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Mutirão do coração constata que as crianças e adolescentes estão mais obesos, sedentários e com pressão arterial e colesterol elevados! Estudo inédito da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas avaliou mais de 4 mil estudantes e concluiu que o jovem brasileiro será cardiopata com idade inferior a de seus pais A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo apresentou na ultima quinta, dia 07, durante o XXXIII Congresso da SOCESP os dados do Mutirão do Coração coletados com mais de quatro mil crianças e adolescentes em 2011. Os números assustaram os cardiologistas pelos elevados índices de sobrepeso, obesidade, sedentarismo, colesterol alto e pressão arterial acima do normal. Dos 4.699 estudantes entre 7 e 18 anos, 15,7% estavam com sobrepeso e 16,0% já se encontravam obesos. 25,8% dos alunos relataram que consumiam fast food pelo menos uma vez por mês, 26,6% comiam doces e 26,8% ingeriam refrigerantes todos os dias. Nas refeições, 25,9% dos alunos consumiam carne uma vez por semana e 37,3% não tinham peixe nas dietas. Um dos coordenadores do Mutirão do Coração da SOCESP, Dr. Álvaro Avezum, explica que o resultado de hábitos não saudáveis, como sedentarismo e ingestão de alimentos acima do que precisamos, foi refletida no elevado índice de colesterol. “O LDL, popularmente conhecido como o mau colesterol, estava alto em 14,7% dos estudantes”, lembra Avezum. “O perfil lipídico inadequado refletiu os hábitos alimentares não saudáveis com falta de atividade física”, completa. Dados do questionário apontaram que 3.092 alunos andavam até a escola diariamente. As aulas de educação física representavam 1h45 de atividades por semana. Já as atividades físicas fora da escola, significaram, em média, mais 2h23 de exercícios adicionais por semana. Porém os hábitos sedentários (televisão, videogames e computadores) corresponderam a 3h29 por dia, o que daria 24h38 por semana. “Isso é uma verdadeira bomba relógio para o futuro. É preciso estimular esses jovens à prática de atividade física para que não tenhamos adultos com os riscos cardiovasculares elevados e cada vez mais precoces”, analisa Avezum. Para o coordenador da SOCESP, os dados mais preocupantes foram os de hipertensão. “Mais da metade dos estudantes com sobrepeso e obesidade tinham pressão arterial acima do normal e considerada epidêmica. Novamente o sedentarismo e a dieta rica em sal e gorduras provocaram um resultado tão preocupante”, constata Avezum. A pesquisa piloto, que deverá ser expandida para todo o Estado e, posteriormente, para o restante do país, foi feita em onze escolas selecionadas aleatoriamente da cidade de Campinas, mas que representaram os diversos perfis socioeconômicos. “Pela amostragem podemos potencialmente transportar os resultados para todo o país, entretanto, estudos nacionais devem ser realizados para confirmar estes achados”, conclui Álvaro Avezum. Veja mais sobre o assunto na matéria sobre Obesidade em Adolescentes clicando aqui | |
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