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Estréia: ESPERANDO GODOT

SESC AVENIDA PAULISTA APRESENTA A REESTRÉIA DA MONTAGEM DE GABRIEL VILLELA PARA O CLÁSSICO ESPERANDO GODOT

A UNIDADE PROVISÓRIA DO SESC AVENIDA PAULISTA abriga, a partir de 28 de abril, a elogiada montagem do diretor Gabriel Villela para o clássico ESPERANDO GODOT, de Samuel Beckett. Depois de estrear com sucesso no Espaço Subsolo do Sesc Belenzinho, o espetáculo agora vai ocupar o Espaço Nono Andar do prédio da avenida Paulista. As atrizes Bete Coelho (Estragão), Magali Biff (Vladimir), Lavínia Pannunzio (Pozzo) e Vera Zimmermann (Lucky) estão à frente da encenação intimista, pontuada por referências populares e linguagem de clown. Para tratar da falta de esperança, tema da fábula bechettiana, o espetáculo de Gabriel Villela recorreu às convenções do teatro de arena e à singeleza inerentes a seus clochars (mendigos e vagabundos de rua franceses).

A montagem de ESPERANDO GODOT, que vem de uma elogiada temporada no SESC Belenzinho, com direção de Gabriel Villela, reestréia no dia 28 de abril, sexta-feira, às 21 horas, no Espaço Nono Andar da UNIDADE PROVISÓRIA SESC AVENIDA PAULISTA. Numa homenagem aos 100 anos de nascimento do escritor irlandês Samuel Beckett (1906-1989), o diretor mineiro Gabriel Villela apresenta montagem brasileira do texto Esperando Godot, baseado na tradução de Fábio de Souza Andrade, lançada recentemente pela Editora Cosac & Naif.

Escrito originalmente em francês, em 1948, o clássico da dramaturgia mundial, que mescla niilismo, comédia e humor fino, reúne no elenco as atrizes Bete Coelho, Magali Biff, Lavínia Pannunzio e Vera Zimmermann. Para a reestréia, o diretor promete manter o formato de teatro de arena, com o mesmo diâmetro e a mesma quantidade de cadeiras do Subsolo do Sesc Belenzinho (70 lugares).

Sobre a UNIDADE PROVISÓRIA SESC AVENIDA PAULISTA
Com reforma prevista para o futuro, com a intenção de melhorar o atendimento à comunidade, a nova unidade funcionará sob o título de provisória, pois estará com instalações adaptadas. De acordo com o Diretor Regional do SESC, Danilo Santos de Miranda, a unidade abre suas instalações em caráter temporário. “Vamos fazer experimentações nas áreas de arte, corpo e tecnologia, dando continuidade ao programa de Turismo Social, já existente no local.”Para a gerente da unidade, Elisa Americano Saintive, o público freqüentador vai poder opinar na melhor maneira de utilização do espaço.

Sobre a montagem
A montagem tem inspiração no quadro atual de devastação da natureza encontrado no Brasil e no mundo. Dessa forma, o diretor situa sua encenação em um território devastado pelas queimadas nas florestas, com os rios secando e a vegetação sendo destruída. Para abordar esse assunto, Villela considera perfeita as reflexões dos protagonistas quando dizem: Devíamos ter prestado mais atenção na natureza...Agora são só folhas...mortas!. Para Gabriel Villela, o texto de Becket trabalha exatamente com a questão da ignorância e da impotência. “Este é o princípio revoltante que me liga metafisicamente à fábula de Godot.”

“Nessa montagem, trabalhei com a subtração para chegar a um picadeiro roto, síntese de como estamos tratando a natureza no começo do século 21. Não há mesmo esperança, a não ser no fato da gente poder conversar ludicamente sobre estes temas, com os instrumentos que temos, no nosso caso o teatro”, diz o diretor.

A vontade de encenar Esperando Godot aconteceu depois de Gabriel Villela ler as reflexões feitas pelo escritor húngaro Imre Kertész, no livro A Língua Exilada, presente da atriz Bete Coelho. Impressionado com os questionamentos contidos na obra, Gabriel embarcou para Portugal, no ano passado, para trabalhar com as companhias portuguesas Seiva Trupe, Entretanto Teatro e A Barraca. “Fui para Portugal já com o desejo de juntar os dois lados de Minas: as minhas influências interioranas, ao lado da voz cosmopolita de Bete Coelho.

