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Estudo recém divulgado é recurso para tentar evitar diabetes gestacional! Veja aqui!

02/09/2013


A adiponectina é um hormônio proteico que modula processos metabólicos, como a regulação da glicemia e ácidos graxos. É secretada exclusivamente pelo tecido adiposo.



O estudo, publicado na revista Diabetes Care, indica que as mulheres com peso normal, com baixos níveis de adiponectina eram 3,5 vezes mais propensas a desenvolver diabetes gestacional do que mulheres de peso normal com níveis normais do hormônio. Além disso, as mulheres obesas com altos níveis de adiponectina eram 1,7 vezes mais propensas a desenvolver diabetes gestacional durante a gravidez, enquanto que aquelas com níveis mais baixos eram 6,8 vezes mais prováveis.

De acordo com os investigadores, a relação dos baixos níveis de adiponectina antes da gravidez e o risco de diabetes foi muito grande e ainda maior entre as mulheres com maiores índices de massa corporal (IMC), mesmo após os dados terem sido ajustados para fatores como história familiar de diabetes, etnia, tabagismo, níveis de glucose no sangue e níveis de insulina.

“A diabetes gestacional, ou intolerância à glucose durante a gravidez, é comum e pode levar a resultados adversos, incluindo bebés maiores do que a média e subsequentes complicações com o parto. Mulheres com diabetes gestacional são sete vezes mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida e os seus filhos estão em maior risco de se tornarem obesos e de também desenvolverem diabetes”, explica Dra. Bárbara Murayama, ginecologista e obstetra, especialista em Histeroscopia pela Unifesp, membro da FEBRASGO e diretora clínica da Gergin.



Gravidez tardia, oferece mais riscos?

O CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgou no dia 16 de abril deste ano novas regras de reprodução assistida. Uma delas diz respeito à “idade máxima das candidatas à gestação de reprodução assistida é de 50 anos”. Limitando, assim, muitas mulheres do sonho de ser mãe.

Porém, uma pesquisa publicada no início de fevereiro de 2012, nos Estados Unidos, sobre gravidez em mulheres mais velhas, já lançava dúvidas sobre a crença de que quanto maior a idade da futura mãe, maior a probabilidade de riscos.

O estudo da Columbia University Medical Center, publicado no Jornal Americano de Perinatologia, é o maior até agora sobre gravidez em mulheres desta idade e foi realizado com 101 pacientes na pós-menopausa que receberam tratamento de fertilização in vitro e usaram óvulos doados. O resultado mostrou que a gravidez nesta faixa etária não apresentava mais riscos do que a de mulheres mais jovens, que conceberam com o mesmo método.

Foi constatado que mulheres com mais de 50 anos tinham a mesma probabilidade de desenvolver complicações como diabetes gestacional ou parto prematuro, como pacientes submetidas ao mesmo tratamento com idade inferior a 42 anos. A única diferença entre as duas faixas etárias era a de que as mais velhas possuíam uma chance ligeiramente superior de desenvolver pressão arterial elevada.

Afinal uma mulher saudável e em boa forma física, grávida aos 50 e poucos anos, deve apresentar menos complicações e riscos que, por exemplo, uma gestação em pacientes mais jovens portadoras de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabete Mellitus (DM) entre outros; assim como adolescentes de menos de 15 anos que não apresentam desenvolvimento físico, intelectual e emocional para ser mãe.

Um dos autores do estudo afirmou que mulheres mais velhas se saem muito bem no tratamento se estiverem saudáveis. Ele explicou que, enquanto a produção de óvulos, de fato, diminui com a idade, a capacidade de carregar uma criança concebida com óvulos doados mudará menos ao longo do tempo. Para ele, “o útero é um órgão muito diferente do que os ovários".

Os pesquisadores salientaram que as mulheres participantes da pesquisa tinham bom nível escolar e estavam bem financeiramente, o que lhes proporcionou condições de ter cuidados e, assim, manter a saúde física.

As mães de “primeira viagem” estão ficando mais velhas e isso é um fenômeno mundial. Ao longo dos últimos dez anos, o número de mulheres acima de 45 anos a dar à luz, mais do que duplicou nos EUA. Aqui no Brasil o número também está em ascensão. Os obstetras argumentam que muitas mulheres na casa dos 50, hoje, estão tão em forma e saudáveis quanto mulheres dez ou 15 anos mais jovens. Assim, a taxa de sucesso para as mulheres engravidarem com idade superior a 40 usando óvulos doados é de cerca de 50%.

