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Novidades sobre hipertensão

Quando a pressão arterial passa dos limites, a primeira atitude é cortar o sal do prato, mas os cuidados com o cardápio para nocautear a hipertensão vão além disso. Cada vez mais os médicos estão incluindo no receituário boas doses de vegetais e pouca — pouca mesmo — gordura. Os especialistas americanos são os maiores defensores de um menu assim. Foi lá que surgiu a DASH — Dietary Approaches to Stop Hypertension, ou Dieta para Combater a Hipertensão, em português —, um programa alimentar feito especialmente para esses pacientes. Em um estudo amplo que envolveu quatro universidades de peso — Harvard Medical School, Johns Hopkins Medical School, Duke University Medical School e Pennington Biomedical Research Center —, além do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a DASH conseguiu derrubar de 14 por 9 para 12,9 por 8,5, em média, a pressão de um grupo de hipertensos. Uma façanha e tanto. “Essa dieta reforçou a opção pelo tratamento não medicamentoso”, opina o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, que, encantado com esse resultado, resolveu estudar detalhadamente a tal dieta na Universidade Médica da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Lopes está entre os primeiros médicos brasileiros a aprovar a DASH. Segundo ele, um de seus méritos é reunir um grupo de vegetais de alto poder antioxidante capaz de melhorar o funcionamento dos vasos sangüíneos.

Outra qualidade é o baixo teor calórico, que contribui para afastar a obesidade. “O excesso de peso pode detonar a hipertensão”, aponta o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, na capital paulista.

Oito semanas foram suficientes para os cientistas americanos testarem a DASH em 459 hipertensos divididos em três grupos. Um manteve sua alimentação normal — no caso, com muita gordura e poucos itens saudáveis, a segunda turma aumentou a cota de vegetais, mas não aboliu ingredientes gordurosos, e a terceira seguiu um cardápio controlado — mais magro e repleto de cereais, frutas, verduras e legumes. Os grandes beneficiados foram os integrantes do último grupo, que no final apresentaram uma pressão arterial menor do que antes: a sistólica — quando o coração bombeia o sangue — abaixou 1,14 ponto e a diastólica — no momento em que o músculo cardíaco relaxa —, 0,5 ponto. “É um resultado surpreendente”, elogia o cardiologista e nefrologista Celso Amodeo, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa em Cardiologia. Para quem não é expert no assunto, essa redução pode parecer desprezível, mas os especialistas garantem que ela basta para minimizar os riscos de males como derrame e infarto.

A nutricionista Miyoko Nakasako, do Incor, acredita que o grande trunfo da DASH é o fato de ela contemplar nutrientes importantes. Três deles parecem ser personagens principais contra o drama da hipertensão: o potássio, o magnésio — ambos antioxidantes — e o cálcio, pois regulam o movimento de dilatação e contração dos vasos para que o sangue flua sem dificuldades. Em pequenas doses, as gorduras podem entrar no cardápio, mas desde que sejam as do tipo benéfico — insaturada e ômega. O excesso de gordura saturada é definitivamente proibido sob o risco de deixar o endotélio — o revestimento interno dos vasos — endurecido.

Um estudo coordenado pelo cardiologista Heno Lopes mostrou ainda que as moléculas de certos ácidos graxos atuam no sistema nervoso simpático, responsável pela liberação de substâncias vasoconstritoras.

Nesse ponto, vale lembrar um grande inimigo das artérias, o cigarro. Em qualquer tratamento contra a pressão alta o fumo deve ser proibido. “E, se o paciente praticar 30 minutos de exercícios por dia, melhor ainda”, indica o nefrologista Décio Mion, chefe da Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Há alimentos que, embora não sejam destacados na DASH, são obrigatórios no cardápio dos hipertensos. O alho é um deles, de acordo com a professora de nutrição Jocelem Salgado, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, interior paulista. “Ele contém alicina, uma molécula capaz de dilatar os vasos”, justifica. Leite de cabra também parece oferecer ação hipotensora. “Uma proteína contida nele mostrou bons efeitos”, diz o farmacêutico Antônio Sílvio do Egito, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Sobral, no Ceará, que começou a estudar o lácteo na Universidade Henri Poncaré, na França.

Peixes de água fria, como o atum e o salmão, não agem diretamente contra a hipertensão, mas não deixam de ser bastante recomendados nesses casos por regularem o colesterol. “Eles fornecem boa quantidade de ômega 3, que elimina essa má gordura das artérias”, indica a bioquímica Rebeca Angelis, da Universidade de São Paulo. As fibras — que a DASH tem de sobra — também ajudam a varrer o colesterol.


Se a pressão é MUITO alta
Em caso de hipertensão grave o tratamento à base unicamente de bons hábitos e dieta costuma não surtir o efeito desejado e medicamentos precisam ser incluídos no dia-a-dia do paciente. Por isso, ainda que os alimentos dêem uma grande força, nunca desista dos remédios sem o aval de seu médico. Do contrário, não só o sistema cardiovascular corre perigo. Os rins também podem se dar mal. “A hipertensão é a primeira causa de entrada em hemodiálise”, destaca o nefrologista Agostinho Tavares, da Universidade Federal de São Paulo.

Veja mais sobre o assunto na coluna de Cardiologia e Saúde com Dr. Ricardo Tavares de Carvalho




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