Sobre a história
Na trama, dois vagabundos Estragon (Gogô) e Vladimir (Didi), esperam em vão a chegada de um personagem enigmático (um certo Godot, símbolo do inalcansável) em uma encruzilhada, no meio de um terreno no campo, cujo único sinal de vegetação é uma árvore quase seca. No centro de Godot estão dois palhaços tristes, implicantes, insatisfeitos e solitários, que passam os dias a esperar a solução de seus problemas: Godot, que deve aparecer a todo momento, mas nunca chega.

A peça curiosamente deu origem à expressão em francês "esperar Godot", que significa "uma espera interminável por algo desconhecido". Godot...será que ele vem? Será que não? Talvez virá... amanhã. “Diariamente, o mundo sente na carne a esperança traída. Diariamente, experimenta a relação cáustica entre dominador e dominado”, afirma Gabriel Villela. “Sua sede de salvação, sua ânsia de além-mundos são inesgotáveis. Atualidade social e metafísica e uma incrível comicidade tornam Esperando Godot um grande espetáculo comitrágico”, fala o diretor, sobre o texto e a montagem.

Estética da delicadeza e do detalhamento
O diretor Gabriel Vilella concebeu sua montagem em formato de arena. De acordo com Gabriel, o espaço da encenação lembra o de um oratório, a cápsula de um oratório. “Minha inspiração veio do interior de um oratório capsular, desses que são levados nas costas. E tudo está sendo feito para reproduzir a sensação de conforto, no sentido de agasalhar os atores, de trazer uma estética minúscula de detalhamento, de síntese, de delicadeza”, afirma ele.
Sobre o figurino e a luz

As quatro atrizes de Esperando Godot vestem camisolas de linho branco da década de 40, recolhidas em albergues parisienses. “Elas têm a memória da destruição da segunda guerra mundial e um quê de O Gordo e o Magro”, explica, dizendo que buscou construir os quatro personagens interpretados por Bete Coelho, Vera Zimmermann, Magali Biff e Lavínia Pannunzio como “figuras vestidas para dormir ou prontas para sair, entre o estado letárgico do sono e o pesadelo devastador da realidade”.

Assinado por Domingos Quintiliano, o desenho de luz da peça tem um movimento espiral e evolui em círculo, de forma ascendente e descendente. Trata-se de uma brincadeira em cima de um dínamo, do movimento de uma turbina que gera luz.
Sobre as montagens

Marco no chamado teatro do absurdo, corrente teatral, e relato contundente da falta de esperança na condição humana, Esperando Godot - divisor de águas no teatro do século passado - estreou em Paris (para onde Beckettt auto-exilou-se) em 1953, em uma pequena produção dirigida por Roger Blin. A obra foi consagrada pela crítica e se transformou em um clássico do século 20.

Montada no mundo todo, Esperando Godot teve sua primeira encenação no Brasil em 1955, dois anos depois da estréia parisiense, pelas mãos de Alfredo Mesquita, com alunos da Escola de Arte Dramática. A primeira montagem profissional foi dirigida em 1968, por Flávio Rangel, com Walmor Chagas e Cacilda Becker (que sofreu aneurisma no intervalo de uma matinê e morreu semanas depois). Em seguida, o texto foi montado por Antunes Filho, com elenco formado por Eva Wilma, Lílian Lemmertz, Lélia Abramo, Maria Yuma e Vera Lyma. Em 2003, foi a vez do grupo carioca Armazém Cia. De Teatro apresentar a sua versão de Godot.

Para roteiro:

ESPERANDO GODOT – Reestréia 28 de abril, sexta-feira, às 21 horas no UNIDADE PROVISÓRIA SESC AVENIDADE PAULISTA – Espaço Nono andar. Texto – Samuel Beckett. Tradução – Fábio de Souza Andrade. Direção – Gabriel Villela. Elenco – Bete Coelho (Estragão), Magali Biff (Vladimir), Lavínia Pannunzio (Pozzo) e Vera Zimmermann (Lucky, menino 1 e menino 2I). Desenho de luz - Domingos Quintiliano. Cenografia e Figurinos – Gabriel Villela. Execução do cenário e adereços - Márcio Vinícius. Temporada - de 28 de abril a 18 de junho. Sextas e sábados, às 21h, e domingos às 19 horas. Duração - 110 minutos. Atenção: Após o início da apresentação, não é permitida a entrada de espectadores.

