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Estudo aponta que inibidores de apetite são eficazes em 97% dos pacientes

Levantamento preliminar da ABRAN destaca que 87% dos pacientes não apresentaram nenhum efeito colateral

Com a recente polêmica sobre a proposta de proibição dos medicamentos inibidores de apetite (sibutramina, femproporex, mazindol e dietilpropiona) pela Anvisa, os médicos da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) realizaram um levantamento junto aos seus pacientes que fazem uso desses medicamentos para avaliar os benefícios e possíveis riscos associados à sua utilização em pacientes que sofrem de obesidade. O estudo ainda está em curso, mas alguns resultados foram antecipados com o objetivo de alimentar o debate entre médicos sobre o tema durante o XV Congresso Brasileiro de Nutrologia, que aconteceu sexta-feira, 23/9, em São Paulo.

Os resultados preliminares destacados pela ABRAN apontam que o benefício do tratamento da doença obesidade com esses medicamentos é muito maior do que os riscos envolvidos: 87% dos pacientes não apresentaram efeitos colaterais e 97% deles registraram perda de peso. Até o momento, foram analisados 137 pacientes no Brasil (58,4% mulheres e 41,6% homens), todos com quadros de sobrepeso, obesidade leve a moderada e obesidade grave. Todos são pacientes que têm acompanhamento médico e tratamento medicamentoso como opção complementar à primeira indicação médica, que é mudança de hábitos alimentares e prática de atividade física.

Segundo o Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), é importante ressaltar que não existe fórmula mágica para emagrecer. “A utilização de medicamentos é um complemento para o tratamento tradicional”, explica. De acordo com a prévia do levantamento, 95% dos pacientes não conseguiriam obter os mesmos resultados somente com os tratamentos tradicionais (mudança de hábitos alimentares e atividade física).

Vilões da era moderna

Fazer a mesma atividade por horas, sem intervalo para descanso, mesmo para tomar um copo com água ou o famoso cafezinho, além de passar muito tempo no trânsito, pode estar tirando muito da qualidade de vida da população, mas, principalmente, está afetando a saúde. O que os médicos chamam de compulsão alimentar foi a razão alegada por dois terços (67%) dos pacientes. No entanto, apenas para 3% deles essa razão foi mencionada sozinha. Para 55% dos pacientes analisados até agora, a compulsão alimentar aliada à falta de motivação para perder peso é a principal dificuldade alegada. Outros fatores também apontados como os “vilões” do emagrecimento identificados nos primeiros resultados foram ansiedade (47%) e excesso de trabalho (32%).

O levantamento também demonstra que a preocupação como a saúde e qualidade de vida passa a fazer parte do dia-a-dia dos entrevistados. Mesmo fazendo uso de medicamentos inibidores de apetite, 72% dos pacientes já incluíram algum tipo de exercício em sua rotina e 34% praticam atividades físicas pelo menos três vezes por semana. A alimentação também é um item fundamental: 21% dos pacientes afirmam seguir a dieta recomendada pelos médicos.

Utilização dos inibidores de apetite

A participação e acompanhamento do médico nutrólogo durante o tratamento foi identificada por 100% dos pacientes (todos os 137 analisados até o momento). Desse total, 53% já utilizam algum desses quatro medicamentos (inibidores de apetite) há algum tempo. Entre os principais benefícios observados, 34% dos pacientes tiveram perda de peso associada ao controle da hipertensão e do diabetes, diminuição do colesterol e outros benefícios.

“Esses resultados, ainda que preliminares, nos permitem seguir reafirmando a segurança desses medicamentos para os nossos pacientes, tranquilizando-os sobre os tratamentos que indicamos. Isso ajuda a reforçar nossa responsabilidade como prescritores”, afirma o Dr. Ribas. “O levantamento ainda está em curso e os resultados completos serão divulgados à comunidade médica ainda esse ano”, evidencia Dr. Ribas.




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