Colunistas

Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo
Qualidade de Vida
Artigos | Currículo   

O teste ergométrico

As indicações para a realização de um teste ergométrico (TE) em pacientes com suspeita ou com doença cardíaca conhecida envolvem, basicamente, a determinação de diagnóstico e prognóstico, além de avaliar o estado funcional dos sistema cardiovascular e procedimentos terapêuticos clínicos e/ou cirúrgicos. Pode ser divididas didaticamente em gerais e especiais. As gerais referem-se às situações em que o TE deve ser realizado por se mostrar de grande utilidade no estabelecimento do diagnóstico e orientação das condutas a serem adotadas, participando especialmente no processo de prevenção primária e secundária da coronariopatia ateroesclerótica obstrutiva. Entre essas indicações estão a doença arterial coronária, a hipertensão arterial, as arritmias e população sadia ou aparentemente normal (candidatos a programas de condicionamento físico com idade superior a 30 anos (sexo masculino) e 45 (sexo feminino)).


Na hipertensão pode-se avaliar:

(1) hipertensos com dois ou mais fatores de risco para doença arterial coronária;

(2) estudo do comportamento da pressão arterial frente a esforço, fornecendo subsídios para o diagnóstico precoce e avaliação prognóstica para o desenvolvimento de futuros hipertensos. Ainda, definir respostas pressóricas do tipo lábil, hipertensão reativa e hipertensão mantido ou fixa;

(3) avaliação para indivíduos em programa regular de exercícios. Define-se como hipertensão reativa a hipertensão diástólica que ocorre em indivíduos normotensos nas condições de repouso durante exercício físico. Alguns autores sugerem que estes indivíduos têm maior probabilidade de se tornarem hipertensos num futuro próximo. Pode-se dizer então, que o teste ergométrico identificaria um grupo de indivíduos com maior chance de se tornarem hipertensos, quando apresentam uma maior elevação da pressão arterial durante o exercício do que indivíduos normais. Observa-se que nos hipertensos estáveis há menor queda da resistência vascular periférica durante o exercício do que nos indivíduos normotensos.
O teste ergométrico pode também, avaliar a incapacidade cronotrópica que é a resposta anormal da freqüência cardíaca durante o esforço físico. A partir dela, podemos relacioná-la com o comportamento da pressão arterial sistólica, o volume sistólico e duplo produto, durante o exercício.
Para se obter a medida de VO2máx, vários protocolos foram elaborados e todos incluem um exercício inicial de baixa intensidade e exercícios progressivos com duração adequada em cada nível, além de período de recuperação. Dentre os mais utilizados, destaco:

- Protocolo de Bruce: é o protocolo mais conhecido e difundido em nosso meio. Deve ser empregado com cautela em pacientes cardíacos ou sedentários de baixa condição física.É um protocolo que avança em estágios irregulares que dificultam o ajustamento dos pacientes ao protocolo.

- Protocolo de Ellestad: a inclinação é constante até o 4º estágio e a intensidade varia com o aumento da velocidade. O incremento por estágio é de 3 METs.

- Protocolo de Astrand-Astrand: Esse nomograma, foi o primeiro a ser desenvolvido para predição de VO2 máx a partir de dados submáximos. Baseia-se nas idéias de que (1) a FC durante o exercício submáximo aumenta quase linearmente com a captação de oxigênio e (2) a FC máxima das pessoas testadas (18 a 30 anos) é de aproximadamente 195 bat/min. No entanto, admite-se que o nomograma se torna mais preciso quando se utilizam FC entre 125 e 170 BPM para se fazerem as predições de VO2 máx. Posteriormente, o nomograma foi revisto e atualmente pode ser usado para homens e mulheres a partir dos 13 anos e, além da esteira e da bicicleta, podem-se fazer predições durante a subida no banco. Para as pessoas com mais de 25 anos devem-se utilizar fatores de correção para idade. Isso porque, embora a FC e o consumo de oxigênio durante o trabalho submáximo não variem muito com a idade, o VO2 máximo declina. Assim sendo, o VO2 máx é superestimado em idosos.

- Protocolo de Naughton: para pacientes de baixa ou muito baixa capacidade funcional máxima cardiorrespiratória e pacientes pós-IAM e sob reabilitação cardíaca, proporciona cerca de 1 MET a cada 2 minutos. Nos pacientes pós-IAM, 8 a 14 dias após o "ataque cardíaco", o "end-point"do teste é atingir 5 METS ou uma FCMáx de 120 a 130 bpm.

- Protocolo de Balke: este consta de velocidade fixa em 3,3 milhas por hora e inclinações de 1% a cada minuto.








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