UNIDADE PROVISÓRIA SESC AVENIDA PAULISTA – Avenida Paulista, 119 – Estação Brigadeiro – Fone: (11) 3179-3700. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – De terça a sexta das 9 às 22 horas e sábados, domingos e feriados 10 às 19 horas (ou ingressos à venda em todas as unidades do Sesc). Capacidade - 70 lugares. Ingressos – R$ 15,00, R$ 10,00 (usuário matriculado) e R$ 7,50 (trabalhador no comércio e serviços, matriculado e dependente, aposentados e estudantes com carteirinha). www.sescsp.org.br

PERFIS – Samuel Beckett, atrizes e Gabriel Villela

Sobre o autor
Autor de romances, contos, novelas, textos teatrais e radiofônicos, Samuel Beckett - que ganhou o Nobel de Literatura em 1969 – Samuel Beckett nasceu em 1906 em Foxrock, perto de Dublin. De família burguesa e protestante, estudou francês e italiano no Trinity College de Dublin, foi professor em Paris, conheceu James Joyce (de quem foi secretário pessoal na juventude), regressou à Irlanda em 1931, passou por Londres e pela Alemanha, voltou a Paris quando explodiu a guerra e fez parte da Resistência. É no pós-guerra que vive o período mais intenso da sua produção literária, com destaque para Esperando Godot, uma trilogia de romances e quatro novelas (entre as quais Primeiro Amor). Em seguida, começa a traduzir os seus textos para inglês e volta a escrever também nessa língua. Constrói uma obra dupla, bilíngue, cada vez mais depurada. Recebeu o Nobel em 1969 e distribuiu o dinheiro entre os amigos. Morreu em Paris em 1989.

Sobre Gabriel Villela
Diretor, cenógrafo e figurinista, estudou Direção Teatral na USP. Iniciou sua carreira profissional em 1989 com VOCÊ VAI VER O QUE VOCÊ VAI VER, de R. Queneau, e O CONCÍLIO DO AMOR, de O Panizza. Desde então, recebeu três Prêmios Molière, três Prêmios Sharp, oito Prêmios Shell, dez Troféus Mambembe, cinco Troféus APCA, cinco Prêmios APETESP e dois Prêmios PANAMCO, entre outros. Alguns de seus espetáculos são: RELAÇÕES PERIGOSAS, de Heiner Muller; A VIDA É SONHO, de Calderón de La Barca; ROMEU E JULIETA, de William Shakespeare; A FALECIDA, de Nélson Rodrigues; O MAMBEMBE, de Arthur Azevedo; O SONHO, de Strindberg; e MORTE E VIDA SEVERINA, de João Cabral de Melo Neto. Seus últimos espetáculos compõem uma trilogia de musicais de Chico Buarque para o TBC: ÓPERA DO MALANDRO, OS SALTIMBANCOS e GOTA D’ÀGUA. Dirigiu também A PONTE E A ÁGUA DE PISCINA, de Alcides Nogueira, indicado a três Prêmios Shell em 2002.

Tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional, sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina. Com o Grupo Galpão (ROMEU E JULIETA e A RUA DA AMARGURA), Gabriel Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, uma reconstrução do teatro original em que Shakespeare encenava seus textos, no século XVI, conquistando a crítica e o exigente público londrino. Em 2004 montou FAUSTO ZERO, do escritor alemão J.W. Goethe, com a qual esteve na Rússia. Recentemente, esteve em Portugal, onde trabalhou com a Seiva Trupe, A Barraca e Entretanto Teatro.

Sobre Bete Coelho
Estreou em teatro profissional com a diretora mineira Carmem Paternostro, com quem trabalhou em Pagu, entre outras peças. Em São Paulo, foi descoberta pelo diretor Antunes Filho e passou a integrar o Grupo de Teatro Macunaíma, atuando em Romeu e Julieta; Macunaíma e Nelson 2 Rodrigues. Depois, com o diretor Gerald Thomas fundou a Cia. de Ópera Seca e participou das peças Carmem com Filtro; Eletra Com Creta; Trilogia Kafka (Um Processo/Uma Metamorfose/Praga); Carmem com Filtro 2 e M.O.R.T.E. Prêmio APCA de melhor atriz com Cacilda! (José Celso Martinez Corrêa), atuou sob a direção de Paulo Autran no monólogo Pai, de Cristina Mutarelli, além de ter feito FrankensteinS, de Eduardo Manet, direção de Jô Soares. Estreou como diretora com Pentesiléias, de Daniela Thomas, também atuando ao lado de Renato Borghi e Giulia Gam. Dirigiu Iara Jamra em O Caderno Rosa de Lori Lambi, de Hilda Hilst; A Caixa, de Patrícia Mello e, ainda, Elas são do Baralho, de Mara Carvalho. Em TV, participou, entre outras, das novelas Vamp; As Filhas da Mãe e Agora é que são Elas (TV Globo); Éramos Seis; Sangue do Meu Sangue e Os Ossos do Barão (SBT), Serras Azuis (TV Bandeirantes) e Seus Olhos, do SBT. Recentemente, A Lua me Disse (Globo).

