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Rosácea: o que é, como se trata, como se previne e como se desenvolve?

ROSÁCEA: VERMELHIDÃO E VASOS FINOS NO ROSTO PODEM SER DESENCADEADOS PELO FRIO



O que é?
É uma doença cutânea crônica que comumente ocorre na terceira e quarta décadas de vida, apesar de poder ocorrer em adolescentes e idosos. É mais frequente e moderada em mulheres, mas as lesões mais severas (em geral no nariz) são predominantes nos homens.
É importante salientar a associação da rosácea com alterações oculares (tais como blefarite, conjuntivite e ceratite) em aproximadamente 50% dos casos. Essa associação de alterações cutâneas e oculares parece estar relacionada à frequência dos surtos e não à gravidade do quadro cutâneo.

Prevalência
A prevalência da rosácea pode chegar até 10% da população geral, são mais de 45 milhões de pessoas afetadas em todo o mundo. Não se sabe com precisão a sua causa, embora já se admita que seus motivos causadores estejam relacionados com fenômenos, psicogênicos, infecciosos, alimentares e climáticos. “No inverno, há um grande aumento de pacientes com o problema. Devido às mudanças climáticas, há uma resposta vascular alterada que é responsável por surtos eritematosos na face. Este ‘flush facial’ é inicialmente de curta duração e vai se prolongando com o passar do tempo”, explica o dermatologista Anderson Bertolini (CRM-107976), diretor médico da Clínica Bertolini.
A rosácea é mais frequente em mulheres entre 30 a 40 anos, sendo a pele branca a mais predisposta. Este tipo de pele é também mais propensa à vasodilatação e, por ter menos melanina, é mais desprotegida e sofre com mais frequência com o fotoenvelhecimento, com degeneração do colágeno e fibras elásticas.

Como se desenvolve?
A causa da rosácea é desconhecida. Fatores genéticos parecem desempenhar um papel importante, uma vez que é mais comum em pessoas de pele mais clara. Já existem trabalhos mostrando a relação de rosácea com doença gastro-intestinal. Fatores que estimulam a vermelhidão (rubor) como bebidas quentes, álcool, luz ultravioleta, vento, frio, medicamentos vasodilatadores e fatores emocionais frequentemente exacerbam a doença.

Inicialmente a rosácea se manifesta como vermelhidão intermitente nas bochechas, no nariz ou na testa, ocorrendo quando a pessoa faz esforços, se expõe a frio ou calor intenso ou ingere alimentos fortes e bebidas alcoólicas. Com o tempo, a vermelhidão se torna persistente e podem aparecer vasos dilatados nesses locais. Muitas pessoas com rosácea desenvolvem também pequenas bolinhas vermelhas (pápulas) e bolinhas com pus (pústulas), imitando um quadro de acne. De acordo com Bertolini, em casos prolongados e graves os pacientes também podem desenvolver Rinofima, que é um aumento do volume do nariz com alteração da coloração. “Em alguns pacientes a rosácea pode afetar também os olhos, causando irritação e sensação de corpo estranho”.


O que se sente?
Habitualmente afeta áreas mais proeminentes e centrais da face, incluindo bochechas e nariz. O queixo e a testa também podem ser afetados. Observa-se ruborização (vermelhidão), telangiectasias (vasos finos avermelhados), pústulas (espinhos com pus), mas ausência de cravos.


Como se faz o diagnóstico?
As lesões semelhantes a acne no centro da face, com início na idade adulto, sem cravos e com alguns fatores desencadeantes geralmente estabelecem um diagnóstico clínico, principalmente com a evolução do quadro.

Eventualmente, exame de pele (biópsia) - pode ser necessário para descartar outra patologia com quadro clínico semelhante.


Como se trata?
Deve-se orientar quanto à importância dos fatores estimulantes e desencadeante dos surtos de rosácea. Se não tratada, pode seguir evolução progressiva e crônica, com surtos e remissões parciais. Pode ser necessária terapia a longo prazo para evitar os danos cosméticos progressivos.

Existem medicamentos locais (de aplicação na pele) e de uso via oral - conforme necessidade e indicação médica.
Por ser a radiação ultravioleta um desencadeante importante, é necessário enfatizar o uso de filtros solares de rotina no rosto, escolhendo o produto mais adequado para cada tipo de pele.

Não há cura para a rosácea, porém a dermatose pode ser controlada topicamente com a aplicação de fórmulas à base de substâncias como metronidazol, ácido azeláico, , nicotinamida, e mais recentemente, tacrolimus e pimecrolimus, imunomoduladores que bloqueiam a resposta inflamatória da pele. “Outra opção de tratamento é a luz intensa pulsada, com sessões mensais. Em casos mais graves, é possível até diminuir o intervalo entre as sessões para 15 dias. Em pacientes que não respondem à terapia tópica, são utilizados medicamentos via oral, , neste caso, a proteção solar é recomendada”, diz o médico.


Como se previne?
Deve-se orientar quanto à redução dos fatores desencadeantes - que aliviam muito os surtos de rosácea.

Fique atento!


A origem da rosácea ainda não é conhecida, mas vários fatores têm sido apontados, tais como:
•Predisposição constitucional
•Hipertensão
•Fatores psicogênicos
•Seborreia
•A presença de agentes infecciosos


Há também alguns agravantes da rosácea:
•Bebidas quentes
•Álcool
•Luz ultravioleta
•Vento
•Frio
•Medicamentos vasodilatadores
•Fatores emocionais



Veja mais sobre PELE E DERMATOLOGIA em:

1) Dermatologia e Saúde com Dra. Érica Monteiro

2) Pele Saudável com Dra. Katia Volpi Fogolin


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