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Robôs entrando em cirurgia

ENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP APRESENTA EQUIPAMENTO ROBOTIZADO PARA TRATAMENTO RADIOTERÁPICO E RADIOCIRÚRGICO

Além de maior precisão e rapidez, o Novalis 4D permitirá não apenas a radiocirurgia dos tumores cerebrais, mas também em outras regiões do corpo, mesmo que apresentem movimento. Uma nova esperança para pacientes com câncer de próstata e pulmão, por exemplo. Com a aquisição - de cerca de R$ 6 milhões -, o complexo hospitalar tornou-se o único na América do Sul a possuir o equipamento.


A radiocirurgia chegou ao Brasil no início dos anos 90 como um dos mais avançados métodos não-invasivos para o tratamento dos tumores cerebrais. O procedimento consiste na aplicação de alta dose de radiação em área específica. Por ser de alta precisão, o método permite tratar com grande eficácia o tumor, poupando os tecidos sadios vizinhos .

Porém a sua funcionalidade estava restrita às lesões no cérebro, já que os equipamentos disponíveis no mercado até alguns anos atrás apresentavam limitação para tratar somente lesões fixas, ou seja, sem qualquer tipo de movimento, característica exclusiva das lesões intracranianas. Em qualquer outra parte do organismo, devido ao movimento da respiração das articulações e das vísceras, os tumores são móveis e não podiam ser irradiados pelos equipamentos de radiocirurgia convencional.

A partir do início deste milênio passaram a ser desenvolvidos equipamentos como o Novalis, que por meio do uso contínuo de escopia tridimensional por RX e navegação por infra-vermelho, durante todo o procedimento de irradiação, localizam constantemente a lesão que está em tratamento, fazendo as correções necessárias de forma robótica para que a lesão permaneça milimetricamente na área de irradiação.

Com a aquisição do Novalis 4D, o Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo disponibilizará o tratamento de tumores intracranianos e nas demais partes do corpo sem lesões das áreas saudáveis ao redor. Pela primeira vez no Brasil será possível tratar tumores fora do cérebro, localizados, por exemplo, na próstata ou no pulmão, com a radiocirurgia ou radioterapia estereotáxica. Os tratamentos de tumores de coluna vertebral e medula espinal, considerados de alto risco com a radioterapia convencional, também serão beneficiados.

A complexidade e o alto custo dos equipamentos tornam a radiocirurgia um procedimento ainda pouco utilizado no Brasil. Além da sofisticação tecnológica, o procedimento exige uma equipe altamente treinada e multidisciplinar, com neurocirurgiões, radioterapeutas e físico-médicos especialistas em radiobiologia. Com o Novalis 4D será reduzido o tempo de atendimento pela metade e, conseqüentemente, também a exposição do paciente, o que irá gerar menos estresse de tratamento.

CÂNCER: NÚMEROS DO BRASIL CRESCEM ANO A ANO

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), do total de 58 milhões de mortes ocorridas no mundo, o câncer foi responsável por 7,6 milhões, o que representou 13% de todas as mortes. Os principais tipos de câncer com maior mortalidade foram: pulmão (1,3 milhão); estômago (cerca de 1 milhão); fígado (662 mil); cólon (655 mil); e mama (502 mil).

Do total de óbitos por essa doença ocorridos em 2005, mais de 70% aconteceram em países de média ou baixa renda (WHO, 2006). Estima-se que em 2020 o número de casos novos anuais seja da ordem de 15 milhões, sendo que cerca de 60% deles surgirão em países em desenvolvimento. É também conhecido que pelo menos um terço dos casos de câncer que diagnosticados anualmente no mundo poderiam ser prevenidos.

Os tumores de pulmão (902 mil casos novos) e próstata (543 mil) são os mais freqüentes no sexo masculino, enquanto que nas mulheres os de maiores ocorrências são os tumores de mama (1 milhão de casos novos) e de colo do útero (471 mil).

No Brasil, as estimativas para o ano de 2008 - válidas também para 2009 - apontam que serão mais 466.730 pacientes com câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, devem acompanhar o mesmo perfil da magnitude observada no mundo hoje.


UM DOS MAIORES DO MUNDO

Como iniciativa pioneira, em 1993 o Beneficência Portuguesa SP instalou o Serviço de radiocirurgia. Com equipe de profissionais de destaque na área e mantendo sempre equipamentos atualizados e de ponta, o serviço é referencia nacional e internacional, tendo realizado mais de 4 mil radiocirurgias. Em média, mais de 100 pacientes são tratados por mês, um recorde absoluto no Brasil. A radiocirurgia e a radioterapia estereotáxica são procedimentos ambulatoriais, e os pacientes podem ser atendidos em um dia de estadia no hospital sem precisar de internação, reduzindo, assim, o custo final do procedimento.

O Beneficência Portuguesa de São Paulo nasceu em 2 de outubro de 1859. Hoje está entre os maiores complexos de saúde da América Latina, instalado em seis edifícios e mais de 110 mil metros quadrados. São cinco mil funcionários, dos quais 1,5 mil médicos especialistas.

Com uma equipe tão plural, o incentivo à formação de profissionais qualificados é uma constante. Há mais de 30 anos mantém uma escola de auxiliares de enfermagem gratuita, onde os alunos recebem formação curricular acrescida de 1.300 horas/aula. Mais de 3 mil profissionais se formaram no hospital.

O hospital também oferece cursos de pós-graduação Lato Sensu em vinte especialidades como Cardiologia Clinica, Transplante de Fígado, Craniofacial, Neurocirurgia, entre outros. A residência médica realizada pela Beneficência Portuguesa de São Paulo é reconhecida pelo Mec – Ministério da Educação e Cultura.

Além disso, dispõe dos mais avançados equipamentos de diagnósticos e terapêutica e possui uma dos maiores centros mundiais de cardiologia. Em julho de 2007, por exemplo, uma das cinco equipes da BP, liderada pelo cardiologista José Armando Mangione chegou à casa de 100 mil cateterismos e demais exames em cardiopatas. Outro fato marcante em cardiologia ocorreu em 1985, quando a equipe do Dr. Zerbini realizou o primeiro transplante de coração da historia da Beneficência.

Considerado um centro de referência em transplantes, entre 1973 e 2007 foram realizados 3.345 transplantes de coração, fígado, medula, rim, pulmão, entre outros. Um caso raro e inédito foi realizado em 93, quando um paciente passou a viver com dois corações. Cinco anos depois foi realizado o primeiro transplante bilateral de pulmão e o primeiro transplante conjunto de coração e pulmão com êxito no Brasil.

São mais de 1920 leitos e 64 salas cirúrgicas que garantem o atendimento de mais de 300 mil pessoas por ano.



Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Cirurgia Plástica e saúde com Dr. Alan Landecker




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