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30/07/2011
A Longevidade para os Brasileiros

“No início de 2011 foi divulgado pelo jornal A Folha de S. Paulo, uma pesquisa encomendada pela seguradora de saúde Bupa ao instituto Ipsos e à London School of Economics que mostrou que mais de 80% dos brasileiros usam a internet para buscar informações sobre saúde, remédios e condições médicas. Pensando nisto, o Portal Sentir Bem, inovou mais uma vez. Nada melhor do que lançar esta novidade inédita com a ajuda do Ministério da Saúde, para informar a população sobre tudo que está sendo feito para você ter saúde e se sentir bem! Sejam bem vindos à este novo CANAL DA INFORMAÇÃO!”

Por Priscilla de Arruda Camargo, idealizadora do Canal Direto com a Saúde Brasileira


A Longevidade para os BrasileirosPor Priscilla de Arruda Camargo
Chegar aos 100 anos de idade é um feito para poucos, certo? Não, errado! A cada década, o povo brasileiro está cada vez mais longevo. Baseado nesta premissa, que o Ministério da Saúde e nosso Ministro, Sr. Alexandre Padilha, estão atentos à melhoria da qualidade da saúde dos brasileiros. Podemos dizer que a longevidade é uma questão de oportunidade, genética, ambiente e disposição. O brasileiro está com maior expectativa de vida, isto é fato. Até 1940, a média de idade dos brasileiros era de 41,5 anos. Em 2010 este número quase dobrou, chegando a 73,1 anos e, em 2050 a previsão é de chegarmos bem pelo menos aos 81,3 anos.



Pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mostrou que os investimentos em saúde e educação, são os que mais retornam ao Produto Interno Bruto (PIB), este que representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, melhorando assim, a condição financeira de um país.


Mas como chegar lá?

Várias políticas de saúde estão sendo, aos poucos, implantadas. Uma delas é a redução de sódio e isenção de gorduras trans nos alimentos industrializados. Mas, além de ações deste tipo, você precisa contribuir com pelo enos 5 (cinco) hábitos recomendados, já conhecidos:

- atividade física orientada e regular
- controle de peso
- alimentação equilibrada
- não fumar
- diminuir o estresse

Quando se tem os cinco hábitos de vida citados anteriormente, você já estará contribuindo para evitar as doenças crônicas, por exemplo, hipertensão e diabetes. Estas são um dos principais problemas atuais de saúde e tende a crescer no futuro. De acordo com o IBGE, os dados de 2003 assustam pois, são 52,6 milhões de brasileiros – ou 29,9% da população - dos quais 22,1 milhões eram homens e 30,5 milhões, mulheres, que são portadores de doenças crônicas. Pelos dados, no total, 9,7 milhões de pessoas tinham três ou mais doenças crônicas. Analisando estes números, o Ministério da Saúde deu continuidade ao Programa Saúde Não tem Preço, com a distribuição gratuita de medicamentos para algumas patologias.


Mas o que ajuda a longevidade?

Sabedoria, entre outras coisas, é reconhecer o que podemos ou não podemos mudar. A capacidade de mudar de perspectiva, ou seja, analisar os acontecimentos sob vários ângulos, pode ser um dos instrumentos mais poderosos e eficazes que dispomos para nos ajudar a resolver os problemas diários e, assim, melhorar a saúde, já que o estresse é um dos grandes males da atualidade e ele causa doenças.

Sempre buscamos viver mais e melhor, mas se não tivermos um objetivo maior e o prazer nas coisas simples da vida, de nada vai adiantar. Tem gente que questiona: “viver até os 100 anos para que, se não posso beber e fumar?” Se mudarmos a perspectiva, a resposta de viver 100 anos pode estar em: para estar com a família, para curtir seus netos, para viajar, para poder conviver mais com quem eu gosto. Tudo depende de como você encara as adversidades. E a forma de encarar vai ajudar na sua saúde.

