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Estresse pode fazer bem à saúde

ESTRESSE PODE FAZER BEM À SAÚDE
Assim como o colesterol, estresse também pode ser mau ou bom

Considerado pela Organização Mundial da Saúde como a maior epidemia mundial do século XX, sendo responsável por 50% das mortes no mundo e representando fator de risco para doenças como as cardíacas e o Mal de Alzheimer, o estresse é o grande vilão da saúde, certo? Não necessariamente. Uma corrente de pesquisadores internacionais defende os aspectos positivos do estresse. "Níveis normais de hormônios do estresse promovem o armazenamento de memória”, defende Bruce McEwen, chefe do laboratório de Neuroendocrinologia da Universidade Rockefeller (EUA). No Brasil, a psicóloga e consultora em gestão de estresse e qualidade de vida, Preciosa Fernandes, alerta que o estresse tem sido visto apenas sob a ótica negativa. “Em doses normais, os hormônios do estresse ajudam a tomar decisões com rapidez e a enfrentar desafios. A maioria das pessoas não percebe que o fato de sentir-se bem, satisfeito com seu trabalho e criativo, também é resultado do estresse”, afirma a especialista.

Para Preciosa Fernandes, é preciso saber diferenciar as duas faces do estresse: a negativa e a positiva. “Existe um grau de tensão inevitável, que faz parte da vida, responsável por fazer o ser humano reagir, se adaptar e sobreviver. Hans Selye, primeiro médico a definir o estresse, em 1936, já falava sobre esse aspecto benéfico. Sem o estresse, a vida não é possível”, diz a psicóloga.

Responsável por ministrar treinamentos sobre estresse em grandes empresas, a especialista explica que há relação direta entre o nível de estresse e a produtividade. “Quando passamos por uma situação de muita pressão, o organismo libera hormônios que ajudam a aumentar a nossa capacidade de reação e melhorar o nosso rendimento”, explica.

Estudos recentes demonstram que um grau adequado de estresse aprimora a atenção, a criatividade, a concentração e a memória. “Basta analisar a própria fisiologia humana. Para garantir que os eventos estressantes fiquem gravados na mente e produzam lembranças fortes, o hipocampo é uma região do cérebro cheia de receptores para a hidrocortisona, hormônio produzido pelo estado de estresse”, conta Preciosa Fernandes.

Perigo está no exagero

Segundo a psicóloga, o problema acontece quando esses hormônios estão em excesso no organismo. “Por períodos longos e a níveis elevados, a hidrocortisona deixa o hipocampo vulnerável, podendo prejudicar os processos cognitivos. Se o estresse não for reduzido e o organismo não retomar o seu equilíbrio, a produtividade entra em queda e a imunidade começa a se fragilizar”, afirma.

O estresse pode ser dividido em três fases: a do alarme, quando o corpo reconhece o agente que o afeta e tenta enfrentá-lo; a da tolerância ou resistência, quando o organismo tenta se adaptar e retomar o equilíbrio anterior; e a do esgotamento, quando a pessoa não consegue manter a harmonia anterior, passando a viver sempre num estado de excitação nervosa.

Quando os agentes estressores – violência urbana, correria, excesso de trabalho, trânsito caótico – sobrecarregam fisiológica e psiquicamente o organismo, a adrenalina e a cortisona, liberadas para lidar com eles, se acumulam e, o que, a princípio era remédio, se transforma em ‘veneno’. Sintomas como ansiedade, tensões muscular e psíquica, palpitação, boca e gargantas secas, perturbações digestivas, dores de cabeça e no pescoço, cansaço e perturbações no sono se tornam comuns.

Na fase mais avançada ocorre a queda do sistema imunológico e surgem as doenças específicas: resfriados e gripes constantes, doenças infecciosas, gastrites, infarto, hipertensão arterial, depressão e fobias. “O estressado se transforma, entre outras características, numa pessoa ansiosa e repetitiva, atormentada por preocupações, o que torna difícil e complexo o relacionamento com os outros e com o ambiente", assegura a psicóloga.

Controlando o estresse

Esses problemas podem ser evitados através do gerenciamento do estresse. “Existem formas de atenuar e manter a tensão dentro do limite em que é vantajosa e fonte de energia para o dia-a-dia”, garante Preciosa Fernandes. Alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos são medidas indicadas quando se diagnostica o estresse. “Para que o estresse seja positivo é preciso ter boa saúde. É como um elástico: se for forte e de boa qualidade, depois de esticado, ele agüenta a tensão e volta ao normal, sem se partir”, compara a especialista.

Exercícios de respiração e meditação também desempenham papel fundamental na redução de adrenalina e cortisona, presentes em altas doses no estressado crônico, pois estimulam a produção de endorfina, tranqüilizante e analgésico natural fabricado pelo cérebro. “É como se você estivesse tomando um comprimido contra a ansiedade, só que o efeito vai vir da sua própria farmácia interna. Da mesma forma que o organismo lança na corrente sangüínea hormônios do estresse, ele também estimula a produção de substâncias calmantes e analgésicas”, conclui.

A programação neurolingüística (PNL) também auxilia no controle do estresse. Segundo o educador do Instituto de Neurolingüística Aplicada (INAp), Sandro Pereira, a PNL ajuda a mudar os estados mentais, fazendo com que a pessoa acesse seus recursos internos, necessários para administrar melhor o estresse. “Nem todo estresse é ruim. Na verdade, precisamos dele para sobreviver e alcançarmos as metas que desejamos”, avalia.




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