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Vacinas "pré-Copa" devem ser dadas até dia 29/05 para estarmos protegidos! Veja aqui!

20/05/2014


Poliomelite e coqueluche estão de volta


Ainda existe quem seja contra vacina e tenha dúvidas sobre sua importância. Ainda existe gente que acredita que todas as doenças são inventadas para vender remédios e vacinas.

Ainda existe quem ache que homeopata não indica e é contra a vacina. Isso não é verdade. É só olhar o que diz a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB) em sua homepage e em matéria à parte, recomendando a vacina como regra para os homeopatas.

Em que mundo estranho nós vivemos, não é mesmo? Parece que tudo evolui: a mídia, a TV, os computadores, as indústrias alimentícias, os carros, metrôs, poluição, mais doenças...

Por que ainda temos que lutar para convencer a todos, envolvidos ou não, sobre a importância do aleitamento materno, do vínculo familiar, dos cuidados básicos de higiene pessoal (lavar as mãos, por exemplo, para evitar contaminação pelo H1N1), dos cuidados básicos de higiene ambiental (evitar acumular água em vasos e caixas d’água abertas, por exemplo, para evitar a dengue)?

E com a vacinação não é diferente. Nosso mundo padece, a cada dia, de uma nova enfermidade provocada por inúmeros fatores. E não satisfeitos com isso, ainda aceitamos, sem lutar, que doenças “velhas e quase extintas”, e que são passíveis de prevenção, reapareçam.

Eu poderia citar algumas questões relacionadas ao H1N1, ao HPV, que têm proteção vacinal, mas enfrentam resistência de grupos radicais ativistas e a desinformação tanto da população quanto de profissionais da saúde.

Poderia falar de doenças que não têm proteção vacinal, como a dengue, por exemplo, que seria evitada com atitudes simples de cidadania e de respeito ao próximo, bastando, apenas, evitar as águas paradas que colaboram com a proliferação do Aedes (mosquito responsável pela contaminação). Vale lembrar que a dengue não é contagiosa, ou seja, cada indivíduo com a doença foi picado por um mosquito contaminado.

Parece que estamos voltando aos tempos de Oswaldo Cruz, que em 1904, quando era Diretor-geral da Saúde Pública do Brasil, e já diretor do recém-criado Instituto Soroterápico Federal (1900), que viria a se transformar na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), organizou campanhas para erradicação da peste bubônica, da febre amarela e da varíola no Rio de Janeiro.

Na época, Oswaldo Cruz, bacteriologista e médico sanitarista, organizou uma operação com os batalhões “mata-mosquitos” que eliminariam os focos dos insetos que transmitiam as doenças (especialmente a febre amarela). Com o apoio do então Presidente da República, Rodrigues Alves, foi decretada a obrigatoriedade da vacinação (31/10/1904) e essa atitude provocou uma grande revolta do povo e de militares. A cidade viveu então, entre 10 e 16 de novembro de 1904, a Revolta da Vacina, com violentos conflitos urbanos.

A maioria da população desconhecia o funcionamento das vacinas e seus efeitos positivos e se negaram a receber as visitas de agentes de saúde, até com violência física. Houve ataques e depredação de prédios públicos, lojas, bondes. Foi decretado estado de sítio na cidade do Rio de Janeiro, controlou-se a revolta com presos, feridos e mortos. A campanha prosseguiu e aí a varíola foi controlada com diminuição progressiva a cada ano, sendo que em 1906 não houve casos da doença. Em 1908, a cidade foi atingida pela mais violenta epidemia de sua história e aí, diferente da revolta anterior, o povo correu para ser vacinado.



POLIOMIELITE DE VOLTA

Atualmente, duas doenças estão retomando um espaço que não mais existia. O New York Times mostra, em grande matéria de 5 de maio, o ressurgimento da poliomielite na África e Ásia e as preocupações em relação a essa situação.

No dia 5 de maio de 2014, o Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de emergência global contra a poliomielite. Essa á a segunda vez na história que a OMS tomou essa atitude. A primeira vez aconteceu com a gripe A em 2007.

