Estudo liga herpes a problemas cerebrais Ao transformar células da pele em células cerebrais por meio de células-tronco pesquisadores israelenses descobriram por que algumas pessoas são mais suscetíveis a uma inflamação aguda no cérebro depois de serem infectadas com uma forma específica de herpes. Os pesquisadores verificaram que as células do cérebro, criadas a partir das células da pele de pessoas com uma determinada mutação, não foram capazes de gerar interferon, uma proteína normalmente liberada em resposta à presença de agentes patogênicos, tornando-os mais suscetíveis de serem infectados após ter sido exposta ao vírus herpes. “O interferon é um mediador nos processos de infecção no corpo e é usado em medicina para o tratamento de certos tipos de hepatite. Descobrimos que a sua ausência é o que leva a um aumento do risco de danos para as células do cérebro”, diz Itai Pessach, pediatra no Hospital da Criança Edmond e Lily Safra. A pesquisa focou em crianças que tinham uma variação genética que as tornava propensas a encefalite, uma inflamação aguda no cérebro resultante da infecção por vírus herpes simplex 1. Depois de transformar as células da pele de portadores em células-tronco, os pesquisadores transformaram estas últimas em neurônios em condições que simulam um ambiente de célula do cérebro para ver como as células cerebrais geradas em laboratório reagiriam quando infectados com HSV-1. “O uso dessa técnica pode nos ajudar a entender no futuro como o tecido pode lidar com várias infecções”, diz Pessach. Veja mais sobre Neurologia com Prof. Dr. Paulo Caramelli | |
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