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Disfunção erétil

Disfunção erétil será o tema da ação por ser um marcador de doenças. Problema atinge cerca de 50% dos homens acima de 40 anos. Menos de 10% procuram o médico. Entidade quer evitar automedicação



A Sociedade Brasileira de Urologia promove a partir de 1º de agosto a primeira Campanha Nacional de Esclarecimento da Saúde do Homem. O foco será a disfunção erétil. Para os especialistas, a falta de ereção, muito mais do que um problema sexual, pode ser um marcador de doenças, já que pode estar relacionada a uma série de outros problemas, tais como cardiopatias, hipertensão e diabetes. O objetivo da ação é orientar o homem a procurar um urologista anualmente e valorizar o receituário urológico, evitando a automedicação.

Estimativas da entidade mostram que cerca de 50% dos homens adultos com mais de 40 anos têm alguma queixa em relação às suas ereções. Acredita-se ainda que um grande número de casos de disfunção erétil ocorre exclusivamente devido a fatores psicológicos. A SBU desenvolveu um guia com todas as dúvidas e respostas sobre o problema e colocou à disposição em seu portal na Internet: www.sbu.org.br. Lá também é possível fazer um teste online para verificar fatores de risco e uma busca pelos médicos credenciados à entidade. Um comercial será veiculado nacionalmente em TV durante os meses de agosto e setembro assim como um anúncio em jornais e revistas.

“Aproximadamente 50% dos pacientes portadores de diabetes e 38% dos pacientes com doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, aterosclerose, arritmias cardíacas, doenças coronárias) têm algum grau de disfunção erétil. Além delas, as doenças neurológicas, nefropatias (doenças do rim) e depressão também estão relacionadas à disfunção”, afirma o coordenador de campanhas da SBU, Aguinaldo Nardi. Ele ressalta que a prevenção à doença está em hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, prática de exercícios, e sobretudo, evitar o alcoolismo e o tabagismo.

Nardi explica que outras doenças urológicas podem colaborar para a disfunção. “Doenças do pênis, como por exemplo, a doença de Peyronie (pênis curvado), podem causar disfunção erétil. Outras doenças que atingem o homem durante o envelhecimento como a hiperplasia benigna da próstata, a queda do hormônio masculino (a testosterona) e o tratamento do câncer de próstata podem levar à dificuldade de ereção”, diz.

De acordo com os urologistas, menos de 10% dos homens que têm o problema procuram auxílio médico. Para o presidente da SBU, José Carlos de Almeida, a vergonha em comentar o assunto e o medo do diagnóstico afasta o paciente do médico. “Poucos procuram ajuda médica, muitos preferem conversar com os amigos para obter mais informações e se medicarem. Nossa missão ética e médica é evitar a automedicação em todos os níveis. O uso abusivo continuado pode ocultar a oportunidade de um diagnóstico precoce de doenças de risco relacionadas à disfunção”, diz.

Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2007 enquanto 16,7 milhões de mulheres foram ao ginecologista, apenas 2,7 milhões de homens foram ao urologista. A visita a um urologista é importantíssima. Ele poderá detectar, por exemplo, se a disfunção erétil é um problema orgânico ou psicológico e prescrever o tratamento mais indicado para aquele perfil. “É fundamental uma boa conversa com o paciente, mesmo antes de prescrever drogas orais, injeções ou cirurgia. O fator emocional influencia muito”, enfatiza o chefe do Departamento de Andrologia da SBU, Carlos Da Ros. A Andrologia é o setor dentro da Urologia responsável pelo sistema reprodutor, da função sexual e da regulação de hormônios masculinos.

A disfunção pode estar presente mesmo quando haja o desejo e a ejaculação normais. Hoje há diversos tratamentos para o problema que variam desde medicamentos até a indicação cirúrgica. “A primeira linha inclui medicamentos orais (inibidores da fosfodiesterase número 5: sildenafil, tadalafil, vardenafil, lodenafil) e psicoterapia. A segunda linha é composta por injeção intracavernosa e intra-uretral de medicamentos que causam a ereção. E na terceira linha temos as próteses penianas”, explica Da Ros.



SAIBA MAIS:

MECANISMO DE EREÇÃO: parte do cérebro um estímulo (auditivo, olfativo e/ou visual) que atravessa a medula espinhal e atinge os nervos que inervam o pênis, que possui um corpo cavernoso de cada lado. Os corpos cavernosos funcionam como esponjas. Quando seus vasos dilatam e entra mais sangue do que sai, acontece a ereção.

DISFUNÇÃO ERÉTIL: é a incapacidade de obter e ou manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória.

PREVENÇÃO: hábitos de vida saudável. Evitar sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, pressão alta, colesterol alto etc.

TRATAMENTO: Auxílio de um urologista (para prescrever o melhor tratamento) e de um terapeuta sexual (para fazer o acompanhamento emocional).