De nada adianta os tratamentos mais modernos e a evolução da medicina, se você não colaborar. O brasileiro só tem o hábito de ir ao médico quando já está doente. A prevenção, que é um dos pilares da longevidade, ainda está longe de ser soberana. "No Sistema Único de Saúde (SUS), a pessoa só vai mesmo quando está doente, diz Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Professor Titular da Disciplina de Clínica Médica da Unifesp e Diretor da Escola Paulista de Medicina . Uma pesquisa do Ibope Mídia confirma a nossa teoria, revelando que 62% dos brasileiros só vão ao médico quando estão realmente doentes. O percentual é ainda maior entre os homens (64%).


Prevenção

Uma pesquisa realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, e outra na mesma linha de trabalho, realizada na Universidade de Harvard, demonstraram que algumas moléculas, pertencentes à família do polifenóis, encontrados – principalmente - no suco de uva e no vinho tinto, tem o poder de agir sobre um gene que aumenta a longevidade da célula. “O resveratrol é a substância mais capaz de potencializar a atividade do gene SIRT1 humano”, explica Dr. Drauzio Varella. Mas não é só ele que contribui para a longevidade. Afinal, o objetivo principal não é viver mais, e sim viver mais se sentindo bem.

Que a juventude por si só nos protege, é fato. Mas que o envelhecimento é implacável também é. Veja só, a mulher na década dos 30 anos está em seu auge biológico. Mas deve ficar atenta também pois, é também a partir dos 30 anos que o metabolismo feminino começa a ficar mais lento, preguiçoso. Uma vida boa aos 80 anos é conseqüência de uma prevenção desde a juventude. E como vimos, em 2050, a nossa expectativa de vida será 81,3 anos!

De vinte e cinco anos para cá, o número de mulheres que engravidam pela primeira vez após os 30 anos de idade triplicou no mundo. É a era do casal moderno, ou seja, procuram estabilidade nas relações afetivas e financeiras para depois vir à dedicação familiar. A mulher moderna está bem mais ocupada e não procura mais um marido para “ser casada” e sim para ter um companheiro para dividir emoções, decepções, conquistas e realizações.

O homem aos 30 anos não é muito diferente da mulher. Está em plena atividade, é o auge da potência sexual. Consegue ganhar 15% de massa muscular com uma rotina de exercícios constante. Após os 35 anos, ganha-se em média, 3 quilos a cada década. Já aos 40 anos, a perda de massa óssea é de 0,3% ao ano. Aos 60 anos, o homem já perdeu em torno de 5% de sua massa óssea. Como vemos, a queda do organismo é certa, mas pode ser prolongada. A mulher ainda tem o fantasma mais presente da osteoporose, agravada muitas vezes pela falta deste mineral na dieta alimentar desde a juventude e na falta da reposição exógena (ingesta de complementos). E, para finalizar, a gordura acumulada nos últimos anos aumentará o risco de diabetes e hipertensão, as tais doenças crônicas, que preocupam o Ministério da Saúde. Desanimador não? Se você pensar somente nos aspectos ruins e em doenças sim, mas se você se cuidar, o panorama pode ser diferente. E num é que a tal da perspectiva esta de volta à longevidade?

Tem muitas instituições e pessoas estudando para nos proporcionar uma melhor qualidade de vida. A Faculdade de Medicina da USP, através do Departamento de Geriatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo - chefiado por Dr. Wilson Jacob Filho – é uma destas instituições. Seus principais estudos e propostas, estão baseados em prolongar a qualidade de vida das pessoas e não apenas prolongar a idade. As pessoas devem se dedicar a viver mais com QUALIDADE, prevenção e informação ainda são os melhores remédios: menores custo, mas acessíveis e uma das principais bandeiras, tanto do Ministério da Saúde quanto do seu Portal Sentir Bem!

Agora é viver para crer. Ou será, crer para viver? O tempo dirá!

Sejam bem vindos ao novo Canal do Portal Sentir Bem!


Para quem ainda não sabe
Nosso Ministro da Saúde, Sr. Alexandre Padilha, é médico infectologista formado pela Unicamp, com especialização pela USP. Coordenou o Núcleo de Extensão em Medicina Tropical do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP (Numetrop/USP), entre 2000 e 2004, período que também foi coordenador de Projetos de Pesquisa, Vigilância e Assistência em Doenças Tropicais, no Pará, realizado em parceria com a OPAS e o Fundo de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial de Saúde. Ainda em 2004, assumiu o cargo de diretor Nacional de Saúde Indígena da Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Em setembro de 2009, assumiu o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Mas já atuava na coordenação política do governo Lula desde agosto de 2005, quando ingressou na Subchefia de Assuntos Federativos (SAF), a qual chefiou entre janeiro de 2007 até a posse como ministro.



