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Semana Nacional de Doação de Órgãos! Seja um doador, veja aqui!

22/09/2013



Sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos é o principal mote da campanha desenvolvida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Durante a Semana Nacional de Doação de Órgãos, que tem início nesta segunda-feira (23/09) e vai até domingo (29/09), a população contará com eventos pontuais e de mobilização. Atualmente, cerca de 30 mil pessoas aguardam na fila de espera e, de cada 10 pessoas abordadas, 04 se negam a doar os órgãos de seus familiares.

O trabalho realizado pela ABTO, em parceria com o Ministério da Saúde, (clique aqui) dos governos estaduais e entidades médicas, vem surtindo efeito nos números de transplantes. Até junho de 2013, o país teve 1.273 doadores de órgãos. Com esta marca, o Brasil ocupa o segundo lugar do mundo em número de transplantes. Porém, os números de doadores efetivos, por milhão de população, ainda são muito baixos em relação a outros países. Para se ter ideia, em 2011 o número chegou a 10,7, enquanto a Espanha, o melhor país em doação de órgãos, atingiu 35,3, seguidos por Croácia 35,0; Bélgica 29,3; Portugal 28,5; e EUA 26,0.

A maior lista de espera é por um rim – 20 mil pessoas. Em segundo lugar, estão os que precisam de transplante de córnea (6 mil). Em seguida, vem fígado, com 1.300 pessoas na lista de espera, e, por último, coração e pulmão, com 200 e 170 respectiv



O entendimento da morte encefálica pela população é fundamental para o processo

Na semana de Doação Nacional de Órgãos, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) lembra a importância do entendimento da população sobre o processo e o que é a morte encefálica. A Campanha Orgulho de Ser Intensivista do ano passado, promovida pela entidade, teve como objetivo não só divulgar para orientação de profissionais de saúde as “Diretrizes para Manutenção de Múltiplos Órgãos no Potencial Doador Falecido (Adulto)”, documento inédito no país e com semelhantes somente no Canadá e em alguns países da Europa, mas também de conscientizar a população sobre o Que é a Morte Encefálica e como funciona o processo de doação de órgãos, que começa na UTI (Unidades de Terapia Intensiva).

Durante a Campanha e ainda disponível para consulta e download no site www.orgulhodeserintensivista.com.br , há dois materiais especialmente elaborados para esclarecer a população sobre o processo de doação de órgãos, que começa na UTI. “A maioria das pessoas em geral não sabe que os primeiros capítulos do processo da doação de órgãos começam em uma Unidade de Terapia Intensiva. O trabalho do médico intensivista é imprescindível para que os números de doadores e transplantes com sucesso cresçam cada vez mais em nosso país”, explica o médico intensivista Dr. Glauco Westphal, membro do Comitê de Transplante de Órgãos da AMIB.

Um desses materiais fala justamente sobre o trabalho da equipe multidisciplinar de uma UTI e, em especial, do médico intensivista. A grande demanda por transplantes de órgãos e sua baixa realização em nosso país podem ser consideradas um grave problema de saúde pública. Os pontos a serem considerados importantes para que essa diferença caia são o reconhecimento da morte encefálica, a adequada abordagem com a família e a manutenção clínica do doador falecido.

“Um dos personagens fundamentais nesse cenário é o médico intensivista. Sua atuação é determinante para que todo o processo seja realizado e o transplante entre para o índice de efetivo. O intensivista é um profissional capacitado para reconhecer quando há um potencial doador, ou seja, quando a morte encefálica é comprovada por meio de vários exames, e abordar a família de forma humana nesse momento tão delicado”, esclarece o Dr. Joel Andrade, também membro do Comitê de Transplante de Órgãos da AMIB.

O Brasil tem um dos protocolos mais minuciosos do mundo para o diagnóstico da morte encefálica, que é determinada quando há perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida. Ou seja, da consciência e da capacidade de respirar. “Esse quadro pode ser causado por uma lesão no cérebro após traumatismo craniano grave, tumor intracraniano ou derrame cerebral”, explica Dr. Glauco Westphal.

Os exames são baseados em normas médicas e incluem testes clínicos para determinar que não há mais reflexos cerebrais, portanto, o paciente não respira sem a ajuda de aparelhos. É importante frisar que esses testes são realizados repetidamente em intervalos pré-determinados conforme a faixa etária do potencial doador. Isso é feito para garantir um resultado exato. São feitos também exames do fluxo sanguíneo (angiograma cerebral) ou um eletroencefalograma, para confirmar a ausência do fluxo sanguineo ou da atividade cerebral.

Durante a realização desses testes, o potencial doador é colocado em uma máquina que respira por ele (ventilador pulmonar). Esse aparelho ajuda o cérebro a enviar sinais para que corpo respire. Também é possível o uso de medicamentos especiais para ajudar na manutenção da pressão sanguínea e outras funções do corpo. “No entanto, é importante esclarecer que o ventilador e os medicamentos não interferem na determinação da morte encefálica”, explica o Dr. Cristiano Frank, do Comitê de Transplante da AMIB.

O passo seguinte desse processo é a abordagem com a família. “Trata-se de um momento muito delicado, porque a desinformação ainda é muito grande e a população ainda não entende a diferença entre morte encefálica e coma; e o treinamento do profissional para dar más notícias é fundamental. O sucesso dessa abordagem é resultado do processo inteiro da internação do paciente. Por isso, a comunicação deve ser clara e constante”, diz o Dr. Joel Andrade.

O que são as “Diretrizes para Manutenção de Múltiplos Órgãos no Potencial Doador Falecido (Adulto)” – o documento foi redigido em forma de perguntas e respostas. A sua elaboração se deu a partir do acompanhamento de estatísticas que demonstram que uma grande parte dos órgãos (18,3%) era justamente perdida no processo de manutenção após o Diagnóstico de Morte Encefálica. “A perda de órgãos na manutenção é o segundo fator de impedimento de transplantes, ficando atrás somente da não autorização familiar, com 25,8%”, reforça Dr. Cristiano.

Todos os documentos citados estão disponíveis no site www.orgulhodeserintensivista.com.br







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