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Dúvidas frequentes sobre término do horário de verão que será 0h de domingo, dia 16/02!

14/02/2014


Médicos explicam o que acontece no organismo quando ocorre mudança nos horários

Em geral, as pessoas levam alguns dias para voltar à rotina e padrão do sono com o fim do horário de verão. Algumas, no entanto, precisam de mais tempo e podem apresentar cansaço, fadiga e até mesmo chegar à exaustão.


“Na primeira semana, as pessoas devem aumentar a ingestão de líquido e fazer refeições leves, mantendo o mesmo horário, assim o cérebro se adapta o mais rápido possível com a mudança”, explica a diretora do Serviço de Clínica Médica do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Vera Soibelman.

“Se a pessoa está acostumada a tomar café às 7h, deverá fazê-lo no mesmo horário, mesmo que ainda não tenha tanta fome”, afirma.

Crianças até quatro anos, que ainda não têm compromisso escolar, se adaptam naturalmente à nova realidade. Já as crianças maiores, que cumprem atividades com horário, sentem as mesmas dificuldades de adaptação que os adultos.

Em qualquer idade, se os sintomas ultrapassarem três semanas, o ideal é procurar o médico, que avaliará o caso e indicará o tratamento adequado. “Algumas pessoas chegam a apresentam irritabilidade, dor de cabeça, diarreia e mudanças de humor”, destaca a especialista.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% da população brasileira têm alguma queixa relacionada à insônia, e mudanças súbitas no padrão de sono das pessoas tendem a diminuir a capacidade de concentração e percepção.

Estudo de pesquisadores suecos em 2008 apontou que, nas três semanas que sucederam ao horário de verão, houve um aumento de ataques cardíacos em relação a outras épocas do ano.

Outro estudo publicado no “New England Journal of Medicine” sugeriu que esse acréscimo nos registros de acidentes cardiovasculares pode ser devido à mudança nos padrões de sono que o horário de verão causa nas pessoas.

Pois bem, termina à 0h deste domingo (16) o horário de verão. Entrevistamos o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Cleverson de Macedo Gracia, para tirar as principais dúvidas e esclarecer questões sobre o tema.


1)Por que as pessoas sentem dificuldade de se adaptar ao horário de verão e a voltar ao horário regular? Existe alguma explicação fisiológica para isso?
Dr. Cleverson de Macedo Gracia:
Sim, a explicação fisiológica é a de que o nosso organismo tem o ciclo circadiano, que é o período de 24h e é influenciado pela luz solar. Este relógio biológico encontra-se no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, uma estrutura nas profundidades do cérebro.


2) Crianças e idosos demoram mais para se acostumar com o horário tradicional?
Dr. Cleverson de Macedo Gracia:
Sim. Os idosos e as crianças têm mais dificuldades de se adaptar às mudanças de horário. Mas, ainda não se conhece a razão desta evidência.


3) O que é mais difícil: se adaptar ao horário de verão ou a volta ao horário normal? Por quê?
Dr. Cleverson de Macedo Gracia:
As mudanças para leste são piores do que para oeste, isto é, quando você adianta o relógio é pior do que quando você atrasa. A razão disto é que nós estamos mais propensos a ficar mais tempo acordados a noite que ter que acordar mais cedo no dia seguinte. Como se fosse a favor e contra o relógio biológico.



4) Que sintomas podem indicar essa dificuldade de adaptação?
Dr. Cleverson de Macedo Gracia:
Insônia, sonolência diurna, cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau-humor, alteração do apetite, distúrbios estomacais, confusão mental, irritabilidade, constipação e queda da imunidade. Estes sintomas só são significativos em casos de mais de dois fusos horários, isto é, com variação do horário em duas ou mais horas. Em caso de uma hora, os sintomas tendem a se resolver rapidamente em dois a três dias.


5) Quais dicas podem facilitar essa adaptação?
Dr. Cleverson de Macedo Gracia:
Pessoas que percebem esses sintomas devem parar o que estão fazendo (se possível), tirar um cochilo acima de 45 minutos. Cafeína, exercícios e convívio social ajudam a resolver o problema também.




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