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Cirurgia plástica após a bariátrica: qual o melhor momento?

“Geralmente, pacientes que foram assistidos por uma equipe multidisciplinar estão melhores preparados para a etapa da plástica. Aqueles que apresentam um quadro de depressão ou algum outro tipo de problema requerem mais atenção”, defende o cirurgião plástico Ruben Penteado.

A cirurgia para tratamento da obesidade mórbida – cirurgia bariátrica – vem sendo realizada há cerca de 15 anos e já tem o seu lugar definido no tratamento de pacientes obesos. O procedimento apresenta bons resultados na perda de peso, causando reflexos positivos na qualidade de vida, na imagem corporal e na melhoria da saúde física e mental dos pacientes que a ele são submetidos. Segundo dados do SUS, em 2006, foram feitas mais de 2,5 mil cirurgias bariátricas, e, desde 2002, ocorreram 9.945 cirurgias deste tipo, ao custo de R$ 31,5 milhões.

Um questionamento muito comum que surge após a realização da cirurgia bariátrica é sobre a necessidade da realização de uma cirurgia plástica para retirada do excesso de pele do paciente. Segundo o cirurgião plástico, Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, “a partir da grande demanda pela cirurgia bariátrica, os cirurgiões plásticos tiveram que se dedicar ao desenvolvimento de técnicas específicas para estes pacientes, que têm em comum um grande volume de pele”.

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a maior concentração de obesos mórbidos está nas regiões Centro-Oeste e Sul do País. Nessas regiões, o índice chega a 5% da população, dois pontos acima da média nacional.

FONTE: SBCB

A cirurgia plástica deve ser feita quando o objetivo da perda de peso estipulada pelo cirurgião bariátrico for atingido ou quando ocorreu a estabilização do peso do paciente. A estabilização do peso ocorre geralmente entre 01 e 02 anos após a cirurgia bariátrica. Ainda assim, o cirurgião plástico deve selecionar os pacientes que estejam com IMC abaixo de 30. “Quando o IMC, Índice de Massa Corpórea, estiver acima de 30, a cirurgia só deve ser feita se houverem razões fortes, como por exemplo, quando a sobra de pele e o excesso gorduroso prejudicam a locomoção do paciente”, diz Ruben Penteado.

A cirurgia plástica da obesidade é importante para os obesos grau 3, anteriormente chamados de obesos mórbidos. “Estes pacientes perderam muito peso depois que se submeteram à cirurgia bariátrica. São pessoas que perderam a elasticidade da pele, fato que prejudica não apenas o aspecto estético, mas algumas funções básicas da vida”, explica o cirurgião plástico.

Os problemas dos pacientes começam com prejuízos à postura e ao equilíbrio causados pelo excesso de pele. “Depois, podemos citar os problemas de integração social e de relacionamento sexual. Acentua-se o incômodo causado pelas dermatites localizadas nas dobras de pele”, diz o cirurgião. O médico destaca que é preciso observar, cuidadosamente, o paciente, antes da realização da cirurgia plástica. “Geralmente, pacientes que foram assistidos por uma equipe multidisciplinar estão melhores preparados para a etapa da plástica. Aqueles que apresentam um quadro de depressão ou algum outro tipo de problema requerem mais atenção”, defende.

A obesidade pesa não só na balança, mas também no bolso. De acordo com o estudo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, os obesos mórbidos geram gastos adicionais à família que chegam a 44% do orçamento – dinheiro que vai para pagar médicos e remédios. A pesquisa também revelou que 91% dos obesos mórbidos têm outros problemas de saúde. Os mais comuns são hipertensão, doenças vasculares e nas articulações, além de depressão.

FONTE: SBCB

Qual o melhor momento?

O melhor momento para se submeter a este tipo de cirurgia plástica é quando o paciente estabiliza seu peso, com a alimentação considerada normal para ele depois da cirurgia bariátrica. “Ou seja, quando o paciente pára de emagrecer é o momento certo para fazer a cirurgia plástica da obesidade. O IMC dentre outros indicadores, ajuda a determinar o peso ideal não só para realizar a cirurgia plástica com sucesso, mas também para proporcionar qualidade de vida a este paciente”, diz Penteado. Para definir o melhor momento é fundamental também uma avaliação clínica e psicológica detalhadas. Tais pacientes estão mais sujeitos à alterações como anemia e distúrbios metabólicos do que a população em geral. “Além disso, quadros como depressão, alcoolismo e uso de drogas também podem estar presentes”, afirma o médico.

Em geral, estes pacientes são ser submetidos a mais de um procedimento. “As cirurgias mais procuradas são a abdominoplastia (para corrigir o abdômen em avental), a mamoplastia, a braquioplastia (para retirada dos excessos dos braços), a cirurgia de coxas, a lipoaspiração e o lifting facial, que serão feitas de maneira isolada ou em combinações, dependendo de cada caso, e, visando, principalmente a segurança da intervenção”, explica Ruben Penteado. Retoques posteriores, muitas vezes, são necessários.

Queixa mais recorrente

A primeira e mais recorrente queixa dos pacientes que se submeteram à cirurgia bariátrica é a da formação de um avental de pele sobre o abdômen, provocado pela flacidez do tecido cutâneo. “Depois, aparecem outras necessidades, como cirurgias plásticas de mama, coxa, braço e tórax que, de certa forma, complementam a cirurgia de abdômen”, afirma Ruben Penteado.

Geralmente, este avental, formado pelo excesso de pele, vai até a região pubiana e em casos mais acentuados pode chegar até meio da coxa. Este excesso de pele provoca um desequilíbrio no corpo, que é compensado pelo desenvolvimento da musculatura e pelo reposicionamento da coluna.

O pós-operatório

Para cada paciente há uma resolução cirúrgica e recomendações distintas no período pós-operatório. Segundo Ruben Penteado, de uma maneira geral, “a primeira semana é a mais importante, pois hemorragias, infecções, necroses e edemas podem ser evitadas simplesmente com repouso e curativos adequados”, diz o médico.

Alguns cirurgiões não fazem uso de drenos, outros usam pequenos drenos (penrose) que são retirados 24 a 48 horas após a cirurgia, e ainda existem cirurgiões plásticos que preferem deixar drenos por 07 a 10 dias, principalmente após abdominoplastias. “Após a primeira semana, o repouso ainda é importante para evitar a formação de seroma - líquido formado por extravasamento linfático e tecido gorduroso liquefeito. O seroma, quando detectado deve ser puncionado e assim não acarretará problemas”, explica o cirurgião.

Somente após 01 mês após a plástica há a liberação para fazer caminhadas, dirigir, trabalhar, para alguns exercícios físicos e até para a retomada das relações sexuais, desde que o paciente seja bem orientado. “Até os 03 meses, costumamos recomendar o uso de cintas e faixas, pois o alargamento de cicatrizes ainda pode ocorrer”, alerta Ruben Penteado.

Protetores solares fator 50 (ou ainda maiores) devem ser utilizados, sempre, sob os biquínis, sungas, camisetas, até o clareamento das cicatrizes, que ocorre geralmente por volta dos 06 meses após a cirurgia plástica.

SERVIÇO:
Centro de Medicina Integrada
Endereço: Rua Tuim, 929 - Moema
São Paulo-SP
Tel: (11) 5535 0830
www.medintegrada.com.br
E-mail: rubenpenteado@terra.com.br




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