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Hipertensão aumenta entre jovens, dizem especialistas

Reflexo da adoção de hábitos de vida pouco saudáveis, a doença
precisa ser tratada para evitar complicações futuras

Ao contrário do que muitos acreditam, a hipertensão não é um privilégio dos adultos. Nas últimas décadas, o número de jovens vítimas da doença vem crescendo. O aumento reflete a adoção de hábitos de vida nem sempre saudáveis, já que, nessa faixa etária, a doença geralmente está associada à alimentação incorreta e ao sedentarismo.

A hipertensão arterial é a doença crônica de maior prevalência no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), 30% da população brasileira pode ser considerada hipertensa. Desse total, 5% são crianças e adolescentes. Embora não existam dados disponíveis sobre a incidência somente entre jovens, o índice nessa faixa etária também cresce, conforme atestam especialistas.

Segundo o nefrologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Oswaldo Kohlmann, a hipertensão entre jovens cresce porque hoje a população está mais exposta aos fatores de risco, antecipando a manifestação da doença. "A hipertensão é uma doença de origem genética e geralmente leva cerca de 30 anos para se manifestar. No entanto, a inatividade física, a ingestão excessiva de sal, gordura, carboidratos e bebidas alcoólicas podem disparar o gatilho de desenvolvimento da hipertensão antes do tempo", explica.

A expectativa é que, até 2025, o número de hipertensos em países em desenvolvimento, como o Brasil, cresça 80%, segundo estudo realizado por especialistas da Escola de Economia de Londres, do Instituto Karolinska (Suécia) e da Universidade do Estado de Nova Iorque. Para reverter o quadro, os autores do estudo sugerem que os governos adotem as medidas preventivas, estimulando a alimentação saudável, a redução do consumo de sal, o combate ao fumo, a prática de exercícios e o controle de peso.

"Se a pressão arterial é pouco elevada, próxima do nível normal, apenas mudanças no estilo de vida podem ser suficientes para normalizá-la. Casos mais graves, no entanto, exigem o uso de medicamentos", esclarece Kohlmann.

Tratamento adequado reduz riscos - A hipertensão é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Tratar a doença pode reduzir em 40% a chance de ocorrência de derrame e em 20% a chance de infarto do miocárdio. Por isso, é importante educar sobre as conseqüências futuras da doença e estimular o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Segundo a OMS, em média um ano após o diagnóstico, mais da metade dos pacientes abandona o tratamento e, daqueles que continuam a terapia, apenas 50% toma pelo menos 80% dos medicamentos prescritos. "A hipertensão é uma doença crônica e exige tratamento contínuo, mesmo que não apresente sintomas", explica o cardiologista e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Wille Oigman.

Como a hipertensão geralmente é acompanhada de outras doenças, os pacientes podem necessitar de vários medicamentos para manter a pressão e as outras patologias sob controle. "Medicamentos com menor chance de causar efeitos colaterais, que oferecem proteção por 24 horas e são ingeridos apenas uma vez ao dia podem reduzir as chances de abandono do tratamento", lembra o cardiologista.

É o que comprova um estudo clínico apresentado no último encontro da Sociedade Européia de Cardiologia. Segundo a pesquisa que acompanhou mais de 5,9 mil pacientes em 40 países, o uso do anti-hipertensivo telmisartana reduziu em 13% o risco de morte por problemas cardiovasculares. O estudo revelou ainda que, o grupo utilizando telmisartana apresentou menor taxa de interrupção do tratamento (pela melhor tolerabilidade da medicação), oferecendo ao paciente o benefício da proteção de longo prazo.

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cardiologia e Saúde com Dr. Ricardo Tavares de Carvalho




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