DOENÇAS ASSOCIADAS: hipertensão, diabetes, cardiopatias, doença de Peyronie, hiperplasia benigna da próstata, entre outras.



CONHEÇA OUTRAS DOENÇAS DO HOMEM ADULTO:



Andropausa (DAEM – Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino) – trata-se de uma diminuição gradual dos níveis sanguíneos da testosterona que acompanha o envelhecimento e que pode estar associada a uma significante diminuição da qualidade de vida dos homens. A prevalência deste distúrbio varia de 10% a 30% dos homens a partir dos 60 anos.



Câncer de Pênis – é um a doença rara, sendo mais freqüente na população de baixo nível socioeconômico em países em desenvolvimento, como em algumas regiões do Brasil, principalmente o Norte e Nordeste. No Maranhão, por exemplo, há mais casos de câncer de pênis que o de próstata. A prevenção do tumor é realizada facilmente com a educação da população, com o cuidado de higiene, uso de preservativo nas relações sexuais para se evitar o HPV e a cirurgia de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade.



Câncer de Próstata – é a neoplasia mais freqüente no sexo masculino, representando mais de 40% dos tumores que atingem os homens acima de 50 anos. No Brasil há uma incidência aproximada de 400.000 casos/ano. É assintomática e o diagnóstico precoce é realizado por meio de exames de sangue periódicos de PSA (Antígeno Prostático Específico) e do toque retal da próstata. Estes exames são complementares e um não substitui o outro. A recomendação é que os homens com casos na família façam os exames a partir de 40 anos, quem não tem histórico familiar pode começar a prevenção aos 45 anos.



Candidíase Peniana – Surge geralmente 24 a 48 horas após uma relação sexual. As inflamações que acometem a glande (extremidade ou “cabeça” do pênis) e a mucosa do prepúcio (pele que recobre a glande) se apresentam como pontilhados avermelhados que coçam bastante e são causados, na maioria das vezes por fungos, cujo mais freqüente é o “candida albicans”. As pessoas diabéticas e as que têm o prepúcio alongado são as mais acometidas. Não é uma doença obrigatoriamente transmitida pelo sexo e, na eventualidade de repetições freqüentes, torna-se muitas vezes necessário o tratamento cirúrgico visando à remoção da área de mucosa que se acha limitada na sua capacidade de defesa local.



Doença de Peyronie – curvatura anômala do pênis. De causa desconhecida, a doença de Peyronie forma uma espécie de "calo" ou nódulo no pênis. Pequenos traumatismos durante o ato sexual são uma possível explicação para o problema. Este traumatismo seria seguido de uma cicatrização errônea. Atinge normalmente homens entre 40 a 65 anos.



Ejaculação precoce ou rápida – é a ejaculação que acontece, de forma persistente, com mínimo estímulo antes ou logo após a penetração, antes do momento desejado. Tal situação causa problemas no relacionamento conjugal. É mais comum em jovens e depois em indivíduos mais idosos, quando começa a desenvolver também disfunção erétil.



Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) – é o aumento benigno do volume da próstata. Normalmente acomete homens a partir de 50 anos. Os sintomas são: dificuldade de urinar, freqüência urinária diurna e noturna aumentada, urgência miccional e retenção urinária. O tratamento é feito com medicação (alfabloqueadores e/ou inibidores de alfa-cinco-redubase). Em casos mais complexos, indica-se a cirurgia endoscópica (raspagem da próstata) ou a cirurgia aberta (retirada da parte da próstata que cresceu). A indicação desses procedimentos depende do volume da próstata.



Infertilidade – é a dificuldade de um casal obter gravidez no período de um ano de tentativas, isto é, tendo relações sexuais sem uso de nenhuma forma de anticoncepção. A chance de um casal normal obter gravidez, por ciclo menstrual, é de aproximadamente 20% e que, após um ano, mais de 80% dos casais conseguirão gravidez. Acredita-se que 15% dos casais sejam inférteis.



Tumores no Testículo – o câncer de testículo é o tumor mais prevalente nos homens jovens na idade de 15 a 35 anos de idade, apresentando alta possibilidade de cura nos tumores iniciais. São tumores que respondem bem à quimioterapia e alguns, à radioterapia. O auto-exame do testículo é fundamental para o diagnostico precoce.



Varicocele – são varizes na bolsa escrotal. Cerca de 15% dos homens têm esse problema e apenas o diagnostica quando querem ser pais, visto que cerca de 30% dos casos de varicocele podem gerar infertilidade. Não há qualquer sintoma ou desconforto. Surge normalmente na infância ou na adolescência. Quando é adquirida na fase adulta é preciso investigar se há algum tumor na região abdominal que está obstruindo a passagem de sangue para a bolsa escrotal.




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