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Redução de estômago é a saída para combater a obesidade?

Existem hoje, no Brasil, cerca de 45 milhões de pessoas portadoras de obesidade, segundo pesquisa divulgada no último mês pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Quando se fala em combater esse problema, a primeira opção a surgir na cabeça é, invariavelmente, a cirurgia de redução de estômago. O que pouco se discute, no entanto, são os riscos e efeitos colaterais provocados pelo procedimento, que vêm sendo realizado indiscriminadamente, sem o devido respeito às indicações corretas.

Segundo o Dr. Ricardo Fittipaldi, gastroenterologista e especialista em endoscopia digestiva, pouca gente conhece os grandes riscos que o procedimento traz para a saúde. “Anemia, osteoporose, pele quebradiça, dificuldade de enxergar à noite e sangramentos gengivais são alguns dos problemas mais simples e comuns para quem passa por essa cirurgia. Os estudos mostram, ainda, que a mortalidade nesse tipo de operação, seguindo o rigor da técnica, gira em torno de 1%, ou seja, a cada 100 pacientes que fazem a redução do estômago, há uma morte, índice considerado bastante alto”, afirma o médico, que é membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia.

O especialista explica que o método é indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 ou 35, caso apresentem problemas de saúde relacionados ao excesso de peso, como pressão alta, diabetes e aterosclerose, entre outros. “Porém, o procedimento vem sendo realizado de forma indiscriminada. Muitos cirurgiões têm inventado comorbidades associadas à obesidade para poder operar pacientes com índices de IMC cada vez mais baixos, apenas para satisfazer desejos estéticos”, declara o Dr. Ricardo.

Na opinião do médico, o maior problema está no fato de esses indivíduos realizarem um procedimento irreversível, que trará complicações de saúde por toda a vida. “Além dos riscos inerentes a qualquer operação, como os relativos à anestesia, sangramentos e infecções; a cirurgia bariátrica leva a um déficit na absorção dos nutrientes dos alimentos, causando estados de hipovitaminoses e deficiência de minerais, muitas vezes intratáveis. Além disso, é comum ocorrer o estreitamento da anastomose, quando há a obstrução da parte do estômago que foi reduzida, fazendo com que o paciente vomite sem parar, uma vez que a comida não passa do estômago para o intestino, tornando necessária a realização de outra cirurgia para resolver o problema”, diz o especialista.

Dr. Ricardo chama atenção para o fato de a forma mais saudável para a perda de peso ainda ser a reeducação alimentar aliada à prática regular de atividades físicas. Mas ressalta que, em alguns casos, quando o excesso de peso se transforma em uma doença, passa a ser impossível emagrecer apenas com hábitos saudáveis. “Torna-se necessário, então, buscar métodos que auxiliem no emagrecimento. Existem formas alternativas que permitem às pessoas obesas alcançar seus objetivos mais rapidamente, sem a necessidade da realização da cirurgia bariátrica nem da consequente perda de qualidade de vida. Consultar um médico especializado em emagrecimento é imprescindível para saber qual método é mais indicado para cada caso”, afirma o gastroenterologista e endoscopista.




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