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Médicos se unem dia 9 de outubro contra a proibição dos inibidores de apetite

A ABRAN - Associação Brasileira de Nutrologia - convoca a comunidade médica de Brasília e de todo o País para Audiência Pública em defesa do direito de pacientes com obesidade

Há exatamente um ano, dia 4 de outubro de 2011, foi anunciada a proibição, no mercado nacional, de medicamentos para controle da obesidade que agem no sistema nervoso central, como mazindol, femproporex e dietilpropina. A decisão desconsiderou a opinião de médicos sobre o assunto. Segundo um consenso médico, desde a proibição, o número de pacientes obesos voltou a crescer.

A decisão foi discutida entre os médicos nutrólogos no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que aconteceu em São Paulo, no mês de setembro. O debate teve o formato de mesa-redonda, e os médicos foram unânimes: a decisão é um desrespeito à autoridade do médico como prescritor, pois não leva em consideração a opinião médica sobre o assunto.

Segundo dados do Ministério da Saúde, hoje, mais da metade dos homens e quase 45% das mulheres brasileiras estão com sobrepeso. O número de obesos já passa de 15% da população. A decisão impacta diretamente a saúde de milhões de brasileiros com obesidade, muitos dos que estavam emagrecendo voltaram a engordar. "Em média 80% desses pacientes obesos estão adoecendo. Medicamentos off label, como topiramato, a bupropiona e a liraglutida, são eficientes, mas não são anorexígenos, ou seja, não tiram a fome. O obeso hiperfágico precisa desses medicamentos, é necessário melhorar a qualidade de vida desse paciente", explica Dr. Valter Makoto Nakagawa, médico nutrólogo e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN.

Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN, explica que é impossível tratar a síndrome metabólica com um único medicamento. "O paciente obeso sofre de uma doença crônica multifatorial e está sendo reprimido, discriminado e ganhando cada vez mais peso, por isso o aumento vertiginoso da cirurgia bariátrica em todo o Brasil", afirma.

ABRAN se mobiliza para dizer não à obesidade e sim aos medicamentos

"Nós, médicos, pelo compromisso que temos para com nossos pacientes, temos o dever de nos manifestar sobre essa decisão que representa um perigo real para a saúde pública do Brasil", destacou Dr. Durval Ribas Filho. "Temos que agir com estratégia, fazer valer nossa responsabilidade como médicos e ajudar o Governo e a própria sociedade a compreender os riscos de eliminar as armas que temos disponíveis para combater a doença obesidade", completou.

"É importante que cada um de nós leve essa preocupação e nossa posição contrária à proibição aos nossos conselhos regionais, associações médicas estaduais, entidades ligadas a outras especialidades médicas e também ao poder público", salientou o presidente da ABRAN. "Não podemos medir esforços para impedir que nossos pacientes fiquem sem opções de tratamento farmacoterápico para obesidade. Temos de nos mobilizar."

Dr. Dimitri Gabriel Homar, médico nutrólogo e diretor da ABRAN em Brasília, alerta que chegou a hora de advertir as autoridades públicas que, com a retirada dos medicamentos, o número de obesos aumentou e as patologias provenientes da obesidade voltaram a surgir, sem contar que esse aumento dos problemas de saúde implicará ainda em mais gastos com tratamento dessas comorbidades.

Dia 9 de outubro, em Brasília, na Comissão de Seguridade e Família da Câmara dos Deputados, será discutido um projeto de lei, para rever o posicionamento do órgão regulador de vedar os medicamentos anorexígenos. "O que está em jogo é uma oportunidade de tratamento para o paciente obeso. Quando pensamos em tratar um paciente obeso, pensamos em tratar as co-morbidades, as outras doenças que vêm junto com a obesidade: hipertensão, diabetes tipo 2, apneia do sono, câncer, entre outros. Não estamos falando de um remédio que emagrece e sim de uma medicação para o tratamento de uma doença, deixar o paciente mais saudável. Vamos mais uma vez conversar com o Governo, alertar que um paciente saudável implica em uma economia nos bolsos da saúde pública brasileira", diz Dr. Guilherm e Giorelli, médico nutrólogo da ABRAN.

"Obesidade traz sofrimento e morte. Aproximadamente 16 milhões de brasileiros ficaram órfãos de medicação que os mantinha sem as doenças decorrentes da obesidade. Dia 9 teremos uma chance de reverter essa decisão e tratar a obesidade", finaliza Dr. Paulo Giorelli, médico nutrólogo e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.

AUDIÊNCIA PÚBLICA para debater a proibição da comercialização de medicamentos inibidores de apetite

Data: 09/10/2012

Horário: 14h30

Local: Plenário 7 - anexo II - Câmara dos Deputados - Brasília

Facebook: https://www.facebook.com/events/288608611253060/





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