Café. Tomar ou não tomar? Vilão de insônias, arritmias e gastrites, o café pode ser mais benéfico para a saúde do que supõe a vã filosofia médico-popular. É o que diz o cardiologista Antonio Carlos Till, diretor do Vita Check-up Center. Ele lembra que foi o Papa Clemente VIII, ainda na Idade Média, que conferiu o nihil obstat ao uso diário do café, dando-lhe “direitos canônicos” porque a bebida era um ótimo estimulante para as necessidades de orações tardias. Carlos Till explica que as reais propriedades do café e sua relação com os diversos órgãos do nosso corpo, no entanto, só nos tempos atuais são avaliadas sem preconceitos. O tipo de planta – se coffea arabica ou robusta – a maneira de torrar os grãos e o modo de preparo interferem em suas propriedades, assim como os componentes do café, sobretudo os ácidos clorogênicos. Estes, após a torrefação (que não seja excessiva), dão origem a diversos quinídeos que apresentam benefício como antioxidantes, antidiabéticos, pois aumentam a captação da glicose, têm um efeito opióide (antialcoolismo) e têm papel também na microcirculação sanguínea. ANTIDEPRESSIVO - O efeito opióide é uma arma contra a depressão como alguns trabalhos no Brasil têm demonstrado. Isto porque o café bloqueia em nosso sistema límbico o desejo excessivo de autogratificação que faz muitas vezes o indivíduo frustrar-se, deprimir-se e buscar refúgio em fumo, álcool e drogas. Não é por acaso que o café tornou-se sinônimo da primeira refeição do dia. Exatamente por suas características de estímulo à vigília, à concentração, à atenção, à capacidade intelectual e à modulação do humor, poucos dispensam o café da manhã. Além disso, a bebida é desprovida de valor calórico. O grão verde de café possui não só ácidos clorogênicos e cafeína que, curiosamente, não é seu componente mais importante, também a niacina ou vitamina B3, bem como vários sais minerais, aminoácidos, açúcares e lipídeos. HIPERTENSOR - Entre os efeitos cardiovasculares encontramos, é verdade, uma pequena elevação da pressão arterial que não excede, porém, de 3 a 4 mmHg, não acarretando nenhuma conseqüência mais importante. Outro efeito propalado ao longo do tempo seria o de o consumo de café produzir arritmias, algo só comprovado em pessoas que já apresentavam arritmia prévia, causando o café apenas um aumento. ESTIMULANTE - Efeito interessante do café é visto em atletas. Sabemos que o exercício intenso leva ao aumento dos níveis de endorfina no cérebro, o que produz uma sensação de autogratificação para o indivíduo e o estimula a superar o cansaço e prosseguir no seu esforço. Dada a ação de bloqueio dos receptores opióides cerebrais pelo café, o cérebro produz maior quantidade de endorfinas para alcançar uma mesma sensação de autogratificação, fazendo então o atleta prosseguir mais e mais com seu esforço. Assim sendo, atletas bem treinados que fazem uso regular de café – cerca de 4 xícaras médias/dia - teriam seus cérebros trabalhando contra a autogratificação, o que prolongaria sua resistência ao cansaço sem nenhuma forma específica de doping. QUEM DEVE EVITAR - Elevação discreta da concentração de homocisteína e de colesterol no sangue foi observada em alguns estudos, não consistindo, porém, suficientes para aumentarem o risco cardiovascular. Em relação ao aparelho digestivo o café estimula a secreção de ácido gástrico não sendo, portanto, recomendado para indivíduos portadores de úlcera ou gastrite, ou ainda, para aqueles que apresentam refluxo gástrico, pois pode agravar estas doenças e os sintomas a elas correlacionados. Uma crença equivocada é a de que o café pode causar comprometimento da absorção da vitamina D e levar a osteoporose. Quando ingerido moderadamente não são observados estes efeitos. Quadro 1 - O Café é rico em minerais Teor Mineral (por litro): Serviço: Vita Check-up Center Rua Gildásio Amado, 55/grupo 1107 Edifício Centro da Barra Rio de Janeiro – RJ. Tel: 2493-8863. | |
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