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Nilson Redis Caldeira
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Você acredita que é errado namorar pessoas casadas?

Qual será a resposta que você deu a esta questão?

Independente de qual seja a resposta, ela reflete nossos valores e crenças. Porém, será que duas pessoas que tem os mesmos valores e crenças podem dar respostas diferentes? Vejamos as duas situações em uma pesquisa sobre a pergunta “você acredita que é errado namorar pessoas casadas?”

A primeira pessoa com base em seus valores e por acreditar na fidelidade da relação afirma categoricamente: “Eu acho errado. Eu não faço isso e não gostaria que fizessem isso comigo. Eu sou casado e acho errado namorar outra pessoa que é casada, para mim isto é traição!”

A segunda pessoa que tem os mesmos valores e também acredita na fidelidade da relação afirma: “Eu acho certo”.


Com quais das pessoas você se identificou mais? Quem tem mais tendência a ser um Don Juan? Qual destes dois homens você gostaria de estar casada?

Agora, se o segundo entrevistado completar sua frase desta forma; “Eu acho certo sim. Sou casado e adoro a minha esposa por isso eu namoro ela todos os dias. Acho que pessoas casadas devem namorar sempre para manter acessa a chama da paixão.”

Neste segundo caso ele esta namorando uma mulher casada que é a própria esposa e sua leitura da frase foi em função do referencial de mundo que este segundo entrevistado possuía.

As pessoas reagem as suas próprias percepções da realidade. Desta forma no processo de comunicação algumas pessoas ao ouvirem apenas o início da frase da segunda pessoa, poderiam julgá-lo de uma forma bem diferente. Poderiam atribuir a esta pessoa uma imagem deturpada, de um homem aproveitador e quem sabe um Don Juan a procura de novas vítimas.

Já o primeiro homem seria alguém equilibrado e de valores, e eventualmente poderíamos até julgá-lo como referência de um bom marido. A partir do momento que o processo de escuta é mais amplo a imagem que se constrói é totalmente diferente.

O segundo homem esta dizendo que é fundamental namorar uma mulher casada (sua esposa), todo o dia e daí a percepção que temos é que este segundo homem é além de fiel, vinculado a valores, tem um diferencial no mundo de hoje que é ser extremamente romântico.


A comunicação mal-feita pode afetar comportamentos e relacionamentos.

As pessoas interpretam o mundo, e neste caso respondendo uma simples pergunta, com base nos mapas que formaram a partir de suas experiências, tanto internas como externas. E neste processo acaba os padrões de linguagem acabam impedindo ou obscurecendo o real significado da comunicação. Isto ocorre com freqüência no dia-a-dia das pessoas e das empresas. Se ainda considerarmos os novos recursos de comunicação como Skype, Facebook e Twitter, onde a concisão e a criação de uma nova linguagem não são comuns a todos que utilizam estes recursos, a possibilidade de termos comunicação deficiente e por conseqüência interpretação diferente, é bem grande.


Como podemos melhorar a nossa comunicação e por conseqüência os relacionamentos.

A Programação Neurolinguística apresenta um recurso chamado Metamodelo que faz o processo inverso da linguagem. Através de um conjunto de padrões de linguagem e perguntas, reconecta-se os desvios de linguagem a experiência que deu origem. Desta forma a comunicação deixa a estrutura superficial e vai para sua estrutura mais profunda, onde realmente esta o que a pessoa quer dizer.

A linguagem não traduz a realidade, é apenas a representação da realidade conforme ela é percebida. Por ser um pedaço da realidade ele aparece generalizado, omitido ou distorcido, porém orienta-nos em relação ao mundo real. Os Metamodelos da Programação Neurolinguística trabalham estes três estados da linguagem; generalização, omissão ou distorção.


Generalização – “Homem não chora”

É o processo pelo qual os elementos ou partes do modelo de uma pessoa afastam-se de sua experiência original, e vêm a representar toda uma categoria da qual a experiência é um exemplo.

Uma frase comum que acabou se generalizando é “homem não chora”. Oculto dentro desta frase pode perceber a mensagem que os homens não devem expressar seus sentimentos. Bom, se considerarmos que você está em um campo de prisioneiros de guerra, talvez seja positivo não expressar os sentimentos. Entretanto, como se trata de uma generalização, inconsciente os homens podem achar que não devem expressar seus sentimentos em seu próprio casamento, para sua esposa. Será que esta é uma situação comum hoje em dia? Pois é, temos que considerar que a própria pessoa talvez não tenha escolha porque em seu mundo não existe a possibilidade de expressar sentimentos.

Certos traumas podem permanecer em uma família simplesmente com emprego da linguagem. Da mesma forma que uma mãe em função das decepções que sofreu com o marido chega para a filha e afirma categoricamente “homem não presta”. Através do Metamodelo desafia-se a linguagem perguntando “no mundo inteiro não tem um homem que presta?”


Omissão – “Ninguém gosta de mim”

É o processo pelo qual prestamos atenção seletivamente a certas dimensões da nossa experiência e excluímos outras. Vocês já ouviram esta frase “ninguém gosta de mim”.

Uma pessoa pode ficar repetindo esta frase sua vida inteira sem que ninguém questione o fundamental, ou seja, quem realmente não gosta dela. A pessoa inconsciente omite quem não gosta dela e depois passa a generalizar este fato.



Distorção – Porque você é tão insensível?

É o processo que nos permite fazer substituições em nossa experiência de dados sensoriais. Desta forma as informações são distorcidas de uma maneira que limita as escolhas. São muito comuns as frases “Quando o tempo amanhece feio eu me sinto triste” (mesmo que tenha tido uma noite excelente?) ou “porque você é tão insensível? (você é insensível?)”



Melhorando a comunicação, melhorando os relacionamentos

É importante entender que em nossa comunicação no dia-a-dia o significado da mensagem é a reação que ela provoca na outra pessoa, independente da nossa intenção. Portanto, do lado do emissor não podemos culpar as outras pessoas se elas têm reações diferentes das quais nos esperamos. Elas estão reagindo de acordo com seu mapa de mundo.

Como receptores devemos estar mais atentos a questões lingüísticas e sempre questionar quando tivermos dúvidas. Portanto, a partir de agora se alguém perguntar se você namoraria uma pessoa casada, você tem mais opções para sua resposta. E como é um pressuposto da Programação Neurolinguística, ter opções é melhor do que não ter opções.













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