O vírus que era considerado extinto há 3 anos, após grande campanha de vacinação mundial, estava limitado a 3 países: Nigéria, Afeganistão (onde a queda foi de 50% dos casos desde o início da campanha) e Paquistão, que não conteve a disseminação para Síria, Iraque, Camarões, Etiópia, Israel e Somália.

O Comitê de Emergência emitiu uma recomendação para que os governos controlem a saída dos turistas não vacinados do Paquistão, Síria e Camarões. A atual situação da Síria (guerra), com 3 milhões de refugiados, que podem estar levando os vírus a outros países vizinhos, apesar de não haver descrição de casos no país há 14 anos. Vale lembrar que, apesar de haver muitos casos já descritos, a época da maior disseminação do vírus nessa região ainda vai chegar, entre maio e junho.

Grande parte da responsabilidade está no enfraquecimento da vigilância e da vacinação por conta das guerras e da situação nesses países.

Estamos às portas da Copa do Mundo aqui no Brasil e devemos receber turistas provenientes dessas regiões (Camarões, Nigéria, são seleções que estarão participando nos meses de junho e julho da competição).

Vocês já estão com sua vacinação contra paralisia infantil em dia?


COQUELUCHE COM SEUS DIAS CONTADOS?

Seria bom se fosse verdade. Sabe esse quadro comum hoje em dia entre as crianças com tosses intensas, com duração de mais de um mês, que nenhum remédio resolve? Então...

Após um longo período de recesso, sem aparecimento da doença, desde 2010, estamos vivenciando a volta da coqueluche, a já não tão conhecida “tosse comprida”. A vacina contra a coqueluche faz parte do calendário oficial aos 2, 4 e 6 meses com reforços aos 15 meses e 4 anos, compondo com a difteria e tétano, a vacina tríplice bacteriana.

Nesse retorno, os adoecimentos e mortes ocorreram em crianças com calendário vacinal ainda não completos e as mortes, principalmente, no grupo ainda não vacinado (até 2 meses de idade). Estudos mostraram que as mães foram o foco da transmissão em 30 a 35% dos casos.

A queda de 50% da proteção da imunidade promovida pela vacina não era esperada após 10 anos e esse fato levou à recomendação de imunização de todas as gestantes com a vacina tríplice acelular adulta, no último trimestre de cada uma de suas gestações, para trazer proteção para cada recém-nascido.

A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunização já fazem essa recomendação em seus calendários desde 2013. Infelizmente, essa informação ainda não teve ainda o mesmo eco entre os obstetras como recomendação rotineira. Já existe o planejamento de aplicação gratuita dessa vacina para 2015 no SUS, para o grupo de gestantes, ainda em data e calendário a ser divulgado.

Um estudo recente publicado no JAMA (The Journal of American Medical Association), estudou a segurança e a imunogenicidade da vacina durante a gestação para mães e crianças. O estudo contou com a participação de 33 gestantes que receberam a vacina e de 15 que receberam placebo, entre a 30º e a 32ª semanas de gravidez e a vacina tríplice acelular adulta após o parto.

A conclusão foi de que inicialmente, com esses dados, não houve aumento de risco de efeitos adversos nesse grupo estudado pela vacina tríplice acelular aplicada (entre a 30ª e a 32ª semanas de gestação).

Além disso, constatou-se uma alta concentração de anticorpos anti-pertussis em bebês durante os 2 primeiros meses de vida e não modificou a imunidade dada pela vacina tríplice aplicada (até os 18 meses). Vale ressaltar que não houve nenhum caso de coqueluche nem nas mães e nem nos bebês do estudo.

Ainda se esperam mais estudos, com um grupo maior de mães, para confirmar definitivamente a segurança e eficácia dessa vacinação.

Esses são apenas dois dos inúmeros exemplos que poderíamos citar. A vacinação é uma forma de proteção ética, segura, com efeitos colaterais conhecidos e controláveis. Minha opinião, como pediatra e homeopata: Vacinem seus filhos.



Por Dr. Moises Chencinski (clique aqui para ler mais)





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