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Governo faz estudo sobre hepatite A para medidas preventivas

Jornadas de imunizações abordam, de 8 a 10 de novembro, vacina e incidência da doença que tem riscos aumentados no verão

“O mapeamento da freqüência de hepatites virais que está sendo feito pelo Ministério da Saúde (MS), até o final do ano, indica que o governo está avaliando, além de assistência aos portadores da doença, medidas preventivas como a vacinação”, comemora a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), a especialista Isabella Ballalai. Os dados coletados até agora apontam que aproximadamente 60% das pessoas não tiveram contato com o vírus da hepatite A antes dos 9 anos, quando a doença é, em geral, assintomática. Por conta da melhoria das condições sanitárias, atualmente, quem tem idade mais elevada está suscetível e com risco de adquirir a infecção. É justamente nessa fase que ela apresenta maior gravidade e letalidade. Por isso, a vacina deve ser priorizada. Os hábitos típicos do verão, por exemplo, propiciam a exposição ao vírus, que tem tempo de incubação de 40 a 60 dias. Essas e outras questões serão discutidas na IX Jornada Nacional de Imunizações e na I Jornada de Imunizações do Distrito Federal, que ocorrem em Brasília, entre os dias 8 e 10 de novembro, de quinta a sábado, com o tema: Vacinação para Todos.

Não há tratamento específico para hepatite A, que é a infecção do fígado por vírus, que destrói as células hepáticas. “Considerando que ela pode ser prevenida por uma vacina que já existe e é plenamente eficaz, devemos avaliar com muita seriedade a perspectiva de expandir os planos atuais de vacinação, que ainda se restringem aos grupos de risco nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries). Os exemplos de Israel e dos Estados Unidos demonstram que é possível controlar essa infecção por meio de vacinação universal”, explica Ballalai.

Na avaliação da vice-presidente da Sbim, as pessoas estão mais expostas ao vírus da hepatite A no verão, por ser uma estação de férias, que exige alguns cuidados como: não mergulhar em praias impróprias para o banho, prestar atenção nos petiscos vendidos na rua e nos frutos do mar, além de não ingerir água do gelo onde são conservadas as bebidas na praia. A médica Isabella Ballalai destaca que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em países de endemicidade intermediária, a vacinação em larga escala deve ser considerada como uma conduta. A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda duas doses da vacina anti-hepatite A, com seis meses de intervalo entre elas, em crianças a partir dos 12 meses e em adultos. “A proteção é de longa duração após a aplicação das duas doses, com soroconversão de 99% a 100%”, diz Isabella. Atualmente, ela está disponível na rede particular e cada dose custa de R$ 80 a R$ 90.

Em um levantamento feito no serviço de transplantes de adultos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), entre 55 pacientes de transplantes de fígado, 6% tinham falência hepática aguda causada por hepatite A. “Apesar de, na maioria das vezes, a hepatite A não deixar seqüelas, no Brasil, ela é apontada como uma das causas mais comuns de hepatite fulminante e o tratamento é o transplante de fígado”, explica Ballalai. A transmissão da hepatite A ocorre, fundamentalmente, por via fecal-oral, seja de pessoa para pessoa (a mais freqüente) ou por ingestão de água ou alimentos contaminados.

Estudo feito pelo Ministério da Saúde mostrará número de pessoas suscetíveis a adquirir hepatite A

Em vários locais do mundo, há a tendência de aumento de casos de hepatite A em adolescentes e jovens adultos. Por conta da melhoria das condições sanitárias, caiu consideravelmente o percentual de infecção pela doença antes dos 5 anos de idade. Com o Inquérito Nacional das Hepatites, até o final de 2007, o Ministério da Saúde terá dados sobre a soroprevalência, que é o número de pessoas que já tiveram a doença e quantas estão suscetíveis a contrair o vírus. Para a hepatite A, os jovens de 5 a 19 anos integram a população-alvo do levantamento. Estima-se que menos de 1% de crianças e adultos jovens possa morrer por hepatite A, enquanto esse valor sobe para 2,5% nos indivíduos com mais de 50 anos. Até 2008, a meta do governo é entrevistar 31 mil pessoas. “Apesar do Ministério da Saúde recomendar a notificação obrigatória em todo o país, alguns estados registram apenas os surtos. Por isso a importância dessa pesquisa”, explica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

Vacina gratuita está disponível apenas em casos especiais

Atualmente, a vacina contra hepatite A somente é disponibilizada gratuitamente nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Cries). Entre as situações estão: hepatologias crônicas de qualquer causa, inclusive portadores do vírus da hepatite C; portadores crônicos do vírus de hepatite B; coagulopatias; crianças menores de 13 anos com aids; adultos com aids portadores do vírus de hepatite B ou C; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora; candidatos a transplante de órgão sólido ou de medula óssea; doadores de órgão sólido ou de medula óssea, cadastrados em programas de transplantes; hemoglobinopatias.

Jornadas de imunizações em Brasília

Entre 8 e 10 de novembro, quinta a sábado, ocorre a IX Jornada Nacional e a I Jornada de Imunizações do Distrito Federal. Com o tema Vacinação para Todos, serão abordados erradicação da poliomielite, doenças respiratórias, perspectivas atuais e futuras para HPV, vacinas contra raiva e febre amarela, aumento de casos de rubéola, nova vacina contra herpes zoster, entre outros. As jornadas são promovidas pela Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Mais informações: (11) 3255-5674, sbim@uol.com.br, www.aeceventos.com.br/sbim2007 e www.sbim.org.br

Serviço:
IX Jornada Nacional de Imunizações
I Jornada de Imunizações do Distrito Federal
Dias 8 a 10 de novembro, quinta-feira a sábado
Avenida W5 - SGAS 902, Bloco C - Brasília - DF
Mais informações: (11) 3255-5674, sbim@uol.com.br, www.aeceventos.com.br/sbim2007 e www.sbim.org.br




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