Porém, é bom lembrar que não existe botox para o útero. “Grande parte deste sucesso vem graças aos avanços da tecnologia e da medicina. O congelamento de óvulos, por exemplo, permite às mulheres adiarem a maternidade por mais tempo”, explica Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de reprodução humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva e Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine.. Ele trilha sua carreira auxiliando casais na busca por um filho e durante toda a gestação.

Há muitos fatores que motivam uma mulher a buscar um filho nesta idade. Algumas, por já estarem tentando há alguns anos, outras pela vontade de atingir um status profissional, postergam o casamento ou a gravidez e, ainda, outras, mesmo já tendo filhos, mas com um novo relacionamento, desejam dessa união a chance de gerar um bebê. Soaria muito melhor se essa decisão fosse apenas um aconselhamento e não uma determinação, uma vez que uma mulher com boas condições físicas e emocionais mesmo com idade superior aos 50 anos tem o direito de conceber.



Sobre a Diabetes e a Diabetes Gestacional

O Diabetes é uma doença metabólica caracterizada pelo aumento anormal do açúcar (glicose) no sangue. Sua causa é a diminuição total ou parcial da produção de insulina e/ou de sua ação. A insulina é produzida pelo pâncreas e serve para facilitar a absorção dos alimentos para o interior das células, onde são transformados em energia.

O histórico familiar e o excesso de peso são fatores importantes para o desenvolvimento da doença, que pode ser classificada em três diferentes tipos. O tipo 1 começa na infância ou na adolescência e necessita de insulina para o seu tratamento. O tipo 2, em geral, é apresentado após os 40 anos, e é o tipo mais comum da doença (90% dos casos). Já o Diabetes gestacional surge durante a gravidez e geralmente desaparece após o parto.

Ainda não existe uma prevenção eficaz para o tipo1, porém o tipo 2 pode ser prevenido com a prática regular de exercícios físicos e a manutenção do peso corpóreo na faixa normal. As gestantes podem prevenir o Diabetes gestacional com acompanhamento pré-natal adequado, mantendo a prática de atividades físicas junto à uma dieta equilibrada, e mantendo o peso ideal para o período de gestação.

O cuidado com o Diabetes merece atenção. Seus portadores são mais propensos a desenvolverem AVC (acidente vascular cerebral), consequência da maior ocorrência de hipertensão arterial e de arterosclerose. A falta de tratamento da doença pode ocasionar outros sérios problemas de saúde, como o infarto do miocárdio, insuficiência renal, problemas na visão, amputação de membros inferiores e lesões de difícil cicatrização.

Dentre as complicações, há o risco de se desenvolver o chamado "pé diabético", que corresponde a uma série de alterações anatômicas e neurológicas nos pés dos pacientes. Devido à glicemia elevada, ocorrem o aparecimento de problemas circulatórios (isquemia) e a neuropatia diabética, que resulta na perda da sensibilidade nos pés. "A pessoa acometida pode lesionar o pé e não perceber. Pode aparecer uma infecção na ferida, que, junto uma menor circulação sanguínea no local, pode provocar um retardo na cura da lesão. O tratamento do pé diabético inclui a mobilização para proteger a úlcera, além de restabelecer, se possível, a perfusão sanguínea e tratar a infecção", explica Dr. Roberto Betti, Coordenador do Centro de Diabetes e Doenças Metabólicas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Com a evolução de pesquisas, o tratamento do Diabetes se beneficia com novidades como as terapias baseadas no GLP-1 (glucagon like peptide). Dentre elas, destacam-se os inibidores da enzima DPP-4 (vildagliptina, sitagliptina, linagliptina e saxaglipitina). "Essas drogas já estão disponíveis no mercado há algum tempo. Elas aumentam a secreção de insulina e diminuem a secreção de glucagon, um hormônio que aumenta a glicose durante as refeições. Têm a vantagem de causar pouca hipoglicemia e de não levar ao ganho de peso", afirma Dr. Betti.

"Também é importante lembrar que os portadores de Diabetes podem, sim, ter qualidade de vida", finaliza o médico. Para isso, as dicas incluem controle glicêmico adequado, prática supervisionada de exercícios físicos e esportes, manutenção do peso ideal com dieta balanceada e abolição do fumo.





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