Agora, com vocês, a palavra do nosso Ministro da Saúde, Dr. Alexandre Padilha, explicando a todos nós as ações mais recentes do Ministério da Saúde, os novos programas, bem como as diretrizes do Ministério! O Portal Sentir Bem agradece pela colaboração e enaltece a disposição!

ENTREVISTA COM O SR. MINISTRO DA SAÚDE, ALEXANDRE PADILHA

Priscilla (Sentir Bem) - Quando foi criado o “Programa Farmácia Popular”? Quais os principais benefícios para a população? Na sua gestão até agora, o que foi feito para dar continuidade e/ou melhorar o programa? Quais as patologias que o “Farmácia Popular” atende?

Ministro Alexandre Padilha: O programa foi criado em 2004 e se tornou um dos mais bem avaliados do Governo Federal. Distribui medicamentos com até 90% de desconto à população. Abrimos desde então 547 unidades em mais de 400 municípios brasileiros. São locais que oferecem 113 itens para as doenças mais comuns da população, como analgésicos, anti-hipertensivos, antibióticos, medicamentos para diabetes, colesterol, gastrite, depressão e outras doenças.

Em 2006, o Ministério da Saúde lançou o Aqui Tem Farmácia Popular, uma expansão do Programa Farmácia Popular do Brasil, pelo qual temos conveniadas 15.326 farmácias e drogarias particulares em 2,5 mil municípios. É por essa rede conveniada que neste ano ampliamos ainda mais o acesso da população com o Saúde Não Tem Preço. Agora fornecemos nessas farmácias medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, doenças crônicas que foram responsáveis por 34% do total de óbitos no Brasil em 2009.
O Aqui Tem Farmácia Popular dobrou a venda e oferta de seus 25 itens desde fevereiro, quando foi lançado o Saúde Não Tem Preço, até agora. Nos três primeiros meses dessa ação, aumentou para 8,5 milhões o número de autorizações. Nos três meses anteriores ao início da ação, havia sido 4,1 milhões. Só a saída de medicamentos para hipertensão aumentou 136%, passando de 2 milhões no trimestre anterior ao início do Saúde Não Tem Preço para 4,9 milhões no trimestre posterior. No caso dos medicamentos para diabetes, o salto foi de 93%, passando de 979,2 mil para 1,8 milhão.

Priscilla (Sentir Bem) - Quais acordos estão sendo feitos com as indústrias de alimentos a fim de fazer a prevenção de problemas de saúde, como diabetes, obesidade e hipertensão?

Ministro Alexandre Padilha: Em abril, firmamos um acordo com a indústria alimentícia para a redução do sódio em alimentos, com ênfase inicial nas bisnaguinhas, pães de forma industrializados e massas instantâneas. O brasileiro consome muito mais sal do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde, que é de até 5g por pessoa/dia. Já em 2003, o consumo era de 9,6g apenas na aquisição domiciliar de alimentos. Esse consumo excessivo está associado a doenças crônicas como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, problemas renais e cânceres, por exemplo.
Houve de 2003 a 2009 um aumento da participação da alimentação fora do domicílio e dos alimentos processados. Passou de 25% para 33% do gasto total com alimentação. Dados como este fundamentam nossa preocupação com a redução do sódio, tanto que já estabelecemos que até julho deste ano teremos metas também para pão francês, bolos prontos, misturas para bolos, salgadinhos de milho e batatas fritas industrializadas. Até dezembro deste ano, pretendemos englobar os biscoitos, embutidos, caldos e temperos, margarinas, maionese, derivados de cereais, laticínios e refeições prontas.
Esse acordo reúne-se àquele firmado anteriormente pelo Ministério da Saúde para a redução da gordura trans. De 2007 a 2010, se conseguiu retirar cerca de 690 mil toneladas de gordura trans dos alimentos processados, com 94,6% das empresas no índice recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (5% de presença de gordura trans do total de gorduras em alimentos processados e 2% do total de gorduras em óleos e margarinas).

