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Infertilidade conjugal

Ficção aborda a infertilidade conjugal

Diagnósticos precisos e tratamentos adequados proporcionam a restauração da fertilidade do casal.

Está lá, na “novela das oito”, a representação de um problema comum na sociedade moderna: a dificuldade de ter filhos. Um casal maduro, interpretado por Tony Ramos e Gloria Pires, vive os mesmos medos, dramas e problemas que muitos casais na “vida real” enfrentam para engravidar. Os estudos mostram que, após um ano de tentativas, entre 10% e 20% dos casais não conseguem engravidar. E nem sempre a dificuldade é do sexo feminino, como insinuam os autores da novela. Em 40% dos casos, o problema de fertilidade é do homem. Em outros 40%, da mulher. Para 10%, há empecilhos de ambas as partes e nos 10% restantes as causas não são identificadas.

Certamente, o uso de contraceptivos por um longo período não é a razão do problema. A pílula anticoncepcional funciona pela ação de hormônios sintéticos que inibem a ovulação. Assim que a paciente suspende o medicamento, portanto, seu organismo retoma o funcionamento normal, ovulando a cada ciclo menstrual. É provável que o corpo necessite de um ou dois ciclos para regularizar essas funções, mas isso, geralmente, se resolve rápido.

A questão da idade pode ser um fator de interferência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 15 mulheres, entre os 20 e 30 anos, possui dificuldades para ficar grávida. Essa taxa se altera para uma em cada oito mulheres, quando se refere à faixa etária que vai dos 30 aos 40 anos.

Depois dos 40, essa proporção passa a ser de somente uma vitória a cada quatro tentativas frustradas. Ou seja, existe uma queda natural de fertilidade com o passar do tempo. Por isso, especialistas recomendam que, se após o período de um ano, o casal não conseguir realizar o sonho de ter um filho, deve começar a procurar ajuda médica. Depois disso, a questão será descobrir o que está atrapalhando.

Vários fatores podem interferir na fertilidade do casal. Nas duas últimas décadas vem crescendo o número de casais inférteis em decorrência da degradação do meio ambiente e dos maus hábitos da vida moderna. Tabagismo, alcoolismo, drogas e o estresse da vida moderna contribuem para isso. Por isto, é importante que os dois sejam investigados, ao mesmo tempo.

No caso das mulheres, pode haver problemas de ovulação, no transporte dos óvulos, na fertilização ou na implantação do embrião. Doenças sexualmente transmissíveis, endometriose, ovários policísticos, lúpus e distúrbios hormonais (incluindo os distúrbios da tireóide) também são condições que interferem na fertilidade feminina. Para detectar a possível causa, as candidatas a mães devem fazer vários exames que incluem testes hormonais e avaliação do útero, ovários e das trompas.

Já os homens costumam ser submetidos, além da avaliação hormonal, ao teste clínico para detectar eventuais alterações anatômicas e ao espermograma, um exame que consegue checar se os espermatozóides estão em quantidade, forma, motilidade e concentração normais.

Um problema masculino muito comum é a varicocele, uma doença caracterizada pela presença de varizes nos testículos que alteram a produção e a eliminação dos espermatozóides. Estima-se que até 15% dos homens podem ter algum grau desta complicação, que na maior parte das vezes passa despercebida, e que costuma ser responsável por 45% dos casos de infertilidade nos homens.

Portanto, diante dessa infinidade de possibilidades, só depois de avaliar os resultados dos exames do casal é que o médico poderá dizer o que exatamente está impedindo a sonhada gravidez - e, assim, indicar o melhor tratamento. Atualmente, diversas técnicas de fertilização artificial facilitam a concretização da gravidez e quanto mais cedo o casal procurar ajuda, maiores serão suas chances de obter sucesso.

Infertilidade masculina

Segundo os autores da novela, a infertilidade do personagem de Tony Ramos é temporária, e, talvez, possa ser revertida, o que ainda não foi decidido pela cúpula da novela.

A notícia da infertilidade não costuma ser bem recebida nem por homens, nem por mulheres. Mas o sexo masculino parece ter mais dificuldades para aceitar o diagnóstico. Isso se deve ao fato de muitos homens, ainda, associarem, equivocadamente, a infertilidade com impotência. Por isto, considero muito apropriada a escolha do personagem masculino para ser o foco da discussão da fertilidade do casal. Alguns pacientes passam por um período de baixa auto-estima, sentindo-se "menos homens" e até começam a apresentar problemas de disfunção sexual. Angústia e ansiedade são dois sentimentos com os quais homens e mulheres que se deparam com a situação têm de aprender a lidar.

O processo de diagnóstico da infertilidade do casal, os tratamentos e técnicas de reprodução assistida, quando requeridas, costumam ser longos e, não raras vezes, interferem no próprio relacionamento do casal, que precisa estar unido no objetivo de formar uma nova família.

Joji Ueno
O autor é ginecologista, especialista em reprodução humana. Integra e dirige o corpo clínico da Clínica Gera, referência em laparoscopia ginecológica e histeroscopia. É Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP. Coordenador de Pós-Graduação Lato Sensu, Especialização em Medicina Reprodutiva, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês.

SERVIÇO:

Clínica GERA
Rua Peixoto de Gomide, 515 - Conjuntos 11 e 12
Horário: entre 09:00 e 19:00
Telefone: (11) 3266 7974
Homepage: www.gerasp.com.br

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Saúde Feminina com Prof. Dr.Mauricio Simões Abrão




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