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Conselho de Educação Física defende mudança no critério de classificação das Olimpíadas

Steinhilber: a classificação de um país como potência olímpica foi uma convenção inventada pela mídia internacional.

De acordo com proposta apresentada pelo presidente do Conselho, somando-se todas as medalhas conquistadas por atleta, o Brasil ficou em oitavo lugar no quadro de medalhas das Olimpíadas de Pequim 2008.

O presidente do Conselho Federal de Educação Física, Jorge Steinhilber, afirmou que o critério de classificação final dos países nos Jogos Olímpicos precisa ser mudado, porque é uma convenção da imprensa internacional que valoriza os esportes individuais. A afirmação foi feita durante audiência pública realizada pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara de Deputados, realizada em 8 de agosto.

Na opinião de Steinhilber, o atual modelo é injusto, porque não leva em conta o número de medalhas obtidas por atletas dos esportes coletivos, como o futebol, o voleibol e o basquetebol, que têm maior tradição no Brasil. Ele afirmou que a classificação de um país como potência olímpica foi uma convenção inventada pela mídia internacional e copiada pela imprensa do Brasil. Essa convenção leva em conta o número de medalhas de ouro, ou a soma de todas as medalhas conquistadas - ouro, prata e bronze. De acordo com Steinhilber, nem o Comitê Olímpico Internacional, nem o Comitê Olímpico Brasileiro estabelece esse tipo de regra para classificação. O Comitê Internacional apenas elabora um quadro de honra dos medalhistas, não do país.

Olimpíadas de 2008

Ele deu um exemplo para mostrar como a imprensa muda a classificação final dos países de acordo com a conveniência dela. De acordo com Steinhilber, nas Olimpíadas de 2008, a mídia europeia e a asiática consideraram a China vencedora dos jogos daquele ano, porque teve maior número de medalhas de ouro. Já a imprensa dos Estados Unidos informou à população do país que os norte-americanos foram os vencedores, uma vez que somaram o maior número de medalhas de ouro, prata e bronze.

Jorge Steinhilber sugere um tipo de ranqueamento diferente. "O ranqueamento de países é importante, mas para que fosse um pouco mais justo e democrático, ele deveria fazer o somatório das medalhas de ouro, prata e bronze, e, mais ainda, não ser injusto com os esportes coletivos. Por que, no esporte coletivo, a mídia considera apenas uma medalha para o ranqueamento? Quando, na verdade, você tem, por exemplo, no voleibol, 12 atletas que recebem as medalhas. Se 12 atletas recebem medalha e a Carta Olímpica estabelece que o que vale é o atleta, eu entendo perfeitamente que devem ser consideradas as medalhas recebidas por cada atleta". O presidente do Conselho apresentou um quadro comparando os três métodos de classificação, levando em conta os resultados dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 (veja abaixo).







O especialista em Olimpismo Lamartine Pereira da Costa, professor da Universidade de East London, no Reino Unido, também defendeu a modificação, no Brasil, do critério adotado para classificar o desempenho dos países nas Olimpíadas. Ele destacou que o Brasil não tem a obrigação de seguir a tradição que leva em conta apenas o número de medalhas de ouro conquistadas. Disse ainda que não tem nada que impeça o Brasil de mudar.

O presidente da Frente Parlamentar de Apoio à Atividade Física para o Desenvolvimento, deputado João Arruda (PMDB-PR), também concorda que o Brasil não pode ficar "refém" da tabela estabelecida pela imprensa, principalmente a dos Estados Unidos.

O deputado André Figueiredo (PDT-CE), um dos autores do requerimento para a realização da audiência, juntamente com João Arruda, destacou que já é uma conquista para qualquer atleta do mundo atingir um índice olímpico. Por isso, em sua opinião, também é preciso valorizar os atletas que chegam em quarto, quinto ou sexto lugar. "A participação pífia do Brasil dentro desse processo de ranqueamento injusto tem que ser superada por uma inversão de valores", disse.

Legado das Olimpíadas

João Arruda também ressalta que a Olimpíada que vai ser realizada no Brasil em 2016 precisa deixar um legado social e educacional para a população. "Não é só medalhas, não é só o resultado que nós queremos buscar. Nós queremos proporcionar uma nova política de esporte no nosso País. Queremos estabelecer uma cultura de prática esportiva dentro de cada escola, no esporte de base, dentro de cada universidade. Para isso, a gente pode utilizar, sim, as Olimpíadas que vão acontecer daqui a quatro anos no Brasil. Mas já queremos antecipar isso: fazer a prevenção daquilo que a gente pode aproveitar e potencializar. Coisa que não aconteceu com a Copa do Mundo, mas, quem sabe, a gente possa fazer com as Olimpíadas."

Caminhada

O deputado informou que a frente parlamentar e a Comissão de Turismo e Desporto vão promover, no dia 22 de agosto, de uma caminhada de quatro quilômetros em volta do Congresso Nacional. O objetivo é chamar a atenção para qual tipo de legado sócio educacional os Jogos Olímpicos vão deixar para o Brasil.




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