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Pacientes brasileiros terão uma nova opção para o tratamento do diabetes tipo 2


Recém-aprovada pela ANVISA, a canagliflozina age nos rins impedindo que a glicose filtrada seja reabsorvida pela corrente sanguínea. Com isso, oferece melhor controle dos níveis de glicose no sangue, com benefícios adicionais de redução de peso corporal e diminuição da pressão arterial

Pacientes brasileiros com diabetes mellitus tipo 2 terão em breve mais uma opção de tratamento. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou ontem a canagliflozina, medicamento que age de forma diferente das opções tradicionais para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Pertencente a uma nova classe de drogas denominada inibidores do cotransportador de sódio e glicose 2 (SGLT2), a medicação elimina o excesso de glicose pelos rins, oferecendo um melhor controle dos níveis de glicose no sangue, com benefícios adicionais de redução de peso corporal e diminuição da pressão arterial sistólica.

Embora haja no mercado diversos medicamentos para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2, é importante que surjam outras opções, já que, mesmo em tratamento, uma parcela importante dos pacientes não consegue controlar a doença.

“Um dos principais desafios para os pacientes com diabetes mellitus tipo 2 é o controle adequado da glicose no sangue: 73%[i] dos pacientes no Brasil não alcançam os níveis recomendados de controle da glicose, o que aumenta o risco de desenvolver complicações graves”, afirma Walmir Coutinho, médico do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro e Professor de Endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). "A canagliflozina oferece uma nova estratégia para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2, pois aumenta a eliminação da glicose pela urina, resultando em níveis reduzidos de glicose no sangue e diminuição do peso corporal”, conclui.

Novo mecanismo de ação

Os rins contribuem de maneira importante com o equilíbrio da glicose no sangue. Normalmente, a glicose filtrada pelos rins é reabsorvida de volta para a corrente sanguínea. O SGLT2 é um importante transportador responsável por essa reabsorção renal. O mecanismo de ação inovador da canagliflozina inibe o SGLT2 e, como resultado, impede essa reabsorção de glicose, promovendo sua eliminação pela urina e reduzindo os níveis de glicose no sangue.

“Canagliflozina oferece um melhor controle da glicemia e está associada, em estudos clínicos, a perda de peso corporal e diminuição da pressão arterial sistólica”, declarou Dr. Coutinho. “Estamos entusiasmados com a aprovação de canagliflozina no Brasil, pois ela representa uma opção de tratamento nova e muito esperada para ajudar os pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2 e seus médicos a controlarem melhor essa doença.”

Canagliflozina é administrada por via oral e indicada como um complemento à alimentação saudável e à prática de exercícios físicos. A molécula foi estudada como agente único (terapia única), em combinação com metformina e em combinação com outros agentes que diminuem a glicose (incluindo pioglitazona, sulfonilureias e insulina). Os resultados dos estudos de Fase 3 do medicamento mostraram que a canagliflozina é segura e eficaz no tratamento do diabetes mellitus tipo 2.


Resultados de estudos clínicos

O registro do medicamento no Brasil foi baseado em um programa clínico global e integral de Fase 3, que contou com a participação de 10.285 pacientes distribuídos em nove estudos, o que constitui um dos maiores programas clínicos de diabetes mellitus tipo 2 já apresentados às autoridades sanitárias até hoje em todo o mundo.



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Alguns pontos desse programa de estudos clínicos podem ser destacados:

• Os resultados desse programa mostraram que as doses de 100 mg e 300 mg de canagliflozina melhoraram o controle da glicemia, objetivo principal dos estudos conduzidos. Como objetivos secundários, verificaram-se também a perda significativa de peso corporal e a diminuição da pressão arterial sistólica.

• Em dois estudos que compararam a canagliflozina com tratamentos padrões atuais (sitagliptina em um estudo e glimepirida em outro), a canagliflozina administrada em doses de 300 mg, proporcionou maiores reduções nos níveis de hemoglobina glicada*, na perda de peso corporal e na queda da pressão arterial sistólica do que qualquer uma das outras substâncias.
*A A1C é a porcentagem de moléculas de hemoglobina em glóbulos vermelhos encontradas em união com a glicose e é um indicador do nível médio de glicose no sangue durante os dois ou três meses anteriores.

• Em testes de canagliflozina como terapia única ou em combinação com agentes não associados à hipoglicemia (como a metformina ou metformina combinada à pioglitazona), a incidência de episódios hipoglicêmicos foi baixa e próxima a dos comparadores utilizados nestes estudos (placebo ou sitagliptina 100 mg).



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Sobre o diabetes tipo 2

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, 371 milhões de pessoas no mundo vivem com o diabetes. A Organização Mundial da Saúde prevê que essa será a sétima principal causa de morte em 2030.[ii],[iii] Somente no Brasil já são mais de 12 milhões de diabéticos de acordo com o último Censo. Do total de pessoas que sofrem de diabetes mellitus, 90% têm diabetes tipo 2,[iv] uma doença crônica e que afeta a capacidade do organismo de controlar o nível de açúcar (glicose) no sangue.

A Organização Mundial da Saúde estima que 44% da ocorrência de diabetes mellitus tipo 2 no mundo pode ser atribuída ao excesso de peso, à obesidade e ao sedentarismo.[v] Estima-se que um bilhão de adultos estejam acima do peso e 475 milhões são obesos.[vi] Para a maioria das pessoas com risco de sofrer de diabetes mellitus tipo 2, a obesidade é um dos fatores de risco que contribui para que o organismo resista à ação da insulina e, quando as células beta pancreáticas tornam-se incapazes de produzir suficiente insulina, o diabetes mellitus tipo 2 se estabelece.

Aproximadamente 73% dos brasileiros com diabetes mellitus tipo 2 não alcançam os níveis recomendados de controle da glicose[vii]/[viii]. Se for mal ser controlado, o diabetes mellitus tipo 2 pode trazer uma série de complicações sérias que incluem, entre elas, doença cardiovascular, deterioração da visão e doença renal[ix]. Foi demonstrado que a melhoria do controle da glicemia reduz o risco de aparecimento e da progressão destas complicações.




VEJA SOBRE Endocrinologia e Saúde com Dr. Filippo Pedrinola, clicando aqui






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