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Analgésicos e enxaqueca

Analgésico comum alivia 60% das enxaquecas
Cefaléia atinge dois terços dos homens e 80% das mulheres


Os analgésicos comuns e tradicionais, como a Aspirina®, aliviam a enxaqueca de 60% dos pacientes, de acordo com o com o médico Zara Katsarava, neurologista da Universidade de Essen. “A automedicação, com remédios simples e seguros, é muito eficiente”. No Brasil, 37% da população faz uso de automedicação, de acordo com o neurologista Getulio Daré Rabello, coordenador do Ambulatório de Cefaléia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

Quem tem dor de cabeça ou enxaqueca sabe como é fácil tratá-la, pois os médicos têm de descobrir qual é a causa da cefaléia de cada pessoa – e sabe-se que a dor de cabeça é classificada em pelo menos 250 subtipos. Entre elas, a mais comum é a cefaléia causada por tensão, que afeta dois terços dos homens e 80% das mulheres. “A dor de cabeça provocada por tensões é assim chamada não por motivos emocionais, como muitos pensam, mas sim porque, durante a crise, os dois lados da cabeça são afetados, dando a sensação de aperto, de tensionamento das paredes do crânio”, explica o neurologista Rabello.

Para o alívio da dor, seja qual for o tipo de cefaléia, a grande maioria dos pacientes recorre a medicamentos vendidos sem receita médica, como remédios à base de ácido acetilsalicílico, além de paracetamol ou dipirona. Segundo Rabello, os brasileiros tomam analgésicos no início da dor (41%), quando ela fica intolerável (56%) ou mesmo para se prevenir dela (3%). Os medicamentos vendidos sem receita, ou medicamentos de venda livre, são remédios com atividade terapêutica e efeitos adversos já bastante conhecidos, possibilitando, assim, sua utilização com grande margem de segurança.

Menos comum, mas bem mais dolorosa, é a enxaqueca, que aparece subitamente e provoca dores intensas. Muitas vezes vem acompanhada de sintomas como náusea, vômitos, sensibilidade à luz e ao barulho. Segundo estatísticas da Organização Mundial de Saúde, a cefaléia está entre as 20 maiores causas de incapacitação no mundo. É a 19ª colocada na lista, sendo superior até ao diabetes.

Katsarava costuma alertar sobre o abuso no uso de medicamentos. “Usar medicamento incorreto pode prejudicar os resultados do tratamento”. E acrescenta: “O pior que pode acontecer é a dor se tornar crônica”.

Mas a cronificação da dor não é comum, de acordo com Rabello. Segundo o neurologista, estudos demonstram que a falta de tratamento é mais importante para a cronificação da dor: “Felizmente Carl G. H. Dahlöf demonstrou, em um estudo de seguimento por mais de uma década, realizado em sua clínica de cefaléia, na Suécia, que é pequeno o percentual de pacientes com enxaqueca que evoluem para tal situação”. Segundo o neurologista, “muitas vezes a enxaqueca regride com o decorrer dos anos”.

Timothy J. Steiner, do Departamento de Neurociência Imperial College, de Londres, diz que médicos podem evitar eventuais problemas causados por excesso de medicamentos “explicando aos pacientes, de modo compreensível, de que forma e quando eles devem tomar remédios”. Segundo Steiner, muitos de seus colegas receitam antiinflamatórios não-esteróides, entre os quais o ácido acetilsalicílico, como primeira e melhor opção para o tratamento da cefaléia por tensão e da enxaqueca. Com essas substâncias, os pacientes obtêm um rápido e eficiente alívio dos sintomas dos principais tipos de dor de cabeça.

Substância eficiente

Katsarava atualmente está trabalhando em uma pesquisa com 6 mil pacientes que recebem tratamento para cefaléia. Os resultados iniciais mostram que os analgésicos comuns, incluindo o ácido acetilsalicílico, funcionam especialmente bem no combate à dor. Já os remédios mais complexos, feitos com vários princípios ativos, aumentam as chances de a dor tornar-se crônica.

Hans-Cristoph Diener, diretor do Hospital de Neurologia da Universidade de Essen, chegou a igual conclusão. “Minhas pesquisas confirmaram que o ácido acetilsalicílico é tão eficiente contra enxaqueca quanto os remédios vendidos apenas com receita médica, em especial os triptanos”, afirma. Para o pesquisador, o princípio ativo da Aspirina® é uma droga de primeira escolha para tratar cefaléias e enxaqueca. Os triptanos, além de bem mais caros do que os medicamentos de venda livre que tratam da dor de cabeça tensional e enxaqueca, como a Aspirina, são específicos somente para o tratamento da enxaqueca, podendo apresentar maior índice de efeitos adversos.

A eficiência do ácido acetilsalicílico é confirmada pelo professor Paolo Martelletti, da Universidade La Sapienza, de Roma. “Numerosos estudos têm confirmado a tolerância e a eficiência do ácido acetilsalicílico no tratamento da dor de cabeça”, diz. “À medida que conhecermos mais sobre a cefaléia e a enxaqueca, poderemos achar novas aplicações para essa substância.”




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