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Falta de orgasmo atinge uma em cada cinco mulheres

Até pouco tempo as pesquisas sobre disfunções sexuais femininas eram escassas. Nos últimos anos, com o processo de afirmação do papel da mulher na sociedade, em virtude da busca pela satisfação pessoal e profissional, os estudos ficaram mais freqüentes e a demanda por tratamentos também. De acordo com levantamento do Projeto Sexualidade (ProSex) do Hospital das Clínicas, em 2005, a relação de procura por consulta médica na instituição era de sete homens para cada mulher. Hoje, são dois para cada uma.

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde no Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex) do hospital estadual Pérola Byington aponta que uma em cada cinco mulheres que procuram o serviço não chega ao orgasmo nas relações sexuais.

A mulher vai conseguir se entregar no relacionamento, para que o orgasmo possa acontecer, quando estiver à vontade com suas emoções, porque na hora do orgasmo, elas podem vir à tona. “Casais que têm raivas reprimidas um do outro, têm dificuldade em ter orgasmo, porque no orgasmo, essa raiva vem à tona e não ter um é uma maneira de se proteger dessa situação e manter suas emoções sob controle”, explica a psicóloga Luciane Gerodetti.

O estudo, feito com base em 455 atendimentos realizados na unidade entre 2007 e 2008, revelou que 18,2% das pacientes receberam diagnóstico de anorgasmia (falta de orgasmo) e outras 5,2%, de inibição sexual generalizada, ou seja, não sentem desejo sexual, não se excitam durante as relações e não chegam ao orgasmo.

O principal problema das pacientes foi o chamado distúrbio do desejo sexual hipoativo, em que a mulher simplesmente não sente desejo de transar, que respondeu por 48,5% dos atendimentos. O diagnóstico foi de dor no coito em 10% dos casos, dificuldade de penetração em 6,9%, inadequação sexual (insatisfação com o padrão de comportamento sexual da mulher ou do parceiro) em 4,9% e distúrbio de excitação em 2%.

Entre as mulheres atendidas no Cresex a faixa etária prevalente é de 40 a 55 anos, que representou 45% do total, seguida pela de 25 a 39 anos, com 36,4%, e de 20 a 24, com 7,9%. Mulheres acima de 55 anos representaram 7,8% dos atendimentos e menores de 20 anos, 2,9%. A maioria, 60%, era casada, 30% eram solteiras, 3,6% mantinham uniões estáveis, 4% eram divorciadas, 1,1% separadas e 1,3% viúvas.

“A grande maioria dos diagnósticos de distúrbios sexuais é de natureza psicológica, social ou cultural. Somente 13% das pacientes têm problema de natureza orgânica, como alterações hormonais ou distúrbios originados por alguma doença”, afirma a médica e terapeuta sexual Tânia das Graças Mauadie Santana, coordenadora do Cresex.

No Pérola o tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar formada por 20 pessoas, entre médicos, psicólogos e auxiliares de enfermagem. Na maioria dos casos é indicada a reeducação sexual por meio de terapia comportamental. Medicações ou cirurgias só são indicadas quando alguma causa orgânica é identificada.

É importante, que o sexo seja compreendido e tratado como algo sagrado e maior. Ele não pode ser relegado ao papel de apenas “descarregar” as tensões. O final de uma boa relação sexual é aquele onde a pessoa se sente nutrida, revitalizada, deixando uma sensação explícita de bem-estar, e por mais que os florais possam ajudar, esse sentimento vai além deles.




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