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Congresso Brasileiro de Cardiologia

SÃO PAULO VAI SEDIAR CONGRESSO NACIONAL, SIMPÓSIO AMERICANO E TAMBÉM PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA

Oito mil cardiologistas se reúnem em São Paulo a partir do dia 7, para a realização simultânea do maior evento nacional de Cardiologia, o 62º Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que este ano ocorrerá simultaneamente com o “Simpósio Luso-Brasileiro de Cardiologia”, o “Sul-Americano de Cardiologia” e o simpósio do “American College of Cardiology”.

A somatória dos eventos é decorrência do grande número de novidades, novos desafios e tratamentos recentes no campo da Cardiologia. “Teremos um debate muito sério sobre um estudo que mostrou resultados muito semelhantes para pacientes crônicos tratados só com medicamento ou com angioplastia”, afirma o diretor científico do Congresso, Dário Sobral, “temos o desafio do cada vez mais freqüente infarto na mulher, que será discutido num ‘Encontro’ especial dentro do Congresso, temos a possibilidade de que novas técnicas de tomografia substituam o cateterismo de forma menos invasiva”, insiste o médico, “e temos principalmente a epidemia de obesidade que, se não for debelada, criará, a médio prazo, poderá causar um grande número de óbitos precoces por causas cardíacas, no Brasil”.

Esses importantes desafios que vão pautar a Cardiologia nos próximos anos atrairão ao Brasil especialistas como Eugene Braunwald, autor do livro mais lido e utilizado pelos cardiologistas no mundo inteiro e mais 30 especialistas dos mais diversos países, que vão debater com os brasileiros o que fazer em relação ao uso diário da aspirina como anticoagulante, por exemplo. O problema é que há cardiologistas muito respeitados defendendo a necessidade de ministrar permanentemente aspirina ou outro anticoagulante a pacientes idosos, para evitar coágulos nas coronárias mas, ao mesmo tempo começa a epidemia da dengue hemorrágica, no Brasil, que torna recomendável evitar anticoagulantes que podem agravar o quadro da doença. Os médicos terão que debater os prós e contras e tomar uma decisão, durante o Congresso.

Para Dário Sobral, como a Cardiologia brasileira é uma das mais avançadas do mundo e tem uma posição de liderança no Continente, o que for discutido no Brasil fatalmente terá conseqüências nos procedimentos que os cardiologistas adotarem em outros da América Latina. O exemplo que ele dá é do tratamento com células-tronco em casos de Doença de Chagas, que afeta o coração de forma até então irreversível. “A experiência brasileira nesse campo é vital para outros países que também tem Chagas, ao passo que norte-americanos e europeus não pesquisam tanto o problema”, já que em outros Continentes a doença é rara, não se constitui em problema de Saúde Pública.

Também em relação à hipertensão e à rápida propagação da obesidade em regiões onde até há pouco o problema era a desnutrição, é área onde o Brasil deve colaborar com países que têm problemas semelhantes, diz o dr. Bolívar Malachias, que vai coordenar uma discussão sobre alimentação, no Congresso. “Temos 40% de hipertensos no Brasil, 40% da população tem níveis inadequados de colesterol e uma pesquisa cuidadosa e cara recém-realizada pela SBC mostrou que já temos 45% da população com peso acima do normal”, afirma ele, índices que possivelmente se repetem em outros países do Continente os quais, não tendo os mesmos recursos que o Brasil, acabam se baseando nessa pesquisa para organizarem suas políticas de Saúde.

CARDIOLOGISTAS FARÃO CAMPANHA

NACIONAL PARA EVITAR MORTE SÚBITA



A morte inesperada, não acidental e repentina, conhecida como Morte Súbita Cardíaca (MSC), tem como causas principais formas graves de Arritmias Cardíacas. A maioria desses pacientes são portadores de doenças cardiovasculares, tais como infarto e doenças do músculo cardíaco (dilatação). Em indivíduos saudáveis também podem ocorrer Arritmias Cardíacas que, muitas vezes, não provocam sintomas e por isso, a maioria da população desconhece seus riscos.

Em atletas treinados o risco de MSC é 3 vezes maior que o não atleta e afeta 9 vezes mais homens que mulheres. Este será um dos temas principais do 62º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que começa na próxima sexta-feira, no Hotel Transamérica, em São Paulo.

“A morte súbita e as arritmias que as causam serão discutidas em mesa-redonda, em ‘workshop’ e num simpósio”, explica o professor Martino Martinelli Filho, da Universidade de São Paulo, e que é também o presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

O especialista explica que os médicos, estão extremamente preocupados com os pacientes que resolvem fazer esporte para reduzir os fatores de risco cardíaco, colesterol e obesidade, por exemplo, ou que então como são fumantes, acreditam que para reduzir os malefícios do fumo, nada como iniciar um programa de exercícios.

“Não se corrige o colesterol alto nem se emagrece numa esteira”, insiste Martinelli, o correto é mudar os hábitos alimentares, baixar o colesterol e então começar a se exercitar. Outra preocupação é que uma percentagem considerável de atletas profissionais usa hormônios de crescimento ou ainda drogas ilícitas. “O pior é quando não há sintomas e o primeiro sinal é uma arritmia, ou uma parada cardíaca”, diz o especialista.



CAMPANHA NACIONAL

O assunto é tão sério, que 59 centros distribuídos por todo o Brasil farão, em 12 de novembro, um “Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita”. Martinelli explica que a campanha é um alerta para as autoridades de saúde pública sobre as carências do nosso sistema e para acabar com certos ‘modismos’ perigosos. “O mais comum é um sedentário, acima do peso, resolver que vai correr uma maratona porque é moda e entra num programa de treinamento de dois ou três meses”, afirma. E é esse “atleta” que está sob risco de morrer na prova.

A recomendação dos médicos é que ninguém inicie um programa de exercícios físicos, sem pelo menos fazer um eletrocardiograma, embora o ideal seja um teste ergométrico. Também não se deve iniciar o programa antes de parar de fumar, de beber em excesso, ou de emagrecer. “Não se emagrece na esteira”, insiste.

Do ponto de vista epidemiológico, os cardiologistas dizem que a morte súbita tem dois responsáveis: ou é o atleta, jogador de futebol, por exemplo, que sabe que tem uma doença cardíaca, como o recente caso de Sevilha, mas resolve continuar a jogar assim mesmo, ou então a pessoa tem um problema cardíaco mas não sabe, porque não fez os exames pré-treinamento, não teve estratificado seu risco.

Em qualquer dos casos, o importante é fazer os exames, procurar um cardiologista, receber orientação específica sobre que tipo de exercício e com que intensidade deve ser feito. Afinal, diz ele, são tão grandes os modernos recursos da Medicina, que mesmo tendo um problema cardíaco um paciente poderá se exercitar, entrar em forma, melhorar sua qualidade de vida. Para isso e para garantir a segurança do paciente apenas o médico é capaz de definir o tipo de exercício a ser realizado.






Serviço:
62° CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Data: 07 a 11 de Setembro
Local: Transamérica Expo Center
Endereço: Av. Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro
Site: congresso.cardiol.br/62




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