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Sociedade Brasileira de Reumatologia lançou campanha nacional com foco na saúde da mulher

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) lançou no dia 8 de março – data em que se comemora o dia internacional da mulher – uma campanha de esclarecimento e de conscientização sobre as doenças reumáticas. Apesar de afetar homens e mulheres, jovens e idosos, o público com maior prevalência é formado por mulheres entre 20 e 60 anos.

Entre as mais de 120 doenças reumáticas catalogadas, as que mais incidem em mulheres são lúpus, osteoporose, fibromialgia e artrite reumatoide. A artrite reumatoide é o tipo mais comum de doença que provoca inflamação das juntas e segundo dados do Ministério da Saúde, somente entre 2010 e 2011, 33.852 pacientes foram internados em decorrência das doenças e suas complicações. Estima-se que as doenças reumáticas já afetam 6% da população ou aproximadamente 12 milhões de brasileiros.

Campanha: Para essa primeira fase da campanha, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) confeccionou 10 cartilhas com informações sobre prevenção, causas, diagnósticos e tratamentos de doenças reumáticas, além de dicas importantes de exercícios indicados para o fortalecimento muscular e para a realização de atividades diárias pelos pacientes.

A distribuição das cartilhas será gratuita, em todo território nacional, nos serviços públicos e privados de atendimentos a pacientes reumáticos como consultórios, postos do SUS e também nas associações e grupos de apoio a pacientes.

Entre os temas da campanha estão: Lúpus, Osteoporose, Osteoartrite (artrose), Artrite Reumatoide, Fibromialgia, LER/DORT (Lesão por esforço repetitivo e Distúrbio Osteomuscular relacionado ao Trabalho), Coluna, Febre Reumática, Artrite Idiopática Juvenil e SAF (Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo).

Para ampliar o alcance da campanha, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) também disponibiliza as cartilhas na internet para download, no site da entidade no endereço www.sbr.org.br.

A mobilização também chamará a atenção para orientações dos pacientes na busca de especialistas para fazer o acompanhamento adequado. “A colaboração de todos é essencial para a difusão de orientações de prevenção sobre essas doenças e para o acesso aos tratamentos adequados”, alerta Geraldo Castelar, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Segundo ele, as mulheres devem ficar atentas a alguns fatores de riscos entre os quais história familiar de doença reumática, hormonais, ambientais, idade avançada, obesidade, tabagismo, traumatismos, atividades associadas com movimentos repetitivos, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão, consumo de bebidas alcoólicas em excesso e ingestão de fármacos que podem contribuir para o surgimento de algumas dessas doenças ou ainda agravar os seus sintomas.

Ao contrário de algumas doenças consideradas silenciosas (hipertensão e diabetes), as doenças reumáticas podem ser sinalizadas pelo próprio paciente, que identifica os primeiros sinais como dor e rigidez ao fechar os dedos das mãos, elevar os braços ou levantar-se de uma cadeira. Se a doença for descoberta logo no início e o paciente tiver tratamento adequado, ele pode seguir com uma vida normal, diminuindo assim os riscos de incapacidade física.

Tratamento_O tratamento das doenças reumáticas é garantido no Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência aos pacientes com doenças reumáticas inclui desde o fornecimento de medicamentos até a realização de terapias integrativas, associadas à realização de exercícios que devem ter indicação do médico.

A recomendação é para que percebidos os primeiros sintomas de doenças reumáticas (dor, inchaço e rigidez nas juntas), o paciente procure o serviço médico mais próximo da sua residência. “Esse grupo de doenças não é transmissível, não é contagioso, e, assim como a maioria das doenças crônicas, não tem cura, mas tem tratamento. Se a doença for descoberta no início e tratada de maneira adequada, o paciente pode levar uma vida normal e sem dores, minimizando o risco de incapacidade física”, orienta Castelar. Segundo ele, estatísticas apontam que as doenças reumáticas são a principal causa de afastamento do trabalho.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), ao longo de 2012, também atuará fortemente na divulgação do conteúdo das cartilhas em oportunidades de fomentar o tema nos meios de comunicação do País, bem como em eventos, a fim de sustentar a campanha e gerar conscientização à população brasileira para a prevenção e o acesso ao tratamento adequado das doenças.

Doenças reumáticas de maior prevalência entre as mulheres

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES o apenas Lúpus): Doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem LES ela pode ter diferentes sintomas em vários locais do corpo. Alguns sintomas são gerais como febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação na pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

O lúpus pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos afro-descentes.

No Brasil, não dispomos de números exatos, as estimativas indicam que existem mais de 65 mil pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 brasileiras seja portadora da doença. O tratamento da pessoa com LES depende do tipo de manifestação apresentada e deve ser individualizado.

Osteoporose: É uma doença que pode atingir todos os ossos do corpo, fazendo com que fiquem fracos e com possibilidades de quebradura ao mínimo esforço. Os principais tipos são: osteoporose pós-menopausa, osteoporose senil, osteoporose secundária. Há um conjunto de fatores que influenciam e favorecem o desenvolvimento da osteoporose, que são: menopausa, envelhecimento, hereditariedade, dieta pobre em cálcio, excesso de fumo e álcool, imobilização prolongada e até medicamentos.

O exame mais adequado para o diagnóstico da Osteoporose é a densitometria óssea, que permite avaliar o estágio da doença e serve como método de acompanhamento do tratamento. É um exame indolor que mede a massa óssea na coluna e no fêmur.

Fibromialgia: É uma síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dor no corpo todo. Muitas vezes fica difícil definir se a dor é nos músculos ou nas articulações. Junto com a dor surgem sintomas como fadiga (cansaço), sono não reparador e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com a doença é a grande sensibilidade ao toque e à compressão de pontos no corpo.

No Brasil, a Fibromialgia é bastante frequente e está presente em cerca de 2% a 3% das pessoas. Acomete mais mulheres do que homens e costuma surgir entre os 30 e 55 anos. É uma condição médica crônica, que embora não exista cura, não é uma doença progressiva. O médico deve atuar mais como um guia do que somente um profissional que fornece medicamentos. Diferentemente de outras doenças reumáticas, como a Artrite Reumatoide e a Artrose, a Fibromialgia não causa deformidades ou incapacidades físicas graves.

Artrite reumatoide: É uma doença crônica inflamatória, cuja principal característica é a inflamação das articulações (juntas), embora outros órgãos também possam ser comprometidos. É uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia). A inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária. O tratamento adequado e precoce pode prevenir a ocorrência de deformidades e melhorar a qualidade de vida de quem tem a doença.

A Artrite Reumatoide acomete cerca de 1% da população. Qualquer pessoa, desde crianças até idosos, pode desenvolver a doença. No entanto, ela é mais comum em mulheres por volta dos 50 anos de idade. Pessoas com histórico familiar da doença têm mais risco de desenvolvê-la.

Saiba mais:

O que é reumatologia?


É a especialidade médica que estuda, diagnostica e trata uma série de doenças relacionadas ao comprometimento do sistema músculo-esquelético e dos tecidos conjuntivos podendo ser subdivida em outras áreas de atuação como: Doenças difusas do tecido conjuntivo, vasculites sistêmicas, espondiloartropatias, doenças osteometabólicas, doenças degenerativas, doenças articulares causadas por microcristais, artropatiasreativas, doenças reumáticas associadas a processos infecciosos, reumatismos extra-articulares, artrites intermitentes eartropatias secundárias a outras doenças não reumáticas.




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