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Profa. Priscilla de F. de Arruda Camargo
Qualidade de Vida
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As funções dos hormônios

Para que consigamos obter sucesso em nosso programa de treinamento, temos que estar atentos a algumas variáveis, que podem comprometer um bom resultado de mudança corporal. A principal delas é o sistema endócrino - a produção de hormônios.

Hormônios são substancias que tem função específica dentro do nosso corpo. Em grande parte dos casos eles são liberados para atuar sempre em equilíbrio. Qualquer alteração, compromete as funções fisiológicas e caba se refletindo na forma física.

Pra entendermos melhor, vamos falar sobre os principais hormônios que atuam diretamente na aparência física de uma pessoa e também sobre as influencias que eles exercem em um programa de atividade física. Atenção... Todos os hormônios tem grande importância em nosso corpo, pois qualquer deficiência pode causar um desequilíbrio em série. Mas falando em músculos, podemos dizer que a TESTOSTERONA é o principal hormônio, na hora de conseguirmos bons resultados.

TESTOSTERONA

É através da testosterona que a proteína se fixa na célula, mas é necessário que haja quantidade suficiente desse hormônio para que ocorra o crescimento muscular – anabolismo. A sua deficiência, portanto, vai comprometer a produção e a manutenção da massa muscular. As mulheres tem bem menos testosterona do que os homens, e isso explica a menor quantidade de massa muscular e a decorrente dificuldade de emagrecimento que muitas mulheres tem.

Existem algumas maneiras naturais de se estimular a testosterona. A melhor delas é o exercício físico intenso. Esse tipo de exercício físico, tanto em homens como em mulheres estimula a secreção interna do hormônio testosterona.

HORMONIO DO CRESCIMENTO

Outro hormônio igualmente importante no processo metabólico de construção de músculos é o hormônio do crescimento, que é liberado em quantidades grandes durante nossa infância e adolescência, começando a regredir na fase adulta, até cessar por completo. Alem de ter funções anabólicas, ou seja, de ganho de massa muscular, esse hormônio tem uma função lipotrópica muito grande, sendo bastante responsável pela utilização das gorduras como fonte de energia. A deficiência do hormônio do crescimento na fase adulta, ou a diminuição de sua produção, é um grande prejuízo, pois pode provocar um maior acúmulo de gordura e uma grande perda de massa muscular.

O exercício físico é um ótimo incentivo para o corpo produzir hormônio do crescimento. Neste caso o exercício físico não precisa ser necessariamente pesado, mas deve ser intenso. É necessária uma grande quantidade de esforço, para que o corpo se sinta obrigado a liberar esse hormônio. Existem tratamentos à base de hormônio do crescimento sintético que podem ser utilizados, contando que se observe uma rigorosa orientação médica.

INSULINA – Ativada pelos carboidratos.

Esse é outro hormônio que também tem função anabólica. A insulina é produzida pelo pâncreas e liberada quando consumimos carboidratos. Tal processo traz alguns benefícios, como a mobilização de carboidratos e de aminoácidos para dentro das células, o que faz com que tenhamos matéria prima para a construção muscular. Acontece que a insulina acaba levando também gordura para dentro da célula adiposa, o que significa que de nada adianta respeitarmos todos os processos corretamente se estamos ingerindo uma grande quantidade de gordura, ou permitindo que o excesso de carboidrato se transforme em gordura.

Pois esse excesso vai fazer com que a célula de gordura inchada promova um aumento da taxa de gordura corporal e uma diminuição do aspecto saudável e bonito de nossa musculatura. Por isso o ideal é ingerir carboidratos em pequenas porções, em várias refeições ao dia, evitando que o excesso no corpo se transforme em gordura.

ESTRÓGENO E PROGESTERONA – Hormônios femininos.

