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Dr. Luiz Felipe Scabar
Saúde Bucal
Artigos | Currículo   

Como está o tratamento da cárie?

No passado as doenças bucais, como a cárie, acometiam praticamente todos os indivíduos, muitos perdiam seus dentes ainda jovens. O tratamento era praticamente único, a extração, pouco se conhecia sobre a causa das doenças.

O avanço das pesquisas em relação à cárie nas últimas décadas permitiu melhor compreensão do processo de desenvolvimento da doença, bem como da possibilidade de controle da sua instalação e evolução nos seus estágios mais precoces, portanto, nos últimos anos a odontologia deixou de ser somente cirúrgico-restauradora e entrou no campo da prevenção e promoção da saúde.

A redução da cárie nas últimas décadas, quando falamos em saúde bucal, foi um dos fatos mais importantes do século 20. Em vários países houve um forte declínio na média geral de dentes atacados, além de um aumento na quantidade de pessoas que nunca tiveram cárie. No início da década de 70, nos países industrializados mais desenvolvidos, o índice de cárie médio em crianças de 12 anos de idade variava entre 5 e 9 dentes atacados pela doença em cada indivíduo. Após vinte anos, o índice foi reduzido para cerca de 1. Em nosso país, segundo o levantamento epidemiológico SB Brasil, a média de dentes atacados pela cárie, para idade de 12 anos, está em 2,8 dentes por indivíduo, sendo que a região Sul e Sudeste apresentam índice 2,3, região Nordeste 3,2 e Norte, Centro Oeste 3,1. Estes números, em muitos estados e municípios, já superam a meta prevista pela Organização Mundial da Saúde para o ano 2000; índice igual ou menor a 3 dentes atacados por cárie em relação as crianças de 12 anos de idade.

Embora tenha havido uma melhoria substancial na saúde bucal em vários locais e em todos os grupos sociais, uma quantidade muito grande de pessoas ainda sofre de problemas odontológicos.

Estados da região Norte e Nordeste ainda apresentam índices altos, é preciso uma atuação mais eficaz, um exemplo seria o tratamento das águas de abastecimento, e consequentemente, a fluoretação, adicionar flúor nas águas é um dos avanços mais importantes em saúde pública, sendo considerado o método de prevenção de cárie mais efetivo em termos de abrangência coletiva. A falta da fluoretação reflete nos números obtidos pelo último levantamento nacional, onde estas regiões apresentaram os piores índices de saúde bucal.

A combinação água fluoretada e a escovação utilizando pastas de dente com flúor (dentifrício fluoretado) tem sido os grandes responsáveis pelo declínio da cárie, porém o grau de instrução, a educação em saúde bucal, o controle da dieta, reduzindo os alimentos compostos por açucares entre as refeições (conhecido, no meio odontológico, como "convívio inteligente com o açúcar") e a motivação da população, devem ser mais trabalhados em programas preventivos de saúde bucal, pois precisamos combater outras doenças bucais, manter os níveis de saúde conquistados e buscar índices ainda menores. É preciso transmitir informações e mudar as atitudes, acreditando-se que as pessoas, uma vez bem informadas, passem a adotar um comportamento saudável.








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