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Nova diretriz reduz IMC necessário para cirurgia bariátrica em pacientes diabéticos

Foi apresentado na última segunda-feira, dia 28 de março, pela Federação Internacional do Diabetes uma nova diretriz para a aplicação da cirurgia bariátrica no tratamento do diabetes tipo 2. Anteriormente indicada apenas para pacientes obesos com IMC acima de 35, o documento apresentado defende que a técnica seja liberada para pacientes com IMC entre 30 e 35 nos casos que os pacientes não tiveram respostas com o tratamento medicamentoso.

A entidade reconhece a associação entre o diabetes e a obesidade como o maior problema de saúde pública da atualidade. Atualmente 300 milhões de pessoas sofrem com o diabetes tipo 2 no mundo e a previsão é de que esse número salte para 450 milhões até 2030. “Esse é um grande avanço para controlar o número alarmante de pacientes obesos com diabetes. Diversos estudos já tinham comprovado que a cirurgia bariátrica não proporciona apenas a redução do peso, mas consegue controlar o diabetes tipo 2, devido a mudança metabólica”, diz o cirurgião membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Dr. Roberto Rizzi.

O documento é assinado por 20 especialistas em cirurgia bariátrica e salienta que pacientes obesos com diabetes tipo 2 conseguem ter melhoras substanciais nos níveis de glicose e em outras doenças, como hipertensão arterial. A nova diretriz também inclui adolescentes com 15 anos, indicando a cirurgia para pacientes com IMC entre 35 e 40 associado a outras doenças. Anteriormente a cirurgia, mesmo em caso de obesidade mórbida, só era liberada para pacientes com no mínimo 16 anos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde o Brasil figura entre os 10 países com maior percentual de diabéticos, com 6,4% da população geral. Ao lado de outras doenças crônicas não transmissíveis, o diabetes é um dos principais desafios da área da saúde.

Três tipos de cirurgia se mostram eficientes no controle do diabetes e, por isso, são conhecidas como Cirurgia do Diabetes: o by-pass gastrojejunal e as derivações bilio-pancreáticas (scopinaro e “duodenal switch”). “As três técnicas criam um atalho para o alimento, que é desviado do duodeno e chega antes à parte final do intestino. Esse desvio altera a secreção de alguns hormônios intestinais, como o GLP-1, cujo aumento estimula a produção de insulina, resultando na melhora ou até mesmo no controle do diabetes tipo 2”, diz Rizzi.

Os bons resultados da cirurgia para o controle do diabetes tipo 2 devem-se, basicamente, a dois fatores: a perda de peso do paciente e principalmente a alteração hormonal. “No início pensava-se que o controle da doença era consequência apenas do emagrecimento do paciente, porém os índices ligados a diabetes eram normalizados poucos dias após a cirurgia, antes que houvesse uma perda significativa de peso. Portanto, concluiu-se que a alteração hormonal também tem um papel fundamental no êxito do tratamento”, explica Dr. Rizzi.




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