Priscilla (Sentir Bem) - Na sua gestão serão implantados alguns programas de combate à obesidade e sedentarismo. Fale um pouco do “Programa Academias da Saúde”. O que são? Qualquer pessoa pode participar? Como fazer para encontrar uma delas? Quais profissionais lá trabalharão? É necessário atestado médico?

Ministro Alexandre Padilha: Interessante agora é aproveitar esses grandes eventos esportivos que estão por acontecer no país – a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 – para difundir a promoção da saúde, reforçar a prática de atividade física e estimular a participação de toda a população no nosso programa Academia da Saúde. Com ele, vamos ajudar os municípios a terem equipamentos para a prática de atividades físicas próximo às unidades de saúde.
Esse programa estimula a criação de espaços adequados para prática de atividade física e de lazer, a exemplo de iniciativas bem sucedidas em cidades como Recife, Aracaju e Belo Horizonte. É uma forma de eliminarmos barreiras como, por exemplo, a inexistência de espaços públicos de lazer, o que diminui a possibilidade de acesso as práticas corporais pela maioria da população.
O programa prevê a implantação de infra-estruturas, chamadas pólos, que possuem espaços para atividades individuais e coletivas, e equipamentos para alongamento e outras atividades físicas e de lazer com a orientação de profissionais qualificados. As atividades são múltiplas – como ginástica, capoeira, dança, jogos esportivos, yoga e tai chi chuan – e há práticas artísticas, como teatro, música, pintura e artesanato.

Priscilla (Sentir Bem) - A regulamentação dos medicamentos pela ANVISA é sempre muito demorada e, com esta demor,a a população acaba sendo prejudicada. O que está sendo feito para diminuir estes prazos e assim, favorecer a população?

Ministro Alexandre Padilha: O que queremos é fortalecer ainda mais a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e acelerar cada vez mais o tempo de liberação de patentes para insumos e medicamentos relevantes para a saúde pública. A direção da Anvisa está neste momento em articulação com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para se definir conjuntamente o papel do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) na concessão de patente de medicamento e, por tabela, sobre a política para liberação de genéricos no mercado brasileiro.
O objetivo é evitar uma sobreposição de atribuições com as da Anvisa. Vale destacar que os dois ministérios têm a compreensão da importância da liberação ágil dos medicamentos.

Priscilla (Sentir Bem) - Quais principais procedimentos que são atendidos pelo SUS atualmente e quais pretende-se implementar? Quantas pessoas são atendidas pelo SUS no Brasil?

Ministro Alexandre Padilha: O SUS completou 22 anos e um dos grandes méritos é ter universalizado a assistência à saúde, antes só acessível praticamente aos trabalhadores com carteira assinada. Ao oferecer desde a atenção primária a procedimentos de alta complexidade, como transplantes e tratamentos oncológicos (muitas vezes indisponíveis na rede privada), o SUS não encontra sistema equivalente nos demais países emergentes.
Hoje há 64 mil estabelecimentos cadastrados no SUS. São 130 milhões de vacinas aplicadas, 2,3 bilhões de procedimentos ambulatoriais, 254 milhões de consultas, 11,3 milhões de internações e 2,3 milhões de partos, a cada ano. Esses números dão ideia da extensão desta política pública de inclusão social. Outros dados importantes: a mortalidade infantil caiu de 47,1 para 19,3 nascidos vivos (entre 1990 e 2009); o número de transplantes cresceu de 3.765 para 21.040 (entre 1997 e 2010); o número de pacientes em terapia antirretroviral aumentou de 35,9 mil para 188 mil (de 1997 para 2009); e a lista de medicamentos essenciais saltou de 40 para 400 (entre 1988 e 2009).
Os avanços e desafios são múltiplos, já que 80% da população brasileira utiliza hoje exclusivamente o SUS. Nestes seus 22 anos de existência, o número de pessoas beneficiadas na rede pública cresceu cinco vezes – em 1988, eram 30 milhões; atualmente são os 192 milhões de brasileiros. Esse é um resultado direto da própria política pública de universalidade e integralidade do SUS.

