Pronto Atendimento do impacto do diagnóstico de Autismo na família favorece prognóstico Diagnóstico precoce e preparação emocional dos pais são fundamentais para o desenvolvimento da criança, alertam especialistas Após receber o diagnóstico de autismo, família precisa mudar o “enxoval psíquico”, afirmam psicólogas especializadas no assunto O próximo dia 2 de abril é marcado mundialmente pelo Dia de Conscientização sobre o Autismo, data instituída pela ONU para esclarecer sobre o Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), caracterizado por alterações na comunicação, na interação social e no comportamento. Estima-se que o autismo atinja 2 milhões de portadores no Brasil; e 70 milhões no mundo. Para a psicóloga e psicanalista Sonia Pires, do Bem-Me-Care-SOS Family, que trabalha com a má notícia assistida* - cuidar dos efeitos do diagnóstico dentro da família é fundamental para o tratamento da criança. “Os diagnósticos deste tipo são os mais difíceis de serem assimilados pelo forte impacto causado. A família pode não querer enxergar os indícios de que algo não vai bem”, afirma. “Quando podemos trabalhar o impacto da má noticia (diagnóstico precoce) na família, há o favorecimento do desenvolvimento do potencial da criança e das relações familiares ao longo da história desta", diz. De acordo com a especialista, também é comum os pais focarem toda sua atenção à saúde da criança, esquecendo-se de trabalhar suas emoções em relação à realidade, como angústia, negação e dor. “Os familiares devem ser incentivados a cuidar deles também. O primeiro passo é reconhecer os sentimentos envolvidos, que podem gerar muita culpa e medo. Somente após passar por este processo, que chamamos de `luto simbólico´, será possível seguir em frente e ajudar ainda mais a criança”, explica a psicóloga e psicanalista Claudia Barroso. Enxoval Psíquico Quando há o diagnóstico de uma doença como o autismo, outro processo é mudar o “enxoval psíquico”. “Ao ter um filho, há o planejamento físico, como roupinhas e quarto, e o enxoval psíquico, com os sonhos para a vida com aquela criança”, exemplifica Claudia Barroso. “Com a doença, a realidade é diferente da imaginada, mas, se bem trabalhada, pode continuar sendo uma história cheia de alegrias e realizações”, conclui. * Má notícia pode ser compreendida como aquela que altera drástica e negativamente a perspectiva do paciente em relação ao seu futuro. (Vandekief, 2001; Muller, 2002; LIma, 2003). | |
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