Beleza
Previna-se das doenças de pele e das manchas

Com a chegada do Carnaval, a festa mais popular do país, é difícil encontrar quem não se renda a um bom bronzeado para fazer bonito nos salões. Ou ainda, aquela praia que os amigos ou a família estão agendando há meses. No entanto, o abuso do sol em piscinas, praias ou até durante o trabalho podem trazer muito mais do que uma cor bonita a pele: esse tipo de descuido é altamente prejudicial à saúde.

Dados referentes a 2007 levantados pelo RHC (Registro Hospital de Câncer) da Fundação Amaral Carvalho, especialista no tratamento do câncer, apontam um resultado alarmante: 20% dos novos casos foram diagnosticados como câncer de pele.

Só no primeiro semestre de 2008, 627 novos casos de câncer de pele passaram pelo Amaral Carvalho. Os dados levantados pelo hospital de Jaú não diferem do restante do Brasil: o câncer de pele é o tipo de câncer mais freqüente e corresponde a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no país.

Apesar disso, quando detectado precocemente, esse tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura. É o que relata a médica dermatologista Ana Gabriela Sálvio. "Se detectado em sua fase inicial, há grandes chances de que a doença seja curada", afirma.

No entanto, alguns cânceres de pele podem ser mais do que prejudiciais a saúde; podem levar a morte. O mais preocupante deles é o melanoma, ainda desconhecido pela maioria da população, de acordo com a médica Ana Gabriela.

Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase, que é a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes. Daí a preocupação de especialistas sobre o assunto.

O que é melanoma?

Uma alteração das células da pele, que passam a crescer sem controle e podem se espalhar por todo o corpo. O melanoma, na maioria das vezes, é originado por pintas. Menos freqüente entre os cânceres de pele, é o que mais mata. "Somente o melanoma é o responsável por mais de 60% das mortes por câncer de pele", salienta a dermatologista Ana Gabriela. Segundo ela, o número de casos tem aumentado no país e no mundo muito mais rápido que qualquer outro tipo de câncer. "Isso ocorre devido a mudança nos hábitos de exposição solar, que passou a ser intensa e intermitente, associada ao aumento da expectativa de vida", avalia.

As principais causas para a doença são os raios solares e a herança genética. Tem mais probabilidade em desenvolver melanoma pessoas de pele clara, sensíveis a raios solares ou com predisposição genética. Os que possuem muitas sardas ou pintas, queimam-se facilmente ou trabalham durante longo período expostos ao sol também estão no grupo de risco.

Os sintomas da doença se manifestam de quatro formas, denominadas pela sigla ABCD (veja quadro). O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico, e de acordo com a lesão pode ser necessário o uso de quimioterapia.

Cuidados

E se você não quer correr o risco de desenvolver melanoma ou qualquer doença de pele causada pelo sol, fique atento as dicas da especialista Ana Gabriela. "Proteja-se dos raios solares usando roupas e protetor solar FPS 30, reaplicando-o a cada duas horas. Use chapéus, bonés e roupas adequadas. Examine sempre a pele e mostre ao médico se surgir algo diferente. Evite, sempre que possível, a exposição ao sol das 10h às 16h. E não se esqueça: não existe sol bom. O bronzeado é uma resposta da pele a agressão solar", orienta.

Os quatro tipo de manchas que não são melanomas:

MELASMAS (OU CLOASMAS)
São manchas castanhas que surgem no rosto e têm formato que lembra um mapa. Geralmente estão relacionadas a alterações hormonais (gravidez, uso de anticoncepcional) ou a algum medicamento.

SARDAS
Aparecem mais no rosto e no colo de peles claras e jovens. Em geral a causa é genética.

MELANOSES ACTINICAS
Também chamadas de manchas senis, são pintas claras ou amarronzadas que surgem nas mãos, nos braços, no colo e no rosto de pessoas mais velhas ou que tomaram muito sol. É comum na pele clara, mas pode atingir também as mais escuras.

MANCHAS BRANCAS
Surgem mais no corpo do que no rosto (pernas e braços, principalmente).

VEJA COMO SE LIVRAR DELAS

CREMES

São os tratamentos mais suaves. Não removem manchas profundas, mas clareiam as superficiais. Contêm substâncias em concentrações baixas: o efeito é menor, mas as reações adversas também caem. "É importante usar cremes com filtro solar durante o dia, para manter o efeito dos agentes clareadores", diz a dermatologista Yara Figueiredo, de São Paulo. O Soin Depigmentant Protecteur SPF 15, da Galénic, (com vitamina C), e o Soin Superlatif Éclaircissant, de Anna Pegova, são produtos com fator de proteção solar. Já o Clariderm Gel, da Stiefel, (com hidroquinona na composição), e o Creme Clareador Clair Action Plus, da Valmari, (com ácidos glicólico e kójico), têm fórmula que combina ingredientes clareadores e são indicados para usar à noite.

FÓRMULAS
Prescritas pelos dermatologistas, são muito eficientes. As substâncias mais usadas são ácido kójico, ácido azelaico, ácido fítico, ácido glicólico, retinol, retinaldeído, vitamina C e hidroquinona ­ considerada a mais eficaz entre todas, mas com a desvantagem de muitas pessoas serem alérgicas a ela.

AMELAN
Faz sucesso nos consultórios médicos. Mistura em baixas concentrações substâncias que tradicionalmente já eram usadas para tratar manchas (ácido kójico, hidroquinona e ácido azelaico) com a alfaquimiotripsina (enzima que potencializa a ação de outros despigmentantes). São dois tipos de Amelan, o R, que exige supervisão médica, e o M, que pode ser usado até durante o dia. Em duas semanas os resultados aparecem. "É fundamental usar por pelo menos um ano e, depois, fazer manutenções periódicas", diz a dermatologista Jozian Quental, de São Paulo. É um tratamento caro: aproximadamente R$ 1,5 mil pelas aplicações e por um pote de Amelan M, que dura 45 dias. Depois, mais R$ 450 a R$ 600 a cada novo pote (o preço é fixado em dólar). Pode ser feito no verão. Reduz até 90% das manchas superficiais e recentes e até 60% das profundas e antigas.

SUPERTRATAMENTOS
São os tratamentos feitos com laser e peelings. Eles removem manchas mais profundas. O número de sessões depende das condições da pele de cada paciente.
LASER Três tipos são mais usados, o de Alexandrite, o Nd-Yag e o de Rubi. O Alexandrite e o de Rubi são indicados para manchas mais profundas. O Nd-Yag atua melhor nas superficiais. Para verificar a profundidade da mancha, existe um exame simples que a maioria dos dermatologistas faz em consultório.

PEELING COM ÁCIDO RETINÓICO
São cerca de seis sessões, com intervalos de 15 dias, em que o médico aplica ácido retinóico em concentrações crescentes (de 1% a 10%). Você vai para casa com o produto e só o retira depois de oito a 12 horas, lavando o rosto. A pele pode ficar ressecada e irritada, mas geralmente não arde. Indicado para todo tipo de mancha.

Fonte Imagens: Dra. Ana Gabriela Sálvio




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