O estrógeno é o hormônio responsável por características sexuais femininas, como o crescimento de mamas e o acúmulo de gordura em algumas regiões do corpo. Esse acúmulo tem algumas funções vitais, como proteção do feto e reserva energética para o bebê, em caso de gravidez. A natureza não consegue, porém, distinguir se é preciso ou não fazer essa reserva, e é por isso que o organismo muitas vezes acaba retendo gordura e água, mesmo em casos indesejáveis. Uma quantidade muito grande de estrógeno faz com que as mulheres retenham gordura principalmente nos quadris, e água em todo o seu corpo. A maneira encontrada para modificar esse desequilíbrio é regular a produção de estrógeno, e para isso é necessário que consulte seu médico. Se os hormônios estiverem equilibrados, vai ser mais fácil mobilizar as gorduras e eliminar a retenção de líquidos.

A progesterona é o hormônio que atua equilibrando o estrógeno no organismo feminino. Se a progesterona estiver muito baixa, ela não consegue restringir a produção de estrógeno no meio do ciclo menstrual, a partir da ovulação. Conseqüentemente, é importante que os dois hormônios estejam em equilíbrio. Para isso são necessários testes laboratoriais e a orientação de um endocrinologista. Devemos ficar sempre atentas ao equilíbrio de nossos hormônios, sendo assim preste muita atenção a sintomas que indicam alguma disfunção: excesso de retenção de liquido, acúmulo de gordura em determinadas regiões, falta de ânimo, cansaço e falta de motivação. Nesses casos procure um médico imediatamente.

HORMONIOS PRODUZIDOS PELA TIREÓIDE

São dois os hormônios secretados pela tireóide: o T4 (tiroxina) e o T3 (triodotironina). O T3 age com mais rapidez por ser a forma mais ativa do hormônio tireóideo. No entanto as células conseguem metabolizar o T4 transformando-o em T3, o que o faz igualmente importante. Esses hormônios são fundamentais para regular a taxa metabólica de todas as células e aumentar o metabolismo dos carboidratos e gorduras. Quer dizer, uma pessoa com elevada produção de tiroxina, consegue perder gordura com bastante rapidez. È importante então, um eficiente acompanhamento médico, para certificar-se de que os níveis desses hormônios estão atuando e trabalhando a seu favor.

Liberação de hormônios induzido pelo exercício

Um período agudo de atividade física estimula a liberação do GH e, ao ser aumentada a intensidade do exercício, observa-se uma elevação brusca na produção de GH. Esta seria uma resposta benéfica para o crescimento do músculo, do osso e do tecido conjuntivo, assim como para aprimorar a mistura metabólica durante o exercício.

Já a prolactina, que tem um efeito de mobilizar os ácidos graxos, também aumenta com o exercício. Uma curiosidade: por causa da sua importante função sexual das mulheres, sua liberação induzida pelo exercício atua nos ovários e contribui para alterações no ciclo menstrual, observada em mulheres atletas, aquelas que faze exercício visando alta performance, com prática extremamente intensa e mais de 5x/semana. As endorfinas, que bloqueiam a dor que promovem a euforia, podem afetar a alimentação e o ciclo menstrual da mulher. Elas aumentam com o exercício de longa duração. Os hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, controlam o ciclo menstrual e aumentam a deposição de gordura. Aumentam com o exercício, mas depende da fase menstrual.

As “famosas” endorfinas aumentam em geral como resposta ao exercício. A elevação de beta-endorfina durante o exercício aumenta em até 5 vezes em relação ao nível de repouso, com valores ainda mais altos ocorrendo no cérebro. Para o exercício aeróbico, a intensidade do exercício é um fator primário capaz de estimular as elevações dos níveis plasmáticos de beta-endorfina. Com o exercício de resistência, a liberação de beta-endorfina responde diferentemente aos vários protocolos de exercícios, com o protocolo de maior duração e os intervalos entremeados de repouso mais longos acarretando a maior resposta. O efeito mais notável destes hormônios foi seu papel desencadeante da denominada “alegria do exercício” – um estado descrito por alguns como euforia e jovialidade à medida que progride a duração do exercício aeróbico, de moderado a intenso.








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