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O Bom colesterol

Aumentar o HDL é fundamental para a prevenção de doenças cardiovasculares mesmo quando os níveis de LDL estão adequados

Um recente estudo publicado no New England Journal of Medicine mostrou que aumentar o HDL-colesterol (conhecido como bom colesterol) é fundamental para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, mesmo quando o paciente já atingiu níveis adequados de LDL-colesterol (o mau colesterol). O estudo foi apresentado na 55ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology realizado este ano em Atlanta, nos Estados Unidos. Denominado Treating to New Targets (TNT), o estudo envolveu 1.001 pacientes randomizados (escolhidos aleatoriamente), incluindo homens e mulheres com idades entre 35 e 75 anos. A doença coronária clinicamente evidente foi o critério para inclusão no estudo.

Segundo o Dr. Jairo Lins Borges, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, muitos clínicos consideram que, ao atingir níveis de LDL-colesterol abaixo de 100 mg/dl, o aumento do HDL-colesterol deixa de ser importante. No entanto, o estudo demonstrou que mesmo a população que obteve níveis de LDL abaixo de 80 mg/dl, considerado adequado, o aumento do HDL ainda continuou sendo fundamental para reduzir o risco cardiovascular.

Os pacientes foram tratados com 10 mg ou 80 mg de atorvastatina e observados a cada três meses no primeiro ano e a cada seis meses, por uma média de 4,9 anos. Definiu-se doença coronária por um ou mais dos seguintes critérios: infarto do miocárdio prévio, angina prévia ou evidências objetivas de coronariopatia aterosclerótica como história de revascularização coronária. O estudo apontou que cada 1 mg/dl de aumento da concentração do HDL-colesterol se associava à redução aproximada de 2% do risco de um evento cardiovascular maior, o que se compara a uma redução de 0,7% no risco de eventos para cada 1 mg/dl de redução no LDL-colesterol.

Também foram analisados 4.387 pacientes com níveis de LDL-colesterol de 80 mg/dl ou menos e se observou a mesma relação invertida entre níveis de HDL-colesterol e taxas de doença cardiovascular. Por exemplo, 10% de tais pacientes com níveis de HDL abaixo de 38 mg/dl em qualquer das duas doses de estatina tiveram um evento maior, em comparação com 5% daqueles com níveis de HDL de 55 mg/dl ou acima. Além disso, diminuiu-se 31% no risco de eventos maiores pra cada redução de 1,0 na proporção LDL/HDL-colesterol.

De acordo com o Dr. Jairo Borges, os resultados reforçam a importância de se prestar atenção aos níveis de HDL-colesterol na prática clínica. “Verificando os grandes estudos recentes sobre tratamento do colesterol, observamos que apenas cerca de 30% dos pacientes se beneficiaram, em termos de redução do risco relativo, do tratamento “quase exclusivamente” voltado para o LDL colesterol, visando à diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Atualmente dieta, exercício físico e alguns medicamentos são utilizados para tratar pacientes com níveis baixos de HDL no sangue” afirma o especialista.

Tendo em vista os resultados de estudos como este, parte da classe médica já vem mudando sua prática clínica, objetivando o aumento das taxas de HDL-C, além de insistir na diminuição do LDL-C. Os melhores resultados são conseguidos com medicamentos à base de niacina (ácido nicótico) de liberação programada. É o caso do Metri, produzido pela Libbs Farmacêutica, que eleva os níveis de HDL-C em cerca de 30% (duas a três vezes mais que as estatinas e fibratos), diminui as taxas de LDL-C em 17%, aumenta o diâmetro das LDL-C pequenas e densas (tipo de mau colesterol ainda mais perigoso que o LDL-C convencional) e reduz os triglicérides em até 50% (em excesso, a substância é tóxica para o fígado e pâncreas). Ele foi lançado recentemente e é considerado por especialistas o medicamento mais versátil para o tratamento das dislipidemias, ou seja, alterações na concentração de colesterol no sangue. Esse tipo de medicamento pode ser associado ao tratamento tradicional, que combina exercício físico, dieta rica em ácidos graxos monoinsaturados (como o azeite de oliva) e medicamentos como as estatinas, que combatem o excesso do mau colesterol.




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