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O que as novas diretrizes da Academia Americana de Pediatria recomendam para o check-up de bebês, crianças e adolescentes? Vejam aqui!

11/04/2014

Adolescentes devem ser rastreados para o HIV e para a depressão

Novas diretrizes publicadas pela Academia Americana de Pediatria recomendam pela primeira vez que adolescentes saudáveis sejam rastreados para depressão em seus exames anuais e que o teste de colesterol de rotina comece a ser realizado em crianças em idades mais jovens.




O documento também traz outras recomendações importantes para bebês, crianças e adolescentes, que devem ser observadas durante as consultas médicas regulares com o pediatra, como por exemplo, o teste de HIV para adolescentes e a avaliação do estado nutricional de crianças que apresentem quadros de anemia por deficiência de ferro.

A última revisão das diretrizes da entidade havia sido feita em 2007, a atualização divulgada em fevereiro, deste ano, inclui diversas mudanças e novas recomendações e avaliações de saúde que devem ser feitas entre a infância e a adolescência. As diretrizes são concebidas como um guia para pediatras, visando oferecer às crianças os cuidados preventivos apropriados para cada faixa etária.

A meta é ajudar as crianças a crescerem mais saudáveis, respaldadas por uma triagem médica mais eficaz sobre as questões de desenvolvimento que podem ter um impacto real sobre a saúde durante a infância e na idade adulta.


Alguns destaques das novas recomendações americanas de cuidados preventivos em relação às crianças incluem:


• Teste de colesterol é agora recomendado nas idades de 9 e 11. Todas as crianças, independentemente da história familiar de doença cardíaca ou de fatores de risco, devem ter seu colesterol total e HDL verificado uma vez por ano a partir de 9-11 anos de idade. Anteriormente, o primeiro teste para aferir o colesterol era feito em jovens em idades entre 18-21 anos. “Essa alteração foi feita porque já sabemos que as crianças com maior risco para a hiperlipidemia familiar e doença cardíaca, muitas vezes, não têm fatores de risco identificáveis. Algumas dessas crianças parecem perfeitamente saudáveis, por isso é importante identificar essas crianças cedo”, explica o Pediatra e Homeopata, Dr. Moises Chencinsky, clique aqui (CRM-SP 36.349). A nossa 1ª Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar (HF), de agosto de 2012, traz outras recomendações para crianças, como, por exemplo, triagem de perfil lipídico a partir de 2 anos de idade em crianças com história familiar (pais ou avós) com problemas arteriais antes dos 55 anos, ou com pais que tenham seus níveis de colesterol total acima de 240, além de fatores associados à própria criança, como hipertensão, obesidade, diabetes, alimentação inadequada, dentre outras;


• Adolescentes devem ser rastreados para depressão. Pela primeira vez, jovens entre 11-21 anos terão que responder a algumas perguntas rápidas sobre seu estado de espírito. “Adolescentes estão em risco significativo para a depressão e o novo teste de triagem da Academia Americana de Pediatria, que leva menos de um minuto para ser feito, oferece aos pediatras uma forma mais precisa de identificar as crianças que podem estar se sentindo para baixo”, diz o pediatra;


• Os médicos devem avaliar o risco dos adolescentes para o uso de drogas e álcool. As recomendações anteriores preconizavam que esta avaliação fosse feita entre os jovens com idades entre 11-21 anos, mas os pediatras não tinham orientações sobre como fazer essa avaliação. “Agora há uma ferramenta de triagem precisa, validada cientificamente, e não de julgamento, para identificar os adolescentes em situação de risco e aqueles que precisam de ajuda. Só é necessário mais divulgação a respeito”, informa o médico;


• Adolescentes devem ser rastreados para o HIV. É recomendado que as pessoas sexualmente ativas entre 11-21 anos façam exames para detectar as doenças sexualmente transmissíveis. “As diretrizes mais recentes acrescentaram o teste de HIV, o que sugere que todos os adolescentes devem ser rastreados para o HIV, entre as idades de 16-18 anos. A esperança é remover todas as sugestões de julgamento de quem deve e quem não deve ser testado. No Brasil, estatísticas do Ministério da Saúde, comparando dados de 2001 e 2011, mostram uma incidência de cerca de 18% de todas as gestações ocorrendo em adolescentes entre 15 e 19 anos”, defende o Pediatra, Dr. Moises Chencinsky, clique aqui;


• A triagem de mulheres jovens para os problemas cervicais deve esperar até 21 anos. Os testes de rotina em adolescentes em busca de sinais pré-cancerosos no colo do útero não são aconselháveis, pois é raro as lesões aparecerem em mulheres tão mais jovens;


• Os recém-nascidos devem ser rastreados para doenças cardíacas congênitas críticas antes de deixar o hospital. Os bebês precisam ser testados no início da vida para graves defeitos cardíacos presentes no nascimento. “No Brasil isso atualmente é possível pela introdução do Teste do Coraçãozinho (rápido, indolor), que mede a oxigenação do bebê, podendo identificar precocemente problemas cardíacos, favorecendo uma intervenção mais adequada”, explica o médico;


• A anemia por deficiência de ferro deve ser rastreada em crianças entre 15-30 meses. A detecção precoce de níveis baixos de ferro em crianças pode ajudar a prevenir atrasos de aprendizagem. “Nosso País apresenta uma incidência de anemia ferropriva de cerca de 50%. Durante os primeiros 6 meses de vida, bebês que nasceram em boas condições, que estejam em aleitamento materno exclusivo e que tiveram um clampeamento tardio de cordão (esperou-se o cordão parar de pulsar para que ele fosse cortado), comprovadamente apresentam estoque de ferro no sangue suficiente e adequado para os primeiros 6 a 9 meses. Após essa idade, ou em algumas condições especiais, há uma recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria para uma suplementação de ferro até os 2 anos para evitar problemas de crescimento e desenvolvimento nessas crianças”, diz o pediatra, que é membro do departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.



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