontraída com humor picante. Sobre o autor Bunny Crumpacker é autora de dois livros, baseados em panfletos culinários publicados entre 1875 e 1950. Ela e seu marido, um produtor fonográfico, vivem na região do vale do rio Hudson, ao norte da cidade de Nova York. Serviço: A Vida Sexual dos Alimentos – 368 páginas Preço: R$ 39,90 | |
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