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16/10/2006
Mioma: cura sem sofrimento

Descobrir ter sido acometida por um mioma significa passar por um período de tratamentos dolorosos, longa internação hospitalar e recuperação exaustiva, certo? Errado! Os procedimentos para extrair este tumor, que embora benigno pode ser muito incômodo, tendem a ser cada vez menos agressivos, seguindo a orientação das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas. “É claro que em alguns casos ainda é necessário abrir a barriga e realizar uma cirurgia complexa. Mas a tendência atual é tratar o mioma de forma menos radical. Em alguns casos, a paciente vai para casa poucas horas após a operação, levando apenas uma semana para voltar a vida normal. Enquanto que pelo método convencional ela levaria em torno de 40 dias”, explica o ginecologista Marco Aurélio Pinho de Oliveira, que entre os dias 27 e 30 de setembro preside o 1º Congresso Internacional de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro.

Quando se fala em mioma, as pessoas na verdade se referem ao leiomioma, um tumor benigno que se forma no útero. Não é sempre que sua retirada se faz necessária. Mas quando é preciso, uma boa alternativa é a videolaparoscopia, cirurgia realizada através de mini-incisões utilizando material especial e um sistema de videoendoscopia. “Recorremos a ela em situações em que o mioma cresce dentro da barriga”, esclarece o especialista Marco Aurélio, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Ginecológica e Endometriose (Sobenge) e chefe do Ambulatório de Endometriose do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). Já a videohisteroscopia é o procedimento indicado para retirada de miomas instalados na cavidade uterina, com acesso pelo canal do colo do útero. “Neste caso, o tumor é fragmentado pelo aparelho e retirado pela vagina, sem cortes. A demanda para este tipo de operação está crescendo muito, pois preserva este órgão da paciente e diminui o risco de complicações”, completa o ginecologista.

Uma incisão de aproximadamente dois milímetros na virilha, por onde se introduz um fino tubo plástico, chamado catéter, pela artéria que passa debaixo da pele. Assim se pode descrever o método da embolização, cujo objetivo é entupir esta artéria através da injeção de partículas plásticas e bloquear o abastecimento do mioma pelo sangue. Conseqüentemente, seu crescimento é interrompido. Nada de cortes ou anestesias arriscados. Embora não desapareça totalmente, o mioma diminui em torno de 50%. “A embolização uterina geralmente requer 24 horas de hospitalização e é recomendada para miomas muito grandes, quando a cirurgia seria de muito risco”, esclarece Marco Aurélio.

Cirurgia só é necessária quando existe risco de complicações

Responsável por sintomas como aumento da intensidade das cólicas menstruais e dores na região lombar, o mioma é considerado realmente grave quando as queixas das pacientes são muito intensas ou quando os sintomas evoluem para problemas graves. O médico exemplifica: “a paciente pode desenvolver, entre outras complicações, uma anemia, decorrente do sangramento excessivo que o tumor pode ocasionar”. Entre os quadros problemáticos de mioma estão ainda a compressão de outros órgãos, como o ureter, o que pode causar a obstrução da passagem de urina ou ocasionar a perda do rim; e a infertilidade, especialmente se forem múltiplos (três ou mais) e grandes. “Existem medicações que diminuem o tamanho do mioma em até 40%. Porém, quando o tratamento é interrompido, ele volta a crescer. Algumas vezes, os medicamentos são usados antes da cirurgia para facilitar a mesma”, explica o especialista.

Avanços e novas técnicas à parte, uma das possíveis conseqüências da doença ainda causa medo nas mulheres: a retirada do útero. Segundo Marco Aurélio, recorre-se a ela somente quando a paciente sofre demasiadamente com os sintomas ou apresenta risco de alguma complicação, além de estar certa quanto a decisão de não ter mais filhos. “O mioma encolhe após a menopausa. Porém, atinge mulheres jovens, na faixa entre 30 e 35 anos. Com o avanço da ultra-sonografia, pequenos tumores são detectados em pacientes ainda mais jovens. É por isso que, quando esta cirurgia se faz necessária, é muito importante o preparo psicológico”, salienta o ginecologista.

Serviço:
ICMIGS – International Congress of Minimally Invasive Gynecologic Surgery
Congresso Internacional de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva
IV Congresso Brasileiro da Sobenge
Data: 27 a 30 de setembro de 2006
Local: Hotel Intercontinental - Rio de Janeiro – Brasil
Inscrições e informações: www.icmigs2006.com.br, www.sobenge.com.br

Veja mais sobre o assunto em nossa coluna de Saúde Feminina com Prof.Dr.Mauricio Simões Abrão





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