Priscilla (Sentir Bem) - O Brasil vai produzir pelo menos 4 novos medicamentos. Quais as patologias que serão atingidas, como serão os investimento (parceria?) e para quando são previstos?


Ministro Alexandre Padilha: Firmamos em abril Parcerias Público-Privadas (PPPs) que viabilizam a produção nacional de tratamentos da doença de Parkinson, aids, artrite reumatóide e doença de Crohn. As novas PPPs vão fortalecer ainda mais o complexo industrial brasileiro e resultarão em uma economia de R$ 700 milhões no decorrer de cinco anos – período em que o país deve se tornar autossuficiente na produção desses medicamentos.
Vale destacar que as parcerias fortalecem a indústria nacional e contribuem para tornar o país independente do mercado internacional de medicamentos e insumos. Representam a perspectiva de ampliar o acesso da população a medicamentos e, ao mesmo tempo, o nosso compromisso de enfrentar cada passo para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. O Ministério da Saúde já firmou 24 PPPs que permitem a produção nacional de 29 produtos estratégicos – são 28 princípios ativos e o contraceptivo DIU –, por meio de transferência de tecnologia. Essas parcerias envolvem 9 laboratórios públicos e 20 privados.

Priscilla (Sentir Bem) - O que é o “Projeto Rede Cegonha” e no que e como ele beneficia a população?

Ministro Alexandre Padilha: É modelo de atenção que amplia e fortalece a assistência às grávidas e às crianças até o segundo ano de vida. Apesar da redução da mortalidade infantil e materna no país nos últimos anos, sabemos que nessa área ainda enfrentamos um grande desafio. Inicialmente, o foco de ações é nas regiões da Amazônia Legal e do Nordeste, que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil, e nas regiões metropolitanas, que envolvem a maior concentração de gestantes.
Queremos garantir um parto de qualidade e humanizado às gestantes. Não podemos tolerar que um índice tão alto de mulheres, 27%, relate algum tipo de violência (verbal e física) durante o parto – dado de pesquisa da Fundação Perseu Abramo. Todos os anos no país, somente pelo SUS, são realizados 2,3 milhões de partos.
O conjunto de ações do Rede Cegonha visa integrar e ampliar a rede de cuidados, assegurar às mulheres assistência adequada desde o planejamento familiar, a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, pós-parto e a atenção ao bebê até seus dois primeiros anos de vida. Contamos com quase R$ 9,4 bilhões do Ministério da Saúde para investimentos até 2014. As ações são articuladas nas três esferas de gestão do SUS (União, estados e municípios) para garantir a melhoria da qualidade dos diversos serviços que compõem esta rede de atenção à saúde da mulher e da criança.

Priscilla (Sentir Bem) - O senhor está dando bastante atenção à melhoria da qualidade de vida da população. O que pode-se esperar do projeto “Clínicas de Saúde da Família”? Este é o 1º projeto do governo federal deste tipo até hoje?

Ministro Alexandre Padilha: As Clínicas de Saúde da Família trazem para a sua estrutura física um dos grandes diferenciais do modelo de atenção primária à saúde brasileiro: a proximidade com a comunidade. Um de meus primeiros compromissos como ministro foi justamente acompanhar a inauguração de uma dessas clínicas, que é um modelo na cidade do Rio de Janeiro.
O importante é que atenção primária está em plena reorganização em todo o Brasil e uma das propostas da presidenta Dilma Rousseff é valorizar ainda mais este segmento da saúde pública. A ampliação do acesso à saúde com acolhimento de qualidade tem como um dos pilares fundamentais o fortalecimento da atenção primária, onde estão inseridas as equipes de Saúde da Família e onde agimos especialmente na prevenção de doenças e na promoção da saúde.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) prevê investimento de R$ 5,5 bilhões na construção de 8.694 Unidades Básicas de Saúde (UBS) entre 2011 e 2014. Somente este ano serão R$ 565 milhões em 2.122 novas UBS. Também prevemos a restauração de grande parte das já existentes.

