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Mulheres precisam ficar atentas à saúde do coração

Em 8 de março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher, uma data instituída pela ONU para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas a saúde também não pode ser esquecida. Hoje, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de mulheres no Brasil e no mundo. Apesar disso, ainda existe uma grande disparidade entre os sexos na hora de prevenir, diagnosticar e tratar essas doenças.

Dados do Ministério da Saúde apontam que por ano mais de 150 mil brasileiras morrem vítimas de doenças cardiovasculares. Entre elas, as principais são o AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, e o infarto.

Uma pesquisa publicada recentemente no periódico científico JAMA (revista da Associação Médica Americana) mostra que, embora a incidência de infarto seja maior no grupo masculino, as mulheres morrem mais. De acordo com o levantamento feito nos Estado Unidos, do total de mulheres infartadas, 14,6% morreram, enquanto entre os homens o índice de mortalidade foi de 10,3%. Os especialistas acreditam que boa parte dessa diferença se deve ao fato de que o infarto sem dor é mais comum nas mulheres.

“Esse estudo reforça que os sintomas das mulheres não são típicos. Na prática, o desconhecimento geral sobre os sinais do infarto na mulher resulta em falha no socorro, o que é fatal para muitas,” explica Cátia Galvão, cardiologista, especialista clínica em estimulação cardíaca do Hospital Santa Isabel, em Salvador.

Quando o homem vai ter um infarto, costuma sentir uma forte dor no peito que irradia para os braços. Entretanto, para as mulheres é mais comum sentir náusea, fraqueza, dores gástricas, falta de ar, dor que irradia pelas costas, ombros e mandíbula – sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.

“Existe uma percepção errada de que algumas doenças cardiovasculares não atingem as mulheres, a falta de prevenção e a demora em identificar o problema contribuem para o alto número de óbitos,” alerta a médica.

A incidência de eventos cardiovasculares na mulher tem aumentado com o passar dos anos, consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida moderno. “A mulher geralmente acumula vários papéis. Ela trabalha fora, cuida da casa e da família. O ritmo acelerado a expõe a muito estresse e favorece hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação”, diz a Dra. Cátia. “Outra combinação perigosa, mas comum, é o cigarro e a pílula anticoncepcional, a dupla triplica os riscos cardiovasculares.”

Com o envelhecimento, a pressão arterial e o nível de colesterol tendem a aumentar. A falta de atividade física e a dieta inadequada levam ao sobrepeso e à obesidade, que também aumentam o risco cardiovascular. Aliás, a obesidade é um dos fatores de risco mais preocupantes, já que o número de mulheres obesas no Brasil cresceu 64% em 10 anos.

“As mulheres geralmente assumem a função de gerenciar a saúde do marido e dos filhos. No cuidado com a própria saúde, costumam frequentar o médico ginecologista, mas poucas procuram um cardiologista,” ressalta.

Campanha sobre os riscos das doenças cardiovasculares entre as brasileiras

Para alertar o público feminino sobre a importância de cuidar da saúde cardiovascular, a Medtronic, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), está promovendo no Brasil a campanha “O que mais existe por trás de um biquíni?”.

A intenção da campanha é lembrar à mulher que seu coração precisa de mais atenção, estimulá-la a fazer o check-up regularmente e a adotar um estilo de vida saudável, evitando complicações no futuro.

Fatores de risco cardiovascular

Os fatores de risco cardiovascular são os mesmos para as mulheres e os homens. Mas, enquanto alguns desses fatores não podem ser controlados, tais como sexo, idade e histórico familiar, a maioria deles pode ser evitada por meio de mudanças de comportamento. Alguns fatores que podem ser modificados: o tabagismo, a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo.

“Muitos fatores de risco podem ser controlados. Se a pessoa tiver uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos regularmente e parar de fumar, reduzirá em uma proporção bastante significativa o risco de infarto agudo do miocárdio”, ressalta a cardiologista Cátia Galvão.

As doenças cardiovasculares nas mulheres

· No mundo, as doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes entre as mulheres, com mais de 8 milhões de mortes por ano. Este número é oito vezes maior do que o de mortes por câncer de mama.

· O uso concomitante de pílula anticoncepcional e cigarro pode acarretar morte súbita.

· O infarto em mulheres é mais fatal do que entre os homens.

· No Brasil, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres.

· Entre as brasileiras, 1 em cada 5 mulheres adultas está em risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

· Os sintomas das doenças cardíacas nas mulheres podem ser diferentes dos sintomas nos homens.

· Apesar do alto risco, poucas mulheres visitam o cardiologista regularmente.

Prevenção e Tratamento

· Observar o histórico familiar.

· A partir dos 40 anos, as mulheres devem fazer uma avaliação anual com cardiologista para rastreamento e controle de risco cardiovascular.

· Consultas periódicas com ginecologista para uso correto dos anticoncepcionais.

· No climatério e após a menopausa, é preciso redobrar a atenção, pois os índices de infarto aumentam.

· Prática regular de exercícios físicos – pelo menos 30 minutos de atividade física diária.

· Dieta balanceada, consumo reduzido de sal, açúcar e gorduras saturadas.

· Não fumar.

· Circunferência abdominal da mulher brasileira deve ter no máximo 80 cm.

· Não subestimar sintomas.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia e Saúde com Dr. Augusto Uchida




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