Sobre Magali Biff
Com dois prêmios de melhor atriz na bagagem (APCA por O Retrato de Janete, em 2001, e Shell por Kaspar, em 1994), a atriz formou-se na Escola de Arte Dramática da USP em 1983. Trabalhou a seguir com Cacá Rosset (Mahagony, em 1984), José Celso Martinez Corrêa (Mistérios Gososos e As Bacantes, em 1982). De 1887 a 1993, atuou no grupo do diretor Gerald Thomas, nas seguintes montagens: Carmem com Filtro; Eletra Com Creta; Trilogia Kafka (Um Processo/Uma Metamorfose/Praga); Carmem com Filtro 2, ópera Matogrosso, M.O.R.T.E e Império das Meias Verdades. Criou sua própria companhia, a Cia Coisa Boa, ao lado de Dedé Pacheco, em 2001. Antes, fez Metrô, com direção de Maria Lúcia Pereira, e, recentemente, Avenida Dropsie (Felipe Hirsch). Em TV, fez Sangue do Meu Sangue (11195, SBT), Chiquititas (entre 1997 e 1998, na Argentina) e Os Ricos Também Choram (2005, no SBT).


Sobre Lavínia Pannunzio
Atua profissionalmente desde 1980, dedicando-se a conhecer a dramaturgia contemporânea. Trabalhou com Mário Bortolotto em GETSÊMANI (longa), TANTO FAZ, CLAVÍCULAS, DENTES GUARDADOS, POSTCARDS DE ATACAMA, MEDUSA DE RAYBAN e O QUE RESTOU DO SAGRADO; Zé Renato em JOÃO E CARLOTA; Felipe Hirsch em A VIDA É CHEIA DE SOM E FÚRIA e TEMPORADA DE GRIPE, de Will Eno; Márcio Araújo em 3,2,1, ZÉ AMARO E IRINEU e A HORA É AGORA; Alexandre Stockler em WILD' STORIES, LINHA DE FUGA e 13 MOVIMENTOS, com quem dividiu essas criações; Zé Celso Martinez Corrêa em CACILDA!; Gabriel Villela, em O MAMBEMBE; Emilio di Biasi em BUDRO; André Pink, Cristiane Paoli Quito e Yacov Hillel. Montou textos de Walcyr Carrasco, Abílio Pereira de Almeida, Plínio Marcos, Claudia Schapira, Bertolt Brecht, Pedro Vicente, Ana Ferreira, Bosco Brasil, Wagner Salazar, Woody Allen, João Cabral de Melo Neto, Martins Pena e alguns próprios. Adaptou para o cinema o conto BELO HORIZONTE (de Reinaldo Moraes) e o livro A ÚLTIMA TRINCHEIRA (de Fábio Pannunzio) e para o teatro os livros VELUDINHO e ERA UMA VEZ UM RIO (de Martha Pannunzio) – primeiras experiências como dramaturga e diretora, depois de 25 anos de teatro, com incursões pelo cinema, artes plásticas, dança e TV.

Sobre Vera Zimmermann
Vera Zimmermann começou a carreira no teatro com Antunes Filho em 1981 na peça NELSON RODRIGUES O ETERNO RETORNO e MACUNAÍMA. Entre seus principais trabalhos estão UNGLAUBER e DOM JUAN, com direção de Gerald Thomas, e REPLAY e OS SALTIMBANCOS, com direção de Gabriel Villela. Em TV, atuou nas novelas MEU BEM, MEU MAL, MARISOL, na minissérie SÃOS E SALVOS e no seriado JOANA. Em Cinema, fez TÔNICA DOMINANTE, sob a direção de Lina Chamieé. Seus mais recentes trabalhos em teatro foram: A Ponte e a Água de Piscina (2002) e Fausto Zero (2004), ambas sob a direção de Gabriel Villela, e Os Sete Afluentes do Rio Ota, em 2003, dirigida por Monique Gardenberg.




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