Priscilla (Sentir Bem) - Vários médicos foram flagrados com carga horária maior do que a possível e também não comparecendo ao posto de trabalho, mas ganhando mesmo assim. Como o Ministério está combatendo estas fraudes? Existe uma ou mais regiões atingidas com este exercício irregular da profissão de médico?

Ministro Alexandre Padilha: Assim que tomamos conhecimento de irregularidades praticadas por profissionais ou unidades de saúde aumentamos o controle sobre o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Tratamos de inibir o cadastramento irregular de trabalhadores, a duplicidade de registro e o não cumprimento de carga horária. Profissionais de saúde não podem exercer mais de dois cargos ou empregos públicos. Na iniciativa privada, deve ser comprovada a compatibilidade de horários.
O Ministério da Saúde vem agindo com rigor. Desde o início do ano, por exemplo, já descadastrou 7.891 agentes comunitários de saúde, 1.137 equipes de Saúde da Família e 914 equipes de saúde bucal em 1.294 municípios. Entre as principais irregularidades, estão a duplicidade de cadastro de profissionais e o descumprimento da carga horária semanal prevista. Esse é um passo dentro do processo de amadurecimento do SUS e fortalece o controle social.
O novo cadastro permite o bloqueio do credenciamento quando identificar possíveis irregularidades com um mesmo CPF de um profissional de saúde. Há ainda um maior controle do fracionamento da carga horária semanal. Publicamos uma Portaria que reforça a responsabilidade do gestor local (estadual, municipal e do Distrito Federal) e dos gerentes dos estabelecimentos de saúde em inserir, manter e atualizar sistematicamente o cadastro dos profissionais de saúde em exercício nos serviços públicos e privados.

Priscilla (Sentir Bem) - O senhor realizou trabalhos no Norte/Nordeste durante muito tempo. O que encontrou por lá e o que pretende fazer na sua gestão para melhorar?

Ministro Alexandre Padilha: É nesses lugares onde o problema do acesso à saúde se manifesta da forma mais aguda. A grande crítica da população ao SUS não é sobre o atendimento que recebeu, mas sobre a demora. No Norte e no Nordeste, essa realidade é ainda mais preocupante. A decisão de focarmos programas como o Rede Cegonha nessas regiões e de fortalecermos a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) vem de encontro a essa preocupação.
A presidenta Dilma Rousseff estabeleceu como meta central de seu governo a erradicação da miséria e a garantia de que todos os brasileiros tenham seus direitos respeitados e sua cidadania garantida. Ao me convidar para assumir a saúde, ela expôs sua compreensão de como a área é estratégica para atingir este objetivo. Por determinação da presidenta, este será o fio condutor da minha gestão. Na Saúde, a questão do acesso é o elemento central no planejamento e na articulação de todas as ações dos diversos órgãos do ministério.

Priscilla (Sentir Bem): Agradecemos a oportunidade de conversar com o Sr. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que, além de colaborar informando a população, está mostrando transparência, seriedade e competência na sua gestão. Desejamos boa sorte e, esperamos contribuir da melhor maneira para a saúde dos brasileiros!


DEPOIMENTOS sobre a iniciativa do Portal Sentir Bem em criar este novo Canal Direto de Informação da Saúde Brasileira:

Por Sr. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha:
“A comunicação online é uma ferramenta imprescindível hoje para levarmos à sociedade informações e orientações sobre saúde. Todas as nossas ações de comunicação contemplam intervenções na internet e nas redes sociais, por isso parabenizamos iniciativas como este novo canal do Sentir Bem de informação direta à população”.


Por Priscilla de Arruda Camargo – Diretora e Editora Chefe do Portal Sentir Bem:Idealizadora do “Canal Direto”
"Lançar este “canal direto” com a participação do Ministro da Saúde, Sr. Alexandre Padilha, e toda sua equipe, é um privilégio pois será um diferencial que vai contribuir ainda mais com informações de qualidade e credibilidade de toda a equipe que faz o Portal Sentir Bem e, principalmente, dos renomados colunistas, que colaboram com o sucesso do mesmo, fazendo com que ele se diferencie na Web. Inovar e ter a melhor informação contribuindo para a saúde brasileira é a missão do Portal Sentir Bem e é o que nos impulsiona para a busca da evolução e melhoria constantes."




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