Novidades
Pramipexol pode melhorar os sintomas depressivos e a motivação na Doença de Parkinson

31/10/2006


Dia 11 de abril é o Dia Mundial do Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso central que atinge cerca de 1% da população com mais de 65 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. No Brasil, aproximadamente 200 mil pessoas com mais de 60 anos são portadoras desse mal, que é caracterizado pela deterioração gradual das células nervosas da parte do cérebro que controla o movimento muscular, causando tremores, alterações na fala e na escrita, entre outros sintomas.


Potencial terapêutico adicional que o pramipexol promove foi investigado num novo estudo modificado da doença

Novas informações sobre a Doença de Parkinson, a partir de uma metanálise com aproximadamente 1300 pacientes com a enfermidade, indicaram que o princípio ativo pramipexol teve efeitos benéficos nos sintomas depressivos e de motivação da doença1,2,3. Além disso, o medicamento já demonstrou eficácia no controle dos sintomas motores. Esses resultados são importantes uma vez que os sintomas de mau humor podem afetar mais de 50% das pessoas com o problema. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, durante o 10º Congresso Internacional da Doença de Parkinson e Desordens de Movimento, em Kyoto, Japão.

“Freqüentemente ouvimos das pessoas acometidas pela Doença de Parkinson que os sintomas motores não são necessariamente os mais desafiadores”, disse a ex-presidente da Associação Européia da Doença de Parkinson (EDPA na sigla em inglês), Mary Baker. “Mau humor, preocupação com o futuro e falta de motivação podem ter ainda mais impacto na qualidade de vida dos pacientes e das pessoas que cuidam deles.”

Os resultados da metanálise mostraram que os sintomas depressivos da Doença de Parkinson tiveram uma melhora significativa em 61% dos pacientes tratados com pramipexol, comparados a 40,5% dos que foram tratados com placebo3. Além disso, a motivação também obteve um aumento significativo em 64,8% com pramipexol comparado aos 43,4% com placebo3. Esses resultados revelaram os efeitos antidepressivos potenciais do pramipexol no tratamento da Doença de Parkinson relacionada com os sintomas de mau humor – além da sua eficácia no controle motor – sugerindo que apenas um medicamento, dependendo da fase da doença, pode ser necessário para tratar todo o espectro sintomático.

Os sintomas depressivos e de falta de motivação são parte intrínseca da Doença de Parkinson e estão associados à redução da atividade dopaminérgica3. Em mais de 30% dos casos, a depressão pode mesmo se manifestar como o primeiro sintoma na Doença de Parkinson, precedida do início dos sintomas motores4. Deste modo, é fator crucial o diagnóstico precoce dessa condição.


O efeito do tratamento precoce versus tardio com pramipexol

Também foi lançado no 10º Congresso Internacional da Doença de Parkinson e Transtornos do Movimento um novo estudo clínico global, o PROUD (sigla em inglês para Impacto do Pramipexol na doença pouco sintomática)5, planejado para examinar se há vantagem em tratar a Doença de Parkinson com pramipexol logo após o início dos primeiros sintomas, a fim de reduzir ou adiar a incapacidade futura. Setecentos e quarenta pacientes serão cadastrados nesse estudo cujos resultados estão esperados para março de 2008. Resultados positivos forneceriam evidências para suportar o início precoce do tratamento e possivelmente indicariam um efeito modificado da doença com pramipexol. Até o momento, nenhuma terapia demonstrou claramente o adiamento ou a redução da incapacidade progressiva da Doença de Parkinson.

“Recentemente, a prática comum é iniciar a terapia com medicamento para a Doença de Parkinson quando os sintomas são incapacitantes”, disse o professor de Neurociências clínicas, do Royal Free & University College Medical School, Dr. Anthony Schapira. “Entretanto, gostaríamos de entender melhor como ajudar os pacientes que apresentam os sintomas precoces da Doença de Parkinson. Baseado na nossa experiência clínica até então com pramipexol em todos os estágios da doença, o estudo também ajudará a avaliar o potencial do princípio ativo para tratar este grupo de pacientes”, concluiu.

Os dados apresentados no congresso confirmam a eficácia de pramipexol no tratamento dos sintomas depressivos e na falta de motivação na Doença de Parkinson, assim como seus sintomas motores. Além disso, o estudo PROUD irá investigar o possível efeito da doença e ajudar a ganhar um melhor entendimento de todo o potencial do pramipexol no tratamento da doença.


Sobre a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é a segunda doença neurológica mais comum, depois do mal de Alzheimer, em pessoas adultas. A prevalência mundial está estimada, em aproximadamente, um a dois por cento das pessoas acima de 65 anos6,7. Apesar de tradicionalmente a Doença de Parkinson estar associada a sintomas motores (tremor, rigidez, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, passo irregular, perda da expressão facial), os sintomas não-motores, incluindo depressivos, dor, comprometimento cognitivo e distúrbios do sono podem ser significativos. Os sintomas podem variar de paciente para paciente, mas são progressivos.




Veja mais

Conheça cinco motivos para não tirar cutículas

5 Fatos que todos devem saber sobre HEMORROIDAS

Dia Mundial do Coração em 29/09: a cada 40 segundos um brasileiro morre devido a doenças cardiovasculares

AACD celebra 66 anos e promove evento sobre empreendedorismo e superação. Veja aqui como comprar seu convite!

31/05: 5º FÓRUM DA SAÚDE E BEM-ESTAR



Clique aqui e veja todas as matérias

Encontre os melhores preços de medicamentos e leia bulas