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Medicina esportiva ajuda atletas a superar efeitos de lesões

Estudos indicam que sobrecarga de movimentos estão relacionados com 42,7% das lesões em atletas de elite

As condições físicas dos 5,6 mil atletas que dentro de duas semanas disputam as 2.252 medalhas das mais de 40 modalidades esportivas dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 são uma preocupação constante das comissões técnicas dos 42 países participantes. Mesmo com o acompanhamento profissional multidisciplinar, é comum o atleta de alto desempenho sofrer ao longo de sua carreira algum tipo de lesão por overuse (sobrecarga de exercícios/movimentos das articulações) ou por contato (colisão / disputa) com outros competidores. "A lista de nomes de brasileiros classificados para os jogos é um exemplo. Vários de nossos atletas passaram por tratamento e voltaram a competir, ganhar e até estabeleceram recordes", avalia o médico ortopedista Ari Zekcer, cirurgião de joelho e especialista em medicina esportiva pela Unifesp.

Além de uma série de aparatos de última geração para diagnóstico e tratamento mais precisos já em operação, o desenvolvimento do setor abriu fronteiras para mais possibilidades no suporte e atendimento de atletas de alta performance. "Novas técnicas para tratar lesões musculares mais rapidamente já estão em estudo para garantir uma recuperação de lesões musculares mais rápida, eficiente e menos dolorosa", lembra Dr. Zekcer.

O índice significativo de lesões justifica o empenho dos profissionais do segmento. Um estudo realizado pela University of Western Sydney (Austrália) indicou que o overuse representa 68% das lesões na pré-temporada e 78% dos ferimentos da estação de triatletismo. Os anos de experiência do atleta no triatlo, as distâncias elevadas de corrida, o histórico de ferimentos precedentes, e o aquecimento inadequado são apontados como fatores individuais que contribuem com incidência de ferimentos.

Outro exemplo é o ocorrido das Olimpíadas de Atenas (Grécia), em 2004, quando um total de 377 lesões foi relatado depois de 456 partidas de futebol feminino e masculino, handbol feminino e masculino, basquetebol feminino e masculino, hóquei sobre grama feminino e masculino, basebol, softbol, pólo aquático feminino e masculino e vôlei feminino e masculino. O levantamento efetuado pela FIFA Medical Assessment and Research Centre, de Zurique (Suíça), indicou que 50% das lesões acometeram os membros inferiores e 24% envolveu a cabeça ou pescoço do competidor. Na média, 78% dos ferimentos foram causados pelo contato com jogadores adversários. Já os atendimentos do departamento de fisioterapia da Vila Olímpica, estratificados pela National and Kapodistrian University of Athens, indicaram que as lesões que mais prevaleceram no total geral das competições foram as ocorridas em decorrência de overuse (42.7%).

Overuse e joelho - O overuse - ou super-uso - das articulações do joelho leva à sobrecarga destas estruturas e provoca o aparecimento de inflamações, seguidas de dor e, em muitos casos, inchaço. Excluindo-se as lesões por trauma, as tendinites e as inflamações ao redor da rótula são as mais comuns, principalmente em praticantes de corrida. Já a tendinite patelar, também muito freqüente, é a inflamação do tendão que liga a rótula à tíbia. No overuse, nos movimentos com carga excessiva e principalmente nos saltos de ginástica e corridas em terrenos irregulares com descidas, ocorre a inflamação deste tendão. No início o atleta passa a ter dor localizada abaixo da rótula nos movimentos de saltos e nos agachamentos, porém a dor se mantém após o exercício.

Em casos de agravamento desses quadros, o atleta pode sofrer a ruptura de ligamentos do joelho, fraturas por estresse e rupturas musculares. "Medidas como o alongamento adequado, treinamentos bem orientados com menos sobrecarga das articulações e planejar o trabalho mais intenso de treinos em períodos mais próximos às competições contribuem bastante para prevenir a ocorrência de lesões", comenta Dr. Zekcer.


Dr. Ari Zekcer
Dr. Ari Zekcer, diretor da Zekcer Sports Medicine, é uma das referências no segmento e um dos primeiros do país a realizar procedimentos com a cirurgia de transplante de menisco. Conta com títulos como o de especialista em ortopedia e traumatologia pela Sociedade Brasileira e Ortopedia e Traumatologia (SBOT), especialista em medicina desportiva e cirurgia de joelho pela EPM - UNIFESP. Também conta com especialização em Artroscopia das Articulações e Medicina Desportiva na Health South University of Miami. É membro efetivo de entidades internacionalmente renomadas como Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho (SBCJ), Sociedade Brasileira de Artroscopia (SBA), Sociedade Paulista de Medicina Desportiva (SPAMDE) e International Society of Atrhroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine (ISAKOS). Mais informações: www.arizekcer.com.br.




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