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11/02/2011 Uso excessivo de analgésicos agrava o quadro de enxaqueca Atualmente, a população vive acometida pelo stress do dia a dia e pela cobrança constante por resultados. As conseqüências, são mais que previsíveis: má alimentação, insônia, sedentarismo, alterações emocionais, entre outras. Porém, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaléia (SBCe), estes fatores levam a uma das queixas mais comuns do homem civilizado: a dor de cabeça. Estima-se que a prevalência dessa dor, ao longo da vida, seja de 93% entre o total de homens e 99% nas mulheres. Já, se falarmos em enxaqueca (que é um tipo específico de dor de cabeça), a prevalência geral ao longo da vida é de, aproximadamente, 12%. De acordo com a assessoria da SBCe, hoje, 30 milhões de brasileiros apresentam a doença. A enxaqueca é uma entre os 150 tipos diferentes de cefaléia. Segundo o osteopata Gabriel Boal, além da dor, há diversos sintomas que indicam que o paciente tem enxaqueca, “alterações como náuseas, vômitos, aversão a barulhos, claridade e cheiros são os principais”. E, em busca de alívio imediato, as pessoas ingerem analgésicos sem prescrição ou acompanhamento médico. Por isso, usam doses progressivamente mais altas desses medicamentos e, assim, ao invés de eliminar a dor, contribuem para o agravamento da cefaléia. A terapeuta ocupacional Valéria Brun, conta que sofre semanalmente de enxaqueca, desde que engravidou da primeira filha, há 20 anos. “São dores tão intensas, que prejudicam meu trabalho e atrapalham minha rotina. Chego a ficar três dias consecutivos com a dor, sem melhora do quadro. Até perco as contas de quantos comprimidos tomo durante este período”, confessa. Para o Dr. Boal, o motivo de tantos anos com a queixa é simples, “esse tipo de conduta, muito comum nos indivíduos que sofrem de cefaléias constantes, faz com que haja apenas uma melhora momentânea do quadro seguido de uma piora ou volta da dor”. Ele explica que isso acontece porque alterações hepáticas, do ponto de vista osteopático, podem influenciar as dores de cabeça, já que o fígado é o órgão que vai metabolizar os remédios. “Por isso, se existem cefaléias que são advindas destas alterações, os remédios ingeridos fazem o fígado trabalhar mais, gerando um ciclo vicioso”, alerta o profissional. Mas se engana quem acha que enxaqueca não tem cura. De acordo com o fisioterapeuta e osteopata Felipe Yamaguchi, a crença é apenas um mito. “Através de uma avaliação detalhada do paciente, nós conseguimos detectar a causa da enxaqueca. Em seguida, a osteopatia, que é baseada em técnicas manuais e orientações, irá tratar o paciente com uma equipe multi-profissional”. Desta forma, Felipe ressalta que a cura é uma questão de tempo. “A duração do tratamento, portanto, vai depender de cada caso e do quão o paciente será colaborativo com o tratamento. Mas em média, necessitamos de cinco atendimentos para que haja uma resposta satisfatória ou melhora total da cefaléia”, finaliza. Serviço: www.